Pela primeira vez um artigo de jornal entra na liturgia

Publicados os textos do Breviário na memória do beato Lolo

Por Jesús Colina 

Pela primeira vez um artigo de jornal passou a formar parte da Liturgia das Horas, a oração da Igreja. CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de abril de 2011 (ZENIT.org)

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos aprovou que no dia 3 de novembro, memória litúrgica de Manuel Lozano Garrido, conhecido como Lolo, jornalista espanhol deficiente e cego durante anos, beatificado a 12 de junho de 2010, leia-se no Ofício de Leitura um de seus artigos jornalísticos.

Segundo informou a ZENIT o padre Rafael Higueras, postulador da causa de canonização de Lolo, a segunda leitura escolhida para os que celebrarem nesse dia sua memória litúrgica (na diocese de Jaén) corresponde a um artigo publicado pela agência ‘Prensa Asociada’, no dia 8 de abril de 1963, republicado por ao menos 7 jornais nessa data.

Trata-se de uma "Oração diante da mão com furos”, escrita quando Lolo tirou da parede o crucifixo que estava na cabeceira da sua cama, pois um dos pregos das mãos estava frouxo.

“A verdade é que nunca, Jesus, tinha me visto tão próximo de tua figura. Tão juntos estamos que me ocorreu que as aberturas de tuas mãos são boas lentes, as melhores, para ver e certificar a verdade do mundo”, escreveu o jornalista que estava quase totalmente paralisado.

O restante do artigo é uma visão do mundo através das mãos perfuradas do crucificado por amor.

“O que se vê é um mundo inquieto, e, como o estamos vendo a partir de uma janela redonda, nota-se em seguida a verdade do teu ofertório aos homens, essa sensação de um céu com degraus pelos quais todos sobem, dando os braços a um irmão mais velho”, escreveu.

Como indica a breve resenha biográfica que introduz o Ofício de Leitura, Manuel Lozano Garrido “nasceu em Linares (Jaén), a 9 de agosto de 1920. Pertenceu à Ação Católica e com 16 anos pôs em perigo sua vida para distribuir a Eucaristia nos anos da perseguição religiosa, motivo pelo qual foi preso”.

“Durante mais de 28 anos sofreu por causa da enfermidade que o levou à paralisia total e à cegueira. Soube superar suas dores com alegria, profunda oração e intensa vida de fé, dedicando-se ao jornalismo e sendo um fecundo escritor.” Morreu em Linares, a 3 de novembro de 1971.

Mais informação em http://www.amigosdelolo.com

Os textos da Liturgia das Horas podem-se ler em http://www.zenit.org/article-38948?l=spanish

 

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