Ressurreição de Jesus abre «nova realidade»

 

D. José Policarpo fala num dinamismo «imparável» que supera a morte e o sofrimento

D.R.

Lisboa, 04 abr 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje que a celebração da ressurreição de Jesus “escapa” à compreensão humana, por se tratar de uma “intervenção direta de Deus” que abre uma “nova realidade”.

Numa mensagem de Páscoa, publicada na página do Patriarcado na internet, D. José Policarpo sublinha que este acontecimento aponta para uma “solução definitiva” para a humanidade, a “vitória sobre a morte, sobre o sofrimento e sobre a dor, a vitória sobre o tempo e a abertura da eternidade”.

Essa realidade, acrescenta, “vai fazendo caminho, vai sendo cultivada por uns e desconhecida por outros”, mas é “imparável”.

“O mistério da Páscoa é imparável no tempo da história e estes dois mil anos mostraram-no bem”, diz o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Neste contexto, são enumeradas “atitudes humanas novas, de generosidade, de coragem, de humildade, de amor pelos irmãos”, na Igreja Católica.

“Somos convidados, nesta Páscoa, a fazer esta passagem, que está a acontecer em nós, no Povo de Deus, na humanidade, e é imparável. Levará o tempo que só Deus conhece, mas é imparável”, reforça o cardeal-patriarca.

D. José Policarpo alude ao confronto, nas celebrações da Páscoa, entre “o drama da humanidade e o desafio da eternidade”.

“Deus fez-se homem por uma razão importante: a mudança do coração humano, a revolução na vida do homem, na sua relação com a vida, com a eternidade, com o tempo, só podia ser feita a partir do próprio homem, não podia ser feita de fora”, assinala.

Para o cardeal-patriarca, era “importante que Deus se fizesse homem” e promovesse essa “passagem” - o significado da palavra Páscoa – do tempo para a eternidade.

O patriarca de Lisboa passa em revista os dias que antecedem a celebração da Páscoa, o chamado Tríduo Pascal, entre quinta-feira e sábado, que lembram os “acontecimentos históricos” ligados à “Paixão do Senhor” e à “festa da ressurreição”.

“Devemos fazer um esforço de transpor o horizonte judaico em que estes acontecimentos se processaram, numa referência inevitável e importante a toda a história da salvação”, observa D. José Policarpo, que convida a descobrir o significado da Páscoa para os dias de hoje.

Jesus, recorda, “morre nos mecanismos e nas intrigas próprias daquele tempo”, mas numa “atitude universal, que poderia acontecer em qualquer tempo, que é a generosidade de oferecer a sua vida por amor”.

A Páscoa é a principal festa do cristianismo, por evocar a ressurreição de Jesus, sendo assinalada este ano no próximo domingo.

OC

 

 

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