FESTA DE CORPUS CHRISTI

Celebrada na quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade, está ligada a devoção ao Santíssimo Sacramento que ganhou grande divulgação no século XII. Época que procurou se destacar a presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho consagrados.

Nasceu com isso, na Idade Média, o costume de se elevar a hóstia consagrada para devoção dos fiéis. Este hábito aparece pela primeira vez no ano de 1200 na França, em Paris.

Em 1209 os agostinianos, através da religiosa Juliana de Liège, teve uma visão do disco lunar, dentro do qual haveria uma parte negra. Esta visão foi interpretada como falta de uma festa eucarística no ciclo anual de festas litúrgicas. Por sua insistência, o seu diretor espiritual o bispo Roberto de Liège introduziu essa festa do Santíssimo Sacramento na sua diocese.

Em 1204 o Papa Urbano IV que foi arquidiacono em Liège, a prescreveu para toda a Igreja. Os textos desta festa, por ordem de Urbano foram compostos por São Tomás de Aquino (missa e breviário).

Essa festa desenvolveu-se com  o Papa Clemente V no Concílio de Viena nos anos de 1311 à 1312.

Em 1849 o Papa Pio IX inclui o preciosíssimo Sangue e essa festa passa a se a Festa (Solenidade) do Santíssimo Corpo e Preciosíssimo Sangue de Cristo.

Essa festa é uma celebração do Senhor, cuja instituição é comemorada na quinta-feira Santa, em clima de penitência. Já na Festa de Corpus Chisti ela é comemorada em clima festivo – em clima de alegria.

São Tomás de Aquino focalizava o tríplice aspecto, segundo os seguintes ponto de vista:

1.      Do passado – Memorial da Paixão de Cristo – verdadeiro sacrifício;

2.      Do presente – Sacramento da unidade de Cristo com os homens;

3.      Do futuro – sinal prefigurativo (símbolo) do “gozo da divindade”.

 

Temos três ciclos na liturgia – A, B e C:

1.      A – as leituras são as seguintes:

-          Dt 7, 2-. 14-16 – fala sobe o maná no deserto.

-          I Cor 10, 16-17 – Eucaristia sacramento da unidade.

-          Jo 6, 51-59 – O Pão da Vida.

2.      B – as leituras são as seguintes:

-          Ex 24, 3-8 – o sangue de Moisés o sangue da aliança.

-          Hb 9, 11-15 – Cristo Novo e Verdadeiro mediador.

-          Mc 14, 12-16.22-26 – A instituição da Ceia do Senhor.

3.      C – as leituras são as seguintes:

-          Gn 14, 18-20 – Rei e sacerdote Melquisedec.

-          I Cor 11, 23-26 – Ceia do Senhor

-          Lc – 9, 11-17 – Multiplicação dos pães, Eucaristia o verdadeiro Pão.

A PROCISSÃO

Aconteceu pela primeira vez na Alemanha, na cidade de Colônia em 1274 e 1279. Não foi uma determinação do Papa, Urbano.

O costume encontrou apoio na maioria dos países europeus, no século XIV.

A idéia de fazer procissão vem reavivada com a noção da Igreja, como sendo o Povo de Deus em marcha. No caso da procissão de Corpus Christi, Jesus Ressuscitado é o Guia e a Unidade, Nele encontramos força para caminhar e vencer as dificuldades. Jesus é o Deus conosco que caminha no meio de nós dirigindo o povo pelo deserto da vida. A Eucaristia é assim um apelo para o compromisso de partilha e missão de caminhar juntos.

A manifestação pública de fé ajuda o homem moderno a romper os laços do cotidiano que o escravizam e o fazem perder o sentido de caminhar em comunidade. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Celebrar (publicar com louvor) essa festa é buscar em Jesus, Pão da Vida a força para caminhar juntos, fortalecendo nossa fé nos sinais sacramentais e acreditando na sua presença no meio da comunidade.

 

 

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