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Você “terceiriza” seu filho?

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Entrevista: Dom Leonardo Steiner trata da Semana Nacional da Vida

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A primeira semana do mês de outubro será marcada por inúmeras discussões em defesa da vida. Instituída, em 2005, pela 43ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Semana Nacional da Vida acontecerá entre os dias 1º e 7 de outubro, e trabalhará o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos”. A semana termina com o “Dia do Nascituro” comemorado no dia 8 de outubro para homenagear o novo ser humano, a criança que ainda vive dentro da barriga da mãe.

Em entrevista, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, aborda diversas questões ligadas à Semana Nacional da Vida. Leia a íntegra da entrevista:

- A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família lançou o subsídio “Hora da Vida”. Como ele colabora com os temas de discussão da Semana Nacional da Vida?

O subsídio “Hora da Vida” é composto por roteiros de encontros temáticos que podem ser organizados nas diferentes comunidades das nossas Igrejas particulares. Há muitos temas indicados para serem abordados durante esta semana, e, em função da realidade local, outros podem ser acrescentados. Os temas contidos no subsídio são sugestões de conteúdo a ser refletido, discutido, aprofundado e, também, concretizado em possíveis ações pastorais e sociais. De forma simples e deixando o espaço para a criatividade, o subsídio aborda a questão da ameaça à vida no seio materno, da sua manipulação em laboratório; propõe uma reflexão sobre as situações de risco, como a violência no trânsito e a ingestão de drogas; questiona-nos sobre o que é de fato ter vida digna, vida plena; motiva-nos para o cuidado com a vida frágil, do seu início até o seu fim natural. Tudo como expressão do amor e do cuidado amoroso.

- Que tipos de discussões o tema “Vida, saúde e dignidade: direito e responsabilidade de todos” trará para a Semana Nacional da Vida?

O tema da saúde faz o vínculo com a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo título foi “Fraternidade e saúde pública”. Isso nos interpela a trabalhar para que todos os brasileiros possam ter acesso à saúde, não só como um valor em si mesmo, mas porque manifesta a dignidade de vida de cada pessoa, em qualquer fase ou condição social. Muito se fala hoje dos direitos de cada pessoa e, por vezes, esquece-se dos deveres de cada um. Quando se trata do respeito, da promoção e da defesa da vida, os direitos devem ser cobrados, mas os deveres também devem ser assumidos por todos.

- A Semana Nacional da Vida responde aos apelos das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadoras da Igreja no Brasil (DGAE)?

Uma das cinco urgências da ação evangelizadora no Brasil, traçadas pelos bispos do Brasil para 2011-2015, é a “Igreja ao serviço da vida plena para todos”.  A Semana Nacional da Vida retoma várias situações de ameaça à vida, que são descritas nesta quinta urgência e que já foram apontadas acima, e se insere nesta vasta missão da Igreja que também se desdobra no campo da promoção da vida humana, sobretudo das mais frágeis e indefesas e outras.

- Sobre a urgência nas questões de promoção da vida (quinta urgência), que ações efetivas poderão ser tomadas a partir da Semana Nacional da Vida?

“A partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo”, como afirma o objetivo geral da ação evangelizadora no Brasil, o discípulo-missionário terá condições de identificar as situações que denigrem a vida, quer seja em âmbito local quer em âmbito nacional, para assim agir em consequência. A Igreja muito tem feito e muito realiza para promover a vida. Basta pensarmos nas inúmeras iniciativas que surgem das ações pastorais em favor da família, da criança, do adolescente, da AIDS, da sobriedade, do idoso, da saúde, do povo de rua, da terra, da moradia etc. A Semana Nacional da Vida pode, por um lado, contribuir para fomentar uma boa formação intraeclesial dos leigos e pastores, a fim de se formular um juízo moral adequado sobre as propostas da ciência e sua aplicação; e, por outro, estimular uma maior participação social, incentivando os leigos a se fazerem presentes nos diversos conselhos de participação popular (conselho municipal da saúde, da mulher, da educação, por exemplo) ou a se comprometerem através da própria profissão para uma maior distribuição dos recursos humanos e materiais para a saúde e um cuidado materno pela vida em nosso país.

- Quais os principais aspectos sobre a reforma do Código Penal que serão tratados durante a Semana Nacional da Vida? E qual a importância de se trazer essa discussão à tona?

No Anteprojeto de reforma do Código Penal brasileiro, há muitos pontos que merecem ser amplamente debatidos e outros que devem ser simplesmente excluídos, haja vista o seu teor extremamente polêmico e contrário a princípios éticos. A Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro são ocasião para que toda a Igreja continue afirmando sua posição favorável à vida desde o seio materno até o seu fim natural, bem como a dignidade da mulher e a proteção das crianças etc. Isso pode suscitar uma reflexão necessária por parte da sociedade e por parte dos senadores e senadoras responsáveis em avaliar e aprovar o anteprojeto no Senado Federal.

- Que mensagem deixaria para as comunidades católicas?

A família é uma bênção, pois é o lugar onde cada um, cada uma de nós veio à luz e onde iniciamos os primeiros e mais profundos laços de nossa existência. Na família começamos o caminho da fé que nos possibilita participarmos de uma Comunidade-igreja, e nos leva ao encontro dos irmãos e irmãs; É o Evangelho que nos abre o caminho para nos abrirmos à graça de Jesus em todos os momentos de nossa vida. A Semana Nacional da Vida nos leve à admiração e ao cuidado pela vida! Ela nos ajude a criarmos grupos de famílias que assumam a grande vocação de ser promotores da vida.

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ONU: Posição do Vaticano é acatada pelo Brasil, que identifica a ‘família natural e o matrimônio, formado por um homem e uma mulher.

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Luciana Lima e Luciano Nascimento

Repórteres da Agência Brasil

Brasília – As posições expressadas pelo Brasil frente ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação ao conceito de família, à educação religiosa e ao incentivo das chamadas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) são alvo de críticas da organização não governamental (ONG) Justiça Global.

Em nota divulgada a instituição, que atua na defesa de direitos humanos junto a organismos internacionais, se colocou contrária à posição do Vaticano, acatada pelo Brasil, que identifica a ‘família natural e o matrimônio, formado por um marido e uma mulher, como a unidade básica da sociedade que provê as melhores condições para educar as crianças’.

O Brasil apresentou apoio parcial à recomendação do Vaticano, ponderando que as ‘instituições brasileiras reconhecem outras formas de arranjo familiar também dignas de proteção, como a criação de uma criança por uma mulher sozinha’.

Na opinião da Justiça Global, essa posição não é suficiente e a posição do Vaticano deveria ter sido rejeitada integralmente pelo Brasil. ‘A colocação do Vaticano claramente não se dirigia à família monoparental, mas sim às uniões entre pessoas do mesmo sexo e outros modelos de família que não fossem de base heteronormativa’, diz a nota.

A Justiça Global disse também que o Estado brasileiro ‘tem ignorado sistematicamente o direito à consulta prévia dos povos tradicionais’.

Das 170 recomendações que o Brasil recebeu na sabatina a que foi submetido pelo Conselho de Direitos Humanos, o Estado brasileiro acatou 159. Ontem, a representante brasileira no órgão, embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, anunciou a posição perante o conselho.

Outra crítica da Justiça Global refere-se à proposta feita pela Namíbia, que pede ao país que continue o programa de educação religiosa nas escolas públicas. ‘Um estudo realizado pela Universidade de Brasília [UnB] em 2010 e publicado no livro Laicidade e Ensino Religioso no Brasil aponta para a predominância da homofobia e desrespeito frente às religiões não cristãs nos livros didáticos de ensino religioso nas escolas públicas brasileiras’, cita o documento.

A proposta de incentivo às UPPs, que hoje existem no Rio de Janeiro, foi feita pela Austrália, que recomendou a instalação dessas unidades em todos os estados brasileiros. Para a Justiça Global, a medida incentiva a ‘militarização do cotidiano das comunidades pobres’.

‘A proposta de ‘pacificação’ brasileira se baseia na ocupação militar e instalação de uma unidade de polícia permanente nos territórios pobres. A polícia passa a regular o cotidiano das pessoas, muitas vezes na base da força e coerção. São inúmeras as denúncias de violações de direitos em comunidades com UPP, desde ameaças verbais até a violação da vida por parte dos policiais militares’, enfatiza o document

O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre a posição da ONG. De acordo com o Itamaraty, o governo já expressou a opinião do Estado brasileiro por intermédio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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Estudo: nascituros podem diferenciar toques e dor no útero

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Bruno Linhares, Blogueiro católico

(tradução do original publicado no site LifeNews.com em 09/09/2011)

Um novo estudo da Inglaterra descobriu que nascituros (bebês em gestação) têm a capacidade de diferenciar toques de dor dentro do útero e são capazea de fazê-lo até mesmo antes de 28-35 semanas de gravidez. Outros estudos mostraran que os nascituros podem experimentar dor muito antes.

Conduzido por pesquisadores da University College London, o estudo descobriu que nascituros podem sentir dor por volta da 35ªsemana de gravidez. Os cientistas determinaram isso utilizando EEG (Eletroencefalgrama) para registrar a atividade cerebral em resposta à dor e comparando as respostas a um toque positivo contra uma dolorosa punção no pé.

“Bebês conseguem distinguir estímulos dolorosos como diferentes de um toque comum por volta de 35 a 37 semanas de gestação – exatamente quando um nascituro normalmente nasce”, Lorenzo Fabrizi, líder da pesquisa, contou à ABC News sobre o estudo publicado no jornal Current Biology.

Os bebês que a pesquisa avaliou foram da idade entre 28 e 35 semanas de gestação e eles todos mostraram os mesmos níveis elevados de atividade cerebral para tanto toque como punção, mas o estudo mostrou que bebês com 35 semanas tinham uma resposta de atividade cerebral maior para a punção que para o toque.

Dr. David Prentice, ex-professor de biologia da Indiana State University que agora é filiado ao Family Reserch Council, contou à LifeNews que a dor fetal não é um conceito novo e que é medido muito antes do que os estudos sugerem. Ele também alerta sobre a interpretação do estudo, apontando que uma matéria ABC News dizendo “Bebês sentem dor da 35ª a 37ª semanas de desenvolvimento, dizem os especialistas” é imprecisa e conduz ao erro.

“É importante para as pessoas compreenderem que o estudo sugere que nascituros podem diferenciar o toque da dor às 35 semanas”, diz Prentice. “Mas numerosos estudos documentaram que os nascituros podem certamente sentir dor bem antes deste ponto em suas vidas.

De fato, abortistas já estão usando o estudo para tentar fazer parecer que a dor fetal não se desenvolve até a porção mais tardia da gravidez

Dr. F. Sessions Cole, diretor da divisão de medicina nascitura na Washington University School of Medicine de St. Louis, disse à ABC, “As descobertas … devem ajudar a informar a percepção da porção da dor no debate sobre o aborto. Embora esse estudo trate especificamente da diferença das ondas cerebrais entre prematuros e bebês prestes a nascer, não fetos, depois de receber estîmulos dolorosos e táteis, ele sugere que a maturação cerebral requerida para percepção fetal da dor ocorre ao final da gestação, mais de 11 semanas depois do limite legal para o aborto nos EUA.”

E o blog pró-aborto Jezebel respondeu a essa história com um artigo entitulado “Mais um estudo que sugere que leis para ‘dor fetal’ são totalmente furadas.”

Mas o líder da pesquisa Dr. Lorenzo Fabrizi diz: “É claro, bebês não podem nos dizer como se sentem, então é impossível saber o que os bebês realmente experimentam. Nós não podemos dizer que antes dessa mudança na atividade cerebral eles não sentem dor.”

Enquanto isso, Mary Spaulding Balch, uma agente pró-vida ligada ao National Right to Life Commitee que é o principal autor do projeto de lei sobre dor fetal que foi aprovado em vários estados, disse à LifeNews que o estudo não é uma refutação de outras pesquisas por trás da legislação.

“Este estudo foca na maturação da diferenciação do córtex cerebral do toque para a dor”, diz Balch. “Ele não trata da evidência médica substancial, de que no cérebro há o tálamo, e que mais que o córtex cerebral, ele é que é o principal responsável pela percepção da dor. Enquanto o córtex cerebral possa afetar a reação e a modulação da dor percebida, crianças que nascem com ausência de maior parte do córtex cerebral, aquelas com hidranencefalia, mesmo assim experimentam dor – e em adultos, a estimulação ou ablação do córtex cerebral não altera a percepção da dor, enquanto a estimulação ou ablação do tálamo, sim.”

“Uma nota importante encontrada no estudo, no entanto, é que ele não descobriu diferença na percepção ou reação neural à dor baseada em se a criança estava dormindo ou acordada”, destacou Balch. “Isso traz à discussãouma das reivindicações centrais do Grupo de Trabalhos da Royal College of Obstetrics and Gynaecology, de que nascituros estão em um estado de adormecimento que, de acordo com o grupo, os previne de sentir dor.”

A ciência por trás do conceito da dor fetal está completamente estabelecida e o Dr. Steven Zielinski, um físico-médico interno de Oregon, é um dos líderes nas pesquisas sobre este assunto. Ele publicou relatórios pela primeira vez nos anos 80 para validar pesquisas mostrando evidências disso.

Ele testemunhou perante o Congresso que um nascituro pode sentir dor desde “oito semanas e meia de vida e possivelmente antes” e que um bebê antes do nascimento “sob as circunstâncias corretas, é capaz de chorar”.

Ele e seus colegas Dr. Vincent J. Collings e Thomas J. Marzen foram os pesquisadores principais que apontaram para a dor fetal décadas atrás. Collings, antes de morrer, era Professor de Anestesiologia na Northwestern University e na University of Illinois e autor de “Princípios da Anestesiologia”, um dos maiores textos médicos sobre o controle da dor.

“A estrutura neurológica funcional necessária para se sofrer dor é formada no começo do desenvolvimento uterino da criança”, ele escreveu.

“Estruturas neurológicas funcionais necessárias para a sensação da dor já existem às por volta das 8 semanas, mas certamente pela 13ªsemana e meia de gestação. Nervos sensoriais, incluindo nociceptores, alcançam a pele do feto antes da 9ª semana de gestação. A primeira atividade cerebral detectável ocorre no tálamo entre a 8ª e 10ª semanas. O movimento dos impulsos elétricos através das fibras neurais e da coluna espinhal aparece entre a 8ª e 9ª semanas. Às 13 semanas e meia, todas as funções do sistema nervoso sensorial, por completo, em todas as partes do corpo”, ele continua.

Com Zielinski e seus colegas, os primeiros a proverem uma base científica para o conceito de dor fetal, Dr. Kanwaljeet Anand do Centro Médico da University of Arkansas, forneceu pesquisas adicionais para substanciar seu trabalho.

Ele disse que ele e outros especialistas no desenvolvimento de nascituros mostraram que bebês sentem dor antes de nascer antes de 20 semanas de gravidez. Anand disse que muitos estudos médicos concluem que nascituros são “muito provavelmente” “extremamente sensíveis à dor, durante a gestação, da 20ª a 30ª semanas”.

“Isso é baseado em múltiplas linhas de evidência”, diz Dr. Anand. “Não apenas a ausência de fibras inibitórias descendentes, mas também o número de receptores na pele, o nível de expressão de várias químicas, neurotransmissores, receptores e coisas como essas”.

Anand explica que procedimentos de aborto tardio, como o “aborto por nascimento parcial”, “seria capaz de causar grande dor”.

Outros cientistas se uniram a eles na validação da dor fetal.

“Os tratos neurais estão presentes para a experiência da dor muito cedo em nascituros”, explica o Doutor Steven Calvin, perinatologista, que possui cadeira no Programa de Direitos Humanos na Medicina, University of Minnesota, onde ele leciona obstetrícia.

Dra. Jean Wright, uma anestesiologista especializada em Cuidados Médicos Pediátricos Críticos, também confirmou a existência de dor fetal durante um depoimento no Congresso.

“Um feto nascituro após 20 semanas de gestação, tem todos os pré-requisitos anatômicos, fisiológicos, hormonais, neurotransmissores e corrente elétrica para fechar o loop e criar as condições necessárias para se perceber a dor. De um jeito similar para explicar a fiação elétrica em uma casa nova, nós poderíamos explicar que o circuito está completo, da pele ao cérebro”, ela disse.

E o Dr. Richard T. F. Schmidt, antigo Presidente do American College of Obstetricians and Gynecologists, confirma: “Pode ser claramente demonstrado que os fetos procuram se esquivar de certos estímulos do mesmo jeito que uma criança ou um adulto faria, como reação à dor”.

Além disso, um estudo britânico publicado em Abril de 2006 também confirmou a dor fetal. Publicado no Journal of Neuroscience pelo time da University College London, o estudo analizou varreduras cerebrais tomadas em bebês prematuros (já nascidos) quando era retirado sangue deles.

Os resultados revelaram que bebês da idade de 24 semanas após o parto podem sentir dor e os pesquisadores esperam que os estudos conduzam a novos métodos de tratamento da dor.

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Universidade rejeita acusações contra estudo que revela drama da “paternidade” gay.

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Depois de uma pesquisa oficial, a Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos) rejeitou as acusações de má conduta científica realizada por um ativista homossexual contra o professor de sociologia Mark Regnerus, logo depois da publicação de um estudo no qual encontrou resultados negativos na vida de crianças cujos pais eram casais do mesmo sexo.

O responsável de integridade da pesquisa da universidade, Robert Peterson, indicou que “revisou cuidadosamente” toda a informação disponível, e discutiu o caso com outros membros da mesa de pesquisa.

“Concluí que o professor Regnerus não cometeu má conduta científica”, assinalou em um memorando dirigido às autoridades da universidade, em 24 de agosto.

O estudo de Regnerus recolheu informação do Estudo de Novas Estruturas Familiares, que examinou os resultados da vida de 3000 americanos entre 18 e 39 anos.

Regnerus encontrou que os lares encabeçados por pais de qualquer sexo, que estão comprometidos em relações homossexuais, mostram grande instabilidade.

O estudo descobriu diferenças “estatisticamente significativas” em 25 dos 40 resultados, entre crianças que cresceram com pais casados, de sexos opostos, e aquelas que cresceram com uma relação que tinha uma mãe envolvida em uma relação homossexual.

As crianças de lares com relações homossexuais femininas mostraram mais problemas de saúde física e mental, mais instabilidade nas relações românticas, e uma média inferior de ganhos econômicos ao alcançar a vida adulta.

Estas pessoas também mostraram altos níveis de desemprego, vício ao cigarro, necessidade de assistência pública…

O ativista e blogueiro Scott Rose denunciou a Regnerus por supostas violações éticas, em uma carta remetida ao presidente da Universidade do Texas, Bill Powers. As autoridades universitárias se reuniram com Rose para dialogar sobre suas acusações.

Entretanto, Robert Peterson assinalou que “nenhuma das acusações de má conduta científica realizadas por Rose foi fundamentada, já seja por informação física, materiais escritos ou informação provida durante as entrevistas”.

“Muitas das acusações estiveram expressamente fora do âmbito da pesquisa”, indicou.

Peterson disse que Rose achava que a pesquisa de Regnerus tinha “graves deficiências” e “inferiu que poderia haver má conduta científica”.

“De qualquer forma, não há evidencia para apoiar essa inferência”, indicou.

Peterson acrescentou que qualquer problema com a pesquisa e a análise de Regnerus deveria ser deixado aos debates acadêmicos e futuras pesquisas.

Por sua parte, David Hacker, advogado principal do grupo de liberdade religiosa Alliance Defending Freedom, elogiou o resultado da pesquisa.

“As universidades dos Estados Unidos devem servir sempre para buscar a verdade, mercados de ideias livres”, disse em 29 de agosto.

“Discrepar com as conclusões de um estudo não é campo para denúncias de má conduta científica; portanto não estamos surpreendidos de que essas acusações fossem declaradas sem fundamento”.

A pesquisa envolveu um tempo e esforço significativo. Toda a informação dos computadores de Regnerus, incluindo seu correio eletrônico e documentos foram sequestrados.

A universidade criou um grupo de membros principais da faculdade para assessorar o processo de pesquisa, e a universidade manteve um consultor experiente independente, para monitorar a pesquisa.

As autoridades pesquisadoras entrevistaram tanto a Regnerus como a Rose. As entrevistas foram gravadas e transcritas por um jornalista da corte, revelou o memorando do Peterson.

O diretor e vice-presidente da Universidade, Steven Leslie, disse que aceitou a conclusão de Peterson, de que não há evidência de má conduta, em um memorando de 28 de agosto.

“Consequentemente, o caso está fechado”, disse Leslie.

O relatório inicial sobre as descobertas de Regnerus gerou a reação do lobby gay. A Campanha de Direitos Humanos e a Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação criticaram o relatório da pesquisa.

Um grupo de 18 cientistas sociais assinaram uma declaração de apoio a Regnerus em junho. Eles admitiram que seu estudo tem limitações, mas eles consideraram que muitas das críticas contra ele eram “injustificadas”.

Em uma entrevista dada a EWTN News em 12 de junho, Regnerus disse que começou seu projeto “sem ideia do que a informação revelaria”.

Em seu anúncio da pesquisa em junho, Regnerus disse que sua descoberta “mais significativa” é “discutivelmente que as crianças parecem mais aptas para ter êxito como adultos quando passam suas vidas com seu pai e mãe casados, e especialmente quando os pais permanecem casados até a atualidade”.

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