Por que não se pode justificar o aborto em caso de estupro?

 

Muitas mulheres aprenderam a aceitar e amar o filho, gerado em um estupro, amando-o como um verdadeiro filho inocente, que devia ser sacrificado pela culpa do pai. Uma vez nascido, criou-se normalmente, sem outras dificuldades ou problemas que não os costumeiros na vida de qualquer criança, adolescente, jovem ou adulto. Em outros casos, a gestante, concordando em não abortar, mantendo, porém a rejeição ao filho nascido, a solução pode completar-se mediante o instituto da adoção (com ou sem um período de permanência da criança em entidade apropriada). Também se conhecem casos, que não são meras exceções, de mães que quiseram o filho de volta.

Na obra de autoria coletiva, Aborto. O direito à vida, laureada em 1982, pela Academia Brasileira de Medicina, com o Prêmio Genival Londres, de Ética Médica, lê-se:

“Pelo fato de ter sido a mãe vítima de brutalidade e engravidada por violência, quer  se justificar o extermínio, pelo médico, de uma vida humana inocente e indefesa, ainda no ventre materno, violentando-se, assim, o espírito e a finalidade da Medicina, o respeito à vida humana e, consequentemente, o Direito e a Justiça.”

Na mesma obra também se lê: “É incontestável que o abortamento é uma ação contra a vida, é atentado contra uma existência humana. Afirmar contrariamente é falsear a verdade para justificar atos “convenientes às difíceis circunstâncias do momento”".

Em carta enviada à Senadora Luiza Helena, em 11 de abril de 2001, o Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, Presidente do Pró-Vida de Anápolis ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. www.providaanapolis.org.br), escreveu-lhe: “Como presidente de uma entidade que luta contra o aborto (o Pró-Vida de Anápolis), já presenciei mais de uma vez o drama de vítimas de estupro, até mesmo, ainda adolescentes, que inclusive o autor do crime foi o próprio pai ou padrasto. Todas elas são unânimes em afirmar que estariam morrendo de remorsos se houvessem abortado. Todas elas apaixonaram-se pela criança após o nascimento.

Nenhuma delas confirmou a tese de que o olhar para o bebê perpetua a lembrança do estupro. Pelo contrário, pude constatar algo, que é muito peculiar à psicologia feminina: tais mulheres costumam ter um apego maior pelo filho do estupro do que pelos outros filhos havidos no matrimônio. Isso é facilmente explicável, segundo as palavras de muitas mulheres vítimas de estupro”.

Prof. Felipe Aquino

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