Família

O legitimo desejo de ter um filho justifica QUALQUER procedimento?

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Interferindo na vida? – Quando as crianças se tornam instrumentalizadas

Pe. John Flynn, LC

Reportagens sobre novas técnicas de fertilização artificial são comuns hoje. O forte desejo dos casais por crianças, unido aos avanços técnicos, resulta numa combinação inebriante.

Os principais veículos de comunicação do Reino Unido informavam do nascimento do primeiro bebê concebido com a ajuda de um novo método que comprova os defeitos cromossômicos que podem impedir que uma gravidez in vitro tenha êxito.

A BBC informava que “Oliver” nasceu de uma mulher de 41 anos que tivera repetidas falhas com o procedimento de fecundação in vitro.

A cobertura dos meios de comunicação deste tipo de acontecimento costuma centrar-se na natural alegria do casal com seu novo bebê. Detrás dessas cenas, no entanto, o progresso da indústria da fecundação in vitro é uma história de inumeráveis vidas sacrificadas, bebês nascidos que nunca conhecerão seus pais biológicos e centenas de milhares de vidas condenadas a um limbo gelado, nos refrigeradores das clínicas.

A Igreja Católica tem dado destaque há muitos anos aos problemas éticos implicados na fecundação in vitro. Esta postura repete-se e amplifica-se no documento “Dignitatis Personae”, publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé.

“A Igreja reconhece a legitimidade do desejo de ter um filho e compreende os sofrimentos dos cônjuges angustiados com problemas de infertilidade”, reconhecia (n. 16).

Tal desejo, porém, não pode antepor-se à dignidade de cada vida humana, a ponto de assumir o domínio sobre a mesma. O desejo de um filho não pode justificar a ‘produção’, assim como o desejo de não ter um filho já concebido não pode justificar o seu abandono ou destruição”, explicava o organismo vaticano.

Perigosos efeitos secundários

Existe preocupação inclusive por aqueles que nasceram com êxito através da fecundação in vitro. Estas crianças têm uma probabilidade 30% superior de sofrer defeitos genéticos e outros problemas de saúde, informava o jornal britânico Daily Mail.

A advertência vinha da Autoridade de Fecundação e Embriologia Humana do Reino Unido. Mais de 10 mil crianças nascem a cada ano na Grã-Bretanha mediante fecundação artificial, observava o artigo.

A pesquisa que está detrás deste alerta vem do Centro para o Controle e Prevenção de Enfermidades de Atlanta, Estados Unidos. Estudaram-se mais de 13.500 nascimentos e outros 5.000 casos, utilizando dados do Estudo Nacional de Prevenção de Defeitos de Nascimento.

Descobriu-se que os bebês nascidos por fecundação in vitro sofrem de uma série de problemas, que incluem defeitos nas válvulas do coração, lábio e paladar leporinos, e anormalidades no sistema digestivo, devido a que o intestino e o esôfago não se formaram corretamente.

Quanto a uma pesquisa realizada na Austrália, esta revelava que os gêmeos nascidos como resultado do tratamento de fecundação in vitro têm uma probabilidade mais alta de ser hospitalizados em seus três primeiros anos de vida do que os gêmeos concebidos de modo natural.

Segundo publicado na mídia australiana, os gêmeos procedentes da fecundação in vitro passavam mais tempo no hospital após o parto e tinham 60% mais possibilidades de ter de ser internados em uma unidade de cuidados intensivos neonatal. Também costumam ter uma maior incidência de nascimentos prematuros e baixo peso ao nascer.

Os resultados era apresentados por uma equipe da cidade de Perth que analisou os ingressos hospitalares de cerca de 4.800 crianças gêmeas nascidas na Austrália ocidental entre 1994 e 2000.

Enigmas familiares

Dissociar as crianças de sua relação conjugal leva também a estruturas familiares cada vez mais complicadas, assim como a frequentes enfrentamentos judiciais. Um organismo de apelação do Estado de Nova York sentenciou que os pais de um jovem de 23 anos que morreu de câncer não poderão usar esperma conservado de seu filho morto para ter um neto, informava a Associated Press.

Mark Speranza deixou mostras de sêmen em um laboratório em 1997, mas também firmou um documento em que pedia que fossem destruídas após sua morte. Depositou-as ali para o caso de ter a oportunidade de ser pai se sobrevivesse ao câncer.

No entanto, após sua morte, seus país quiseram um neto e buscaram uma mãe de aluguel para utilizar o sêmen. Seus anos de batalhas judiciais foram em vão.

No Texas, no entanto, o juiz do condado de Travis, Guy Herman, sentenciou que uma mãe podia dispor do esperma recolhido do corpo de seu filho morto, informava a Associated Press.

Nikolas Colton Evans morreu aos 21 anos como resultado de uma briga. Sua mãe, Marissa, declarou que seu filho sempre quisera ter filhos.

O artigo citava o professor de direito da Universidade do Texas, John Robertson, que afirmava que, ainda que as leis do Estado dão aos pais o controle sobre o corpo do filho para as doações de órgãos e tecidos, a situação quanto ao esperma “é muito confusa”.

Dois dias depois, outro artigo sobre o tema em Associated Press centrava-se nas questões morais. “Para uma criança esta é uma forma brusca de vir ao mundo. Quando aparecem os detalhes e a criança aprende mais sobre suas origens, pergunto-me que impacto terá em uma criança substituta”, afirmava Tom Mayo, diretor do Centro Maguire para a Ética e a Responsabilidade Públicas da Universidade Metodista do Sudeste.

Citava-se Marque Vopat, professor de filosofia e estudos religiosos da Universidade estatal de Youngstown, Ohio, que afirmava que dizer que um filho possa expressar o desejo de ter filhos algum dia não é dizer que queria ser pai de um filho de modo póstumo.

Da Austrália vieram notícias de que uma mulher do Estado de Queensland ficou grávida de seu irmão homossexual, após ser inseminada com o esperma de um terceiro, informava no dia 2 de junho o periódico Courier Mail. Não se revelaram as identidades das pessoas implicadas.

Espera-se que a criança nasça no começo do próximo ano e, segundo a reportagem, não terá nenhuma relação com o pai biológico.

Comentando a notícia, o bispo anglicano Tom Frame, que foi adotado quando pequeno e não conheceu seu pai, declarava ao Courier Mail que o impacto de tal situação será demolidor para a criança.

Inclusive se tais crianças mais tarde queiram encontrar seus pais, seus esforços costumam ver-se frustados. Tal foi o caso de Lauren Burns, de Melbourn, Austrália.

Nascido por fecundação in vitro, sabe que o nome de seu pai biológico está no expediente, mas as autoridades estatais não lhe permitem o acesso, informava no dia 12 de abril o jornal Age.

Nasceram quatro crianças para quatro famílias utilizando o esperma de alguém conhecido só com o nome de C11.

“É interessante que, em quase qualquer outra situação, a sociedade anima muito os pais a formarem parte das vidas de seus filhos, e a quem os rechaça… etiqueta-se de maus pais”, declarava o jornal. “Nesta exceção se dá exatamente o oposto”, apontava.

Não é um punhado de células

“O corpo de um ser humano, desde as primeiras fases da sua existência, nunca pode ser reduzido ao conjunto das suas células”, diz o documento “Dignitatis Personae” (n. 4).

A Congregação para a Doutrina da Fé também comentava como, em outras áreas da medicina, as autoridades da saúde nunca permitiriam que continuassem procedimentos com índices tão altos de resultados negativos e fatais (n. 15).

“As técnicas de fecundação in vitro são, efetivamente, aceitas, porque se pressupõe que o embrião não mereça pleno respeito, pelo fato de entrar em concorrência com um desejo a satisfazer”, observava o documento. O desejo de ter filhos é muito forte, mas quando se satisfaz à custa do respeito à vida, perde de vista os princípios éticos fundamentais.

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O aborto e o nascituro no Direito Internacional – A Declaração de S. José.

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         O aborto e o nasciturno no Direito Internacional

 

A Declaração de S. José

 

Texto e Assinaturas

 

Artigo 1º

É um facto científico que uma nova vida humana começa na concepção.

Artigo 2º

Cada vida humana é um contínuo que começa na concepção e avança por etapas até à morte. A ciência dá nomes diferentes para essas etapas, incluindo zigoto, blastocisto, embrião, feto, bebé, criança, adolescente e adulto. Isto não altera o consenso científico de que, em todos os pontos do seu desenvolvimento, cada indivíduo é um membro vivo da espécie humana.

Artigo 3º

Desde a concepção, cada criança ainda não nascida já é, por natureza, um ser humano.

Artigo 4º

Todos os seres humanos, como membros da família humana, têm direito ao reconhecimento de sua inerente dignidade e à protecção dos seus direitos humanos inalienáveis. Isto é reconhecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, e em outros instrumentos internacionais.

Artigo 5º

Não existe o direito ao aborto como direito reconhecido na lei internacional, nem por meio de qualquer tratado nem como obrigação de direito internacional consuetudinário. Nenhum tratado das Nações Unidas pode rigorosamente ser citado como estabelecendo ou reconhecendo um direito ao aborto.

Artigo 6º

O Comité para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Comité CEDAW), e outras entidades de acompanhamento do tratado, têm-se dirigido a Governos no sentido de mudarem as suas leis sobre o aborto. Estes órgãos têm, explícita ou implicitamente, interpretado os tratados a que estão sujeitos como incluindo o direito ao aborto.

Este organismos de controlo não têm nenhuma autoridade, nem concedida pelos tratados que os criaram, nem concedida pelo direito internacional geral, para interpretar os tratados de maneira a criar novas obrigações para os Estados ou a alterar o conteúdo dos tratados.

Assim, qualquer órgão, que interprete um tratado para incluir um direito ao aborto, atua fora da sua autoridade e em violação do seu mandato. Tais actos “ultra vires” [i.e. para além do respectivo poder] não criam quaisquer obrigações legais para os Estados Partes do tratado, nem devem os Estados aceitar as suas contribuições para a formação de um novo direito internacional consuetudinário.

Artigo 7º

São falsas, e devem ser rejeitadas, quaisquer afirmações de agências internacionais, ou de entidades não-governamentais, no sentido de que o aborto é um direito humano.

Não há nenhuma obrigação legal internacional de fornecer acesso ao aborto, seja qual for o fundamento invocado, nem por razões de saúde, nem de privacidade ou autonomia sexual, nem de não discriminação.

Artigo 8º

De acordo com os princípios básicos da interpretação dos tratados de direito internacional, baseados nas obrigações de boa fé e no princípio “pacta sunt servanda” [que diz: os pactos lealmente celebrados devem ser fielmente cumpridos], e no exercício da sua responsabilidade de defender as vidas do seu povo, os Estados podem e devem invocar as disposições do Tratado que garantem o direito à vida como abrangendo uma responsabilidade do Estado de proteger o nascituro contra o aborto.

Artigo 9º

Governos e membros da sociedade devem assegurar que as leis e políticas nacionais protejam o direito humano à vida desde a concepção. Devem também rejeitar e condenar as pressões para aprovar leis que legalizem ou despenalizem o aborto.

Órgãos de acompanhamento de tratados, agências das Nações Unidas, entidades oficiais, tribunais regionais e nacionais, e outros órgãos ou entidades devem desistir de afirmações implícitas ou explícitas de um direito ao aborto com base na lei internacional.

Quando tais falsas afirmações ou pressões são feitas, os Estados-Membros devem exigir a respectiva responsabilização no quadro das Nações Unidas.

Fornecedores de ajuda ao desenvolvimento não devem promover ou financiar abortos. E não devem condicionar a sua ajuda à aceitação do aborto por parte dos que são ajudados.

O financiamento internacional de programas de cuidados de saúde materno-infantil deve garantir que o resultado da gravidez seja saudável para a mãe e para a criança; e deve ajudar as mães a acolher a vida nova em todas as circunstâncias.

Nós – juristas e advogados de direitos humanos, académicos, políticos eleitos, diplomatas, médicos e especialistas em política internacional – subscrevemos estes artigos.

São José, Costa Rica - 25 de Março de 2011

* Instituições nomeadas apenas com fins de identificação

Assinaturas:

Lord David Alton, Câmara dos Lordes, Grã-Bretanha

Carl Anderson, cavaleiro supremo, Knights of Columbus

Giuseppe Benagiano, Professor de Perinatologia, ginecologia e puericultura – Università “La Sapienza”, Roma, ex-Secretário Geral – Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)

Hon. Javier Borrego, ex-juiz, Tribunal Europeu dos Direitos Humanos

Christine Boutin, ex-ministro – Governo da França, atual presidente do Partido Democrata Cristão

Benjamin Bull, advogado-chefe, Alliance Defense Fund

Hon. Martha De Casco, membro do Parlamento, Honduras

Hon. Tom Coburn M.D., Membro, Senado dos Estados Unidos

Jakob Cornides, advogado de direitos humanos

Professor John Finnis, Oxford University, University of Notre Dame

Professor Robert George, McCormick Professor de Direito, Universidade de Princeton, ex-membro do Conselho do Presidente sobre Bioética

Professor John Haldane, Professor de Filosofia da Universidade de St. Andrews

Patrick Kelly, Vice-Presidente de Políticas Públicas, Knights of Columbus

Professor Elard Koch, Faculdade de Medicina da Universidade de Chile

Professor Santiago Legarre, Professor de Direito da Pontificia Universidad Catolica Argentina

Leonard Leo, Ex-Delegado da Comissão de Direitos Humanos da ONU

Yuri Mantilla, Diretor de Assuntos Governamentais Internacionais, Focus on the Family

Hon. Elizabeth Montfort, antigo membro do Parliamant Europeu

Cristobal Orrego, Professor de Direito, Universidade dos Andes (Chile)

Gregor Puppinck, Diretor Executivo, Centro Europeu de Direito e da Justiça

Grover Joseph Rees embaixador, ex-embaixador dos EUA a Timor Leste, representante especial dos EUA para a ONU sobre questões sociais

Austin Ruse, presidente da C-FAM

William Saunders, Advogado Direito Humano, Vice-Presidente Sênior, Americanos Unidos pela Vida, antigo delegado para a Assembléia Geral da ONU

Alan Sears, Presidente, CEO e General Counsel, Alliance Defense Fund

Marie Smith, Presidente, Rede Parlamentar para Questões Críticas

Professor Carter Snead, Membro da Comissão Internacional de Bioética, da UNESCO e ex-observador permanente dos EUA Comité do Conselho da Europa Director para a Bioética, da Universidade de Notre Dame Faculdade de Direito

Douglas Sylva, Delegado à Assembléia Geral da ONU

Hon. Francisco Tatad, ex-líder da maioria, do Senado filipino

Hon. Luca Volonte, Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o presidente do Partido Popular Europeu (PACE)

Lord Nicholas Windsor, membro da família real do Reino Unido

Susan Yoshihara, diretor, Organizações Internacionais Grupo de Pesquisa

Anna Záborská, Membro do Parlamento Europeu, ex-presidente, da Comissão da Mulher do Parlamento Europeu

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Educação dos filhos e a palmada.

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Uma boa educação dos filhos não se impõe com leis, muito menos com uma lei das palmadas.

Quem é que vai conferir se lá no fundo da roça um pai bate nos filhos? Quem vai levar a lei até uma mãe no meio do labirinto das favelas que dá uma palmada em seu filho? Esta lei me parece mais uma daquelas tristes “soluções fáceis para problemas difíceis”, de que tanto falou o Papa Paulo VI.

Nunca precisei usar da palmada para educar meus cinco filhos; conversamos muito, coloquei-os de castigo muitas vezes, sem bater neles nem os humilhar. Não é uma lei que vai resolver isso.

Quanto menos educação tem um povo, tanto mais leis criam seus governantes, dizem os sociólogos. O que precisamos é educar os pais, colocar o amor de Deus no coração deles e ensinar-lhes que os filhos são dons preciosos que o Senhor lhes confiou para educá-los com carinho e modelá-los como preciosos diamantes. É preciso proteger a família, lutar contra toda a imoralidade que a destrói e desfigura. É assim que vamos assegurar aos filhos uma boa educação, sem violência e sem a intervenção do Estado.

O filho se educa pela fé e pela conquista, mesmo que hoje seja mais difícil educá-los, porque uma inundação de “falsos valores” entra em nossas casas pela mídia. No entanto, com um trabalho dedicado e atencioso os pais podem realizar uma boa educação. Mas, para isso, terão de “conquistar” os seus filhos, sem o que, eles não ouvirão a sua voz e não colocarão em prática os seus conselhos. Mas essa conquista não acontece com o que damos a nossos filhos, mas com o que “somos” para eles. Temos tempo para eles? Brincamos com eles? Conversamos com eles? Nós os ajudamos em suas dificuldades? Sabemos acolher seus amigos? Tornamos o lar um lugar agradável? Sabemos corrigi-los com delicadeza e firmeza, sem humilhá-los? Sabemos descer a seu nível de idade e de sentimentos? Sabemos valorizá-los, estimulá-los e elogiá-los?

Um dia, quando os meus cinco filhos ainda eram adolescentes, eu li uma frase atrás de um carro que me fez pensar muito: “Conquiste o seu filho antes que o traficante o faça”.

Antes de tudo os filhos precisam “ter orgulho” dos pais; sem isso a educação poderá ficar comprometida. Se o filho tiver mais amor ao mundo do que aos pais, então, ele ouvirá mais o mundo do que os genitores. É assim que os pais “perdem” os seus filhos e já não mais ouvem a voz deles.

Conclui-se daí que os primeiros a serem educados são os pais, para poderem educar os filhos. André Berge, pedagogo francês, dizia que “os defeitos dos pais são os pais dos defeitos dos filhos”.

Foi Deus quem nos criou; Ele nos conhece, portanto, até a mais profunda e escondida fibra do nosso ser, seja no campo biológico, seja no psicológico, no racional, sensitivo ou espiritual. Por isso, querer educar os filhos sem Deus e Suas santas leis, seria relegar o homem a um plano muito inferior ao que ele ocupa: o de filho de Deus, imagem e semelhança do seu Criador.

Deixar Deus de fora da educação dos filhos seria algo comparável a alguém que quisesse montar uma bela é complexa máquina ou estrutura sem querer usar e seguir o projeto detalhado do projetista. É claro que tudo sairia errado.

Educar é uma bela e nobre missão, pela qual vale a pena gastar o tempo, o dinheiro e a vida; afinal, estamos diante da maior preciosidade da vida: os nossos filhos. Tudo será pouco em vista da educação deles. Por essa razão, não é preciso de palmadas nem de leis para isso.

(*) Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II – Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

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O casamento está ficando “obsoleto”, basta se “juntar”?

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 Notícias da Família

Esse foi o título de uma recente matéria de capa da revista Time sobre como a instituição do casamento mudou em décadas recentes.

Citando um estudo amplamente divulgado do Pew, a reportagem da Time disse que 40 por cento dos americanos creem que o casamento ficou obsoleto. Mas se o casamento se tornou obsoleto, então tais coisas como sociedades saudáveis logo serão obsoletas também.

Aliás, os custos econômicos e sociais da desintegração dos casamentos nos Estados Unidos são simplesmente descomunais.

Dois de nossos Centuriões, meus bons amigos e colegas Chuck Stetson e Sheila Weber, lançaram uma campanha nacional chamada “Let’s Strengthen Marriage” (Vamos fortalecer o casamento), para reconstruir uma cultura de casamento aqui nos EUA e no mundo inteiro.

Eis apenas alguns dos fatos que eles coletaram:Em termos econômicos, o divórcio e ter filhos fora do casamento custam por ano pelo menos 112 bilhões de dólares aos contribuintes americanos do imposto de renda e aumentam significativamente os índices de pobreza de mães e filhos.

Mães casadas têm índices mais baixos de depressão do que mães solteiras ou amigadas

O custo social é imenso — como construir prisões. A vasta maioria dos homens e mulheres que tenho visitado atrás das grades veio de lares despedaçados ou cresceram sem um pai em suas vidas. Em 2009, a Califórnia comprovou que não dá para se construir cadeias em rapidez suficiente para alojar esses homens e mulheres quando um comitê de três juízes ordenou que o estado soltasse 27 por cento de seus presos devido à superlotação.

Como se isso não fosse ruim o suficiente, o declínio do casamento não prenuncia boas coisas para o futuro. Os índices de declínio do casamento levam a índices de declínio da fertilidade. E muitos países ocidentais, sem mencionar o Japão e a China, estarão lidando com uma situação economicamente insustentável na metade do século. Eles terão metade dos trabalhadores saudáveis e o dobro de pessoas com mais de 65 anos fora do mercado de trabalho. Quem vai pagar as dívidas do governo? Quem vai pagar as aposentadorias e saúde pública?

Considerando essas consequências desastrosas, como é que alguém pode sustentar com cara séria que o casamento não é tão importante?

Como é que a Igreja pode ficar de fora das questões importantes enquanto juízes e legisladores trabalham para redefinir a própria instituição do casamento?

Estamos no meio da Semana Nacional do Casamento 2011, Quero que você pense sobre o que você pode fazer para fortalecer não somente seu próprio casamento, mas também os casamentos em sua igreja e sua comunidade. Todos precisamos melhorar.

E pense sobre o que você pode fazer para fortalecer a cultura do casamento — principalmente na Igreja. Convença seu sacerdote a pregar sobre a importância do casamento. Incentive-o a instituir aulas de preparação de casamento para noivos e curso de enriquecimento de casamento para aqueles que já estão casados. E converse com seus filhos e com jovens adultos sobre o motivo por que o casamento é uma parte tão bela do plano de Deus para os homens e mulheres.

Você pode também dar uma olhada minuciosa na Campanha “Vamos fortalecer o Casamento” bem como outras organizações como Marriage Savers (Resgatadores do Casamento) que trabalham para fortalecer o casamento. Ali você encontrará um monte de recursos e contatos para ajudar você a começar.

A menos que comecemos a apoiar essa instituição que agora está frágil, estamos rumando para o colapso social e no final de tudo econômico.Por isso, na próxima vez que você ouvir alguém perguntando “Quem precisa do casamento?” você precisa lhe dizer: “Nós todos precisamos”.

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Eutanásia? Não! Estudo revela sinais de consciência em pacientes vegetativos.

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The New York Times

Pesquisadores tinham detectado atividades cerebrais responsivas e significativas nesse tipo de paciente por meio de ressonância magnética. Mas o novo estudo, da revista The Lancet, é o primeiro a demonstrar que sinais claros de conhecimento consciente podem ser detectados por um aparelho de eletroencefalograma (EEG). Estima-se que 25 mil americanos com danos cerebrais vivem em estado vegetativo.

“Não se deve introduzir algo assim na prática clínica rotineira até que testes mais amplos em várias clínicas confirmem seu valor”, disse Joseph Giacino, diretor de neuropsicologia de reabilitação no Hospital Spaulding. “Mas parece que há não apenas um pouco, mas muita consciência” em pacientes considerados não responsivos, completou.

Os esforços para estabelecer se um paciente tem consciência são angustiantes para os parentes. O caso de Terri Schiavo(foto) uma mulher da Flórida que se tornou não responsiva após uma parada cardíaca e foi privada de suporte vital em 2005, tornou-se um caso controverso. Médicos dizem que é improvável que o teste de EEG teria mudado o diagnóstico no seu caso.

A equipe da pesquisa, chefiada por Damian Cruse e Adrian Owen da Universidade de Ontário Ocidental, deu instruções simples a 16 pessoas em estado vegetativo: toda vez que ouvir um bip, imagine-se fechando a mão direita. Os sujeitos receberam essa tarefa e outra – se ouvir um bip, mexa os dedos dos pés – e foram submetidos a 200 repetições.

Em pessoas saudáveis que executaram essas instruções, o EEG captou um padrão claro no córtex pré-motor; o sinal elétrico associado à mão foi distinto do sinal associado aos dedos do pé. Os cérebros das três pessoas “vegetativas” tiveram o mesmo resultado. “Isso é cerca de 20% do grupo de pacientes produzindo respostas idênticas às de voluntários saudáveis”, disse Owen. “Acho que isso é um forte sinal de nossa incapacidade de diagnosticar corretamente pessoas em estado vegetativo.

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