Portugal: Renascimento social depende do espiritual e moral

Bispo de Leiria-Fátima presidiu à peregrinação ao Santuário

FÁTIMA, segunda-feira, 11 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, considera que o renascimento social necessário para Portugal hoje depende do renascimento espiritual e moral.

O prelado presidiu nesse final de semana à peregrinação da Igreja local ao Santuário de Fátima, “coração espiritual da diocese”.

 

Segundo informa a Sala de Imprensa do Santuário, em sua homilia, aludindo à crise que se vive em Portugal, e com base na Liturgia da Palavra do domingo, Dom António Marto apelou a uma nova cultura política.

 

 

“O Senhor diz-nos hoje esta palavra como a disse a Lázaro, neste momento de crise gravíssima que Portugal está a atravessar. Lázaro vive e vem a mim!”

“Estamos convencidos de que não haverá um verdadeiro renascimento social sem um renascimento espiritual e moral de todos nós e da nossa sociedade. Sabeis porquê? Porque não se trata um tumor com uma aspira ou com um cosmético”, disse.

O prelado enfatizou a necessidade de uma mudança de critérios e de hábitos de vida.

“Desde logo levando uma vida mais sóbria, que renuncia a um consumismo supérfluo, das coisas supérfluas; uma vida de mais exigência e de mais rigor, que renuncia à ilusão do facilitismo, de que tudo é fácil; uma vida de mais responsabilidade pessoal e social, que renuncia a uma onda enganadora de irresponsabilidade que se propagou na nossa sociedade.”

Dom António Marto apelou também a uma nova realidade política no país. “Não haverá  renascimento social sem uma nova cultura política, que assente nos valores da verdade, da honestidade - que afasta toda a corrupção, honestidade de consciência e de costumes - e da transparência que não esconde a verdade da situação ao seu povo”.

“Não haverá renascimento social sem uma nova cultura política que seja capaz de superar os particularismos dos interesses e dos jogos de poder e de privilégios partidários, e de superar a obsessão irracional e quase demencial de atribuir as culpas uns aos outros, o que nada adianta ao bem dos cidadãos sobretudo dos mais pobres, nem ajuda a construir um clima social e de confiança”, disse.

É preciso – prosseguiu o bispo – uma nova cultura política para encontrar “caminhos de diálogo, de colaboração e de consenso”; são precisos novos rumos “que nos permitam sair crise de emergência econômica e social em que caímos”.

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