”O Observatório do Vaticano é como a Enterprise da série Star Trek”

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Jornal La Repubblica.

O jesuíta José Gabriel Funes (foto), diretor do observatório astronômico e centro de pesquisa científica da Igreja, escreve no L’Osservatore Romano: “Eu sou um trekkie [fã da série Star Trek]. A nossa missão é a de ir longe, rumo à periferia mais distante, à fronteira final”.

Coirmão e compatriota do papa, o jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo e diretor da Specola Vaticana, o Observatório do Vaticano, faz parte da geração que cresceu assistindo a Star Trek, a série original, à tarde, depois de fazer o tema de casa para a escola. “Eu posso dizer”, escreve ele no L’Osservatore Romano, “que eu sou um trekkie, mais do que fã de Star Wars“.

Recordando no seu editorial o convite que Francisco dirigiu aos jesuítas, e a toda a Igreja, de frequentar as periferias, o cientista e religioso cita as míticas palavras da antiga série de TV: “Espaço: a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise. Prosseguindo em sua missão de explorar novos mundos, procurar novas formas de vida e novas civilizações, para audaciosamente ir onde ninguém jamais esteve”.

“Acho essas palavras particularmente bonitas”, explica Funes, “porque elas interpretam o desejo, muito humano, de conhecer e explorar o universo”.

“Essa também é a missão do Observatório do Vaticano. O Papa Francisco“, lembra Funes, “convidou-nos a percorrer caminhos da pesquisa, caminhos criativos. A ciência é um desses caminhos que os jesuítas percorreram ao longo dos séculos”.

O diretor do Observatório do Vaticano insere a sua reflexão “no contexto do convite de Francisco a ir para as periferias”, que, escreve, “está na linha da exortação que Bento XVI dirigira à Congregação Geral da Companhia de Jesus em 2008, afirmando que a Igreja precisa de religiosos que dediquem a sua vida a estar justamente nas fronteiras entre a fé e o saber humano, a fé e a ciência moderna, a fé e o compromisso com a justiça”.

“A missão do Observatório do Vaticano“, conclui o jesuíta argentino, “faz parte desse ir às periferias mais distantes, à fronteira final, se assim podemos dizer, porque diz respeito ao universo: vamos longe, porque estudamos as galáxias mais distantes, mas também vamos para trás, no sentido de que exploramos, do ponto de vista da ciência, o início do universo”.

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