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History Channel lançará seriado ‘A Bíblia’, em março nos EUA. Ator partilha experiência.

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Se Jim Caviezel reclama que interpretar Jesus em “A Paixão de Cristo” marcou demais sua carreira, o ator português Diogo Morgado comemora a “experiência mais espiritual” que já viveu. Ele viverá Jesus na série The Bible.

“Interpretar a figura de Jesus foi o maior desafio da minha carreira. Nada poderá ser mais julgado do que as escolhas que fazemos para um papel como este”, explicou ele ao jornal português Diário de Notícias.

Aos 32 anos, ele enfrentou o desafio de ser escolhido entre dezenas de candidatos para interpretar a figura mais importante para os cristãos. Morgado foi protagonista de novelas portuguesas como Podia Acabar o Mundo (2008) e Laços de Sangue (2011).

Morando atualmente nos EUA, ele foi escolhido para participar da série produzida por Mark Burnett, após ter pequenas participações em reality shows como Survivor ou CelebrityApprentice.

Antes do começo das filmagens no Marrocos, o ator quis ir a Israel para entender melhor algumas situações do script. E foi em Jerusalém que ele finalmente entendeu a dimensão do papel. “Se interpretar a figura mais venerada, polêmica, idolatrada, estudada, alguém por quem milhões se movem, no fundo, a figura mais importante do mundo cristão como o conhecemos, não for o trabalho mais difícil para qualquer ator, então não sei o que possa ser”, explica.

No processo de pesquisa sobre Jesus Cristo, Morgado disse ter estudado a fundo as Escrituras. “Comecei por pensar que teria de ler e ver tudo o que pudesse e assim fiz até que viajei a Jerusalém e percebi que nada do que lesse ou visse poderia ajudar-me. Percebi que teria de fazer tudo pelo que sentisse, e que seria a contemplação de uma energia mágica, completa e especial que me iria pôr no caminho certo”, contou ao DN.

Durante dois meses e meio foram feitas as cenas da série contando a vida de Cristo segundo os Evangelhos. “O maior desafio neste projeto foi encontrar um equilíbrio entre interpretar uma figura que todos conhecem, mas de uma perspectiva diferente e talvez mais humana. Tentei encontrar um Jesus com quem me identificasse, alguém que procura, que sente e que, por vezes, falha na procura do caminho”, explicou.

Ao lembrar das cenas gravadas, o ator ressalta que a crucificação foi a mais difícil. Foram quase dois dias inteiros para rodar. Ele diz que foram momentos em que a dor tomou conta do seu corpo realmente. “Acima de tudo, pensar que alguém passou por tudo aquilo na realidade por amor a todos”, explica.

O seriado A Bíblia, do History Channel vai ao ar em março nos EUA. Cercada de expectativas, deve ser vendida e dublada para o mundo inteiro como a maioria das produções do canal.

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EUA: Cerca de 20 milhões de pessoas por ano contraem enfermidades sexualmente transmissíveis.

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ACI


Novas investigações sobre o comportamento sexual nos Estados Unidos revelaram um significativo aumento no número de pessoas, de maneira especial nos jovens, infectados com enfermidades sexualmente transmissíveis (ESTs). Além disso o os estudos assinalam que uma em cada 10 mulheres utilizou a chamada anticoncepção oral de emergência (AOE), feita através das pílulas do dia seguinte.


No comunicado deste mês publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC por sua sigla em inglês) dos EUA, uma organização governamental norte-americana, indica-se que “há uma média de 19.7 milhões de novas infecções nos Estados Unidos por ano”.

As investigações do CDC também revelam que a metade de todas as enfermidades de transmissão sexual no país (Estados Unidos) ocorrem com jovens, portanto eles “assumem uma carga importante destas infecções”.

O estudo do CDC assinala ainda que o incremento no número de pessoas infectadas anualmente com alguma doença sexualmente transmissível “é praticamente similar entre homens e mulheres jovens”.

Uma segunda investigação indica que uma de cada dez mulheres entre 15 e 44 anos usou o método AOE. Isto quer dizer, que na última década o uso deste tipo de droga aumentou em mais de 250 por cento, e mais de mil por cento desde ano 2005.

A mulheres tomam o AOE logo após o ato sexual. Este fármaco tem um efeito anticoncepcional, que impede a ovulação mas também um efeito abortivo que impede que um embrião humano se implante nas paredes do útero.

Cerca de 60 por cento das mulheres que usaram AOE, manifestaram que o fizeram apenas uma vez, enquanto que 17 por cento reportaram tê-la usado em “três ou mais oportunidades”.

Outra percentagem similar de mulheres disseram que utilizaram AOE porque tiveram relações sexuais “desprotegidas”, ou seja, sem o uso do preservativo.

O uso do AOE se dá mais em mulheres jovens entre os 20 e 24 anos.
A organização governamental promoveu “o uso correto dos preservativos” como um modo de redução da infecção junto com a abstinência e a “redução do número de parceiros sexuais”.

Este aumento de pessoas infectadas com ESTs, sugere à população em geral “que muitos americanos estão em risco considerável de infecções, o que sublinha a necessidade da prevenção”, assinalaram as investigações. 

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Jovens lançam site de oração pelo conclave: “Adote” um cardeal eleitor nas suas orações.

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Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice.” Papa Bento XVI

Inspirados pelas palavras do Santo Padre Bento XVI, cinco jovens brasileiros lançaram nesse domingo, 24 de fevereiro, o site www.1conclave.com .

A iniciativa chamada Unidos ao Conclave, direcionada aos jovens do mundo todo, convida a presentear os cardeais eleitores com ramalhetes espirituais.

O ramalhete espiritual consiste em oferecer missas, orações, vias sacras, adorações, jejuns e outros sacrifícios na intenção de uma pessoa amada. Segundo Priscila Alvim, 30 anos, essa ação relembra o exemplo do jovem Juan Diego que ofertou rosas ao Bispo D. Juan Zumárraga a pedido da Virgem de Guadalupe, Padroeira das Américas.

Assim, a iniciativa reforça a importância da oração, especialmente durante o período quaresmal, tempo propício à oração e à penitência a fim de intercedermos pelos nossos cardeais e pelo bem da Igreja.

Como funciona?

Ao acessar o site, o jovem poderá registrar e atualizar o ramalhete espiritual na intenção de um cardeal eleitor, escolhido aleatoriamente. Ao final, todas as orações oferecidas serão entregues aos cardeais antes da eleição do novo Sumo Pontífice.

Desta forma, a meta é levar muitas pessoas à prática da oração e demonstrar publicamente o carinho dos jovens pelos cardeais, como informa Vinicius Andrade, 26 anos. Além disso, destacar a jovialidade da Igreja no ano em que se celebra a 27ª JMJ no Rio de Janeiro.

O site www.1conclave.com ,lançado hoje, está disponível em português, espanhol e inglês. 

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Escritor agnóstico revela admiração pelo Papa: Ninguém deveria celebrar a partida de Bento XVI

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20130211141826papaSegundo o site ACIDIGITAL (26 de fevereiro de 2013), o agnóstico Mario Vargas Llosa, que recebeu o prêmio Nobel de Literatura e sempre rechaçou os ensinamentos morais da Igreja, escreveu uma coluna para o Jornal espanhol El País na qual revela considerar a saída de Bento XVI uma grande perda para o mundo da cultura e do Espírito, uma vez que este Papa possuía um alto nível espiritual e intelectual:

“Não sei porquê a renúncia de Bento XVI surpreendeu tanto; embora tenha sido excepcional, não era imprevisível. Bastava vê-lo, frágil e como extraviado em meio dessas multidões nas que sua função o obrigava a inundar-se, fazendo esforços sobre-humanos para parecer o protagonista desses espetáculos obviamente írritos a seu temperamento e vocação”.

Llosa também explicou que o Papa Bento XVI “refletia com profundidade e originalidade, apoiado em uma enorme informação teológica, filosófica, histórica e literária, adquirida na dezena de línguas clássicas e modernas que dominava”.

Acrescentou o escritor: “Embora concebidos sempre dentro da ortodoxia cristã, mas com um critério muito amplo, seus livros e encíclicas transbordavam frequentemente o estritamente dogmático e continham novas e audazes reflexões sobre os problemas morais, culturais e existenciais de nosso tempo que leitores não crentes podiam ler com proveito e frequentemente –me ocorreu– turbação”.

O literato ressaltou que Bento XVI esteve à frente da Igreja em “um dos períodos mais difíceis que enfrentou o cristianismo, em seus mais de dois mil anos de história. A secularização da sociedade avança a grande velocidade, sobretudo no Ocidente, cidadela da Igreja até faz relativamente poucos decênios”.

“Ninguém pode negar que Bento XVI tentou responder a estes descomunais desafios com valentia e decisão, embora sem êxito. Em todas suas tentativas fracassou, porque a cultura e a inteligência não são suficientes para orientar-se no labirinto da política terrestre e enfrentar o maquiavelismo dos interesses criados e os poderes factuais no seio da Igreja”.

“Foi o primeiro Papa em pedir perdão pelos abusos sexuais em colégios e seminários católicos, em reunir-se com associações de vítimas e em convocar a primeira conferência eclesial dedicada a receber o testemunho dos próprios vexados e de estabelecer normas e regulamentos que evitassem a repetição no futuro de semelhantes iniquidades”.

O prêmio Nobel de Literatura afirmou que o Papa Bento passou de teólogo “progressista” durante o Concílio Vaticano II a “um audaz adversário da Teologia da Libertação e de toda forma de concessão em temas como a ordenação de mulheres, o aborto, o matrimônio homossexual e, inclusive, o uso de preservativos”.

Mario Llossa frisa que “Os não crentes faríamos mal em festejar como uma vitória do progresso e da liberdade o fracasso de Joseph Ratzinger no trono de São Pedro. Ele não só representava a tradição conservadora da Igreja, mas também, sua melhor herança: a da alta e revolucionária cultura clássica e renascentista que, não o esqueçamos, a Igreja preservou e difundiu através de seus conventos, bibliotecas e seminários”.

O escritor peruano conclui que a solidão de Bento XVI e “a sensação de impotência que parece havê-lo rodeado nestes últimos anos é sem dúvida fator primordial de sua renúncia, e um inquietante olhar do difícil que está nossa época com tudo o que representa a vida espiritual, a preocupação pelos valores éticos e a vocação pela cultura e as ideias”.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=24949

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Renúncia do Papa: falta compreensão dos aspectos religiosos à imprensa.

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Nazário Moisés

A mídia em geral tem cometido alguns erros na cobertura da renúncia e da sucessão papal. O mais grave deles é a sua abordagem do assunto a partir de um ponto de vista exclusivamente laico. Não se deve esperar, claro, que a imprensa trate o caso da forma como o faria um teólogo; mas certamente não é correta a cobertura que está sendo feita, que se assemelha à de uma eleição comum. Essa visão excessivamente laica é demonstrada na falta de compreensão do processo e nos temas que os jornalistas destacam, monotonamente, como relevantes para o futuro pontificado.

Em razão da inexperiência, da falta de conhecimentos mínimos sobre a Igreja e dos vieses ideológicos, os jornalistas enxergam o papa como se fosse o presidente de uma multinacional e os cardeais ora como se fossem executivos integrantes do conselho diretor de uma empresa, ora como candidatos ávidos por votos disputando uma eleição de cidade interiorana.

É de se crer que nem todos os cardeais ajam corretamente. Mas também é má-fé imaginar que todos sejam carreiristas, oportunistas, ambiciosos que sonham em sentar no trono de São Pedro. Muitos cardeais, provavelmente a maioria, não devem ter nenhuma vontade de calçar as sandálias do pescador. O papado traz poder, mas traz também imensas responsabilidades, além de superexposição a uma mídia cada vez mais hostil, a necessidade de realizar muitas viagens e de se posicionar a respeito de inúmeros assuntos, religiosos e seculares, sem falar de outras dificuldades.

Doutrina milenar

O preconceito se deixa mostrar nas análises da renúncia de Bento XVI: o ato de deixar o cargo, para alguns comentaristas, demonstraria apego ao poder, e não o contrário. A imagem do Joseph Ratzinger carreirista foi forjada pelos desafetos do antigo cardeal e aceita pelos jornalistas, que de resto não costumam ter outras fontes a não ser esses desafetos – tanto é que eles reaparecem agora em todos os jornais, sempre as mesmas pessoas.

A cobertura da mídia enriqueceria bastante se ela se abrisse para os aspectos mais propriamente religiosos do processo que está em curso e se levasse em consideração a dinâmica própria da Igreja – suas regras e suas crenças. Se compreendesse que o papa não é um CEO de uma megacorporação, mas um líder que desempenha um serviço pesado sem qualquer perspectiva de ganho real e defende uma doutrina de dois mil anos. Se considerasse que os cardeais e demais integrantes da cúria podem, sim, estar realmente desejosos de desempenhar da melhor forma possível seus trabalhos, e não apenas buscar o poder a qualquer custo. Não há contradição entre noticiar livremente todo o processo e manter o espírito aberto.

Além disso, assim como ocorreu em 2005, muitos jornais voltam a propor ao próximo papa uma pauta completamente irrealista, baseada tão somente nos interesses dos próprios jornalistas. Segundo muitos veículos, o futuro pontífice deverá lidar com questões como casamento homossexual, ordenação de mulheres e aborto. Na realidade, não há motivo algum para que isso aconteça: são questões já resolvidas pela Igreja. Suas posturas quanto a tais assuntos já foram afirmadas e reafirmadas ao longo dos séculos sem qualquer possibilidade de mudança, uma vez que estão alicerçadas em documentos considerados sagrados.

O fato de parte da sociedade atual pensar diferente daquilo que prega a Igreja não significa que a Igreja deva mudar sua doutrina. Aqui, os jornalistas confundem a instituição com uma empresa que busca disponibilizar produtos ao gosto do grande público. Incapazes de compreender seu papel, chegam a dar conselhos para que conquiste mais fiéis. Goste-se disso ou não, acredite-se nisso ou não, a Igreja existe para defender e divulgar um corpo doutrinário estabelecido há milênios. Qualquer mudança nisso seria uma traição aos seus princípios e nenhum papa poderá fazê-lo.

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Falece aos 92 anos a criadora do método Billings: Dra. Evelyn Billings.

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Depois de uma curta enfermidade, no dia 16 de fevereiro faleceu a Dra. Evelyn Billings, quem, junto a seu marido John, desenvolveu o método natural de regulação da fertilidade que leva seu sobrenome.

A Dra. Billings junto a seu marido percorreram o mundo por cerca de meio século, ensinando e promovendo este método natural, fiéis ao chamado do Papa Paulo VI para que os homens e mulheres de ciência sejam “obedientes ao chamado do Senhor e atuem como fiéis intérpretes de Seu plano”.

Também junto a seu marido, Evelyn fundou a Organização Mundial do Internacional Método Billings de Ovulação, conhecida pelas siglas em inglês como WOOMB.

Evelyn Billings foi amiga de três Papas, e foi nomeada Dama Comandante de São Gregório o Grande pelo Papa João Paulo II.

A Dra. Billings foi também era uma ativa membro da Pontifica Academia para a Vida, e foi reconhecida com os Doutorados honoríficos de diversas unidades de todo o mundo, entre eles um Doutorado Honoris Causa da Universidade Tor Vergata, de Roma, em 2005.

Em 2002, Evelyn junto a seu marido foram declarados conjuntamente Médicos do Ano, pela Federação Internacional Católica de Associações Médicas.

Conforme expressou a associação WOOMB em um comunicado de imprensa, “casais em mais de 100 países dão testemunho do maravilhoso trabalho desta desapegada mulher e seu marido. Só na China, onde treinaram milhares a ensinar seu método, uma diminuição substancial na taxa de abortos foi atribuída ao trabalho deles”.

Depois da morte de seu marido, em 2007, WOOMB assinala que Evelyn Billings deixa uma família de “8 dos seus 9 filhos, 39 netos e 31 bisnetos”.

“Agradecemos a Deus por sua vida e trabalho, e pelo privilégio e alegria de tê-la conhecido, e nos regozijamos de que esteja agora reunida com John, para desfrutar juntos de sua recompensa eterna”, assinala o comunicado.

Evelyn Billings escreveu o best seller O Método Billings, publicado pela primeira vez em 1980, e reimpresso 16 vezes, com 7 edições (novas ou revisadas) em 22 idiomas. A mais recente destas revisões foi publicada em 2011.

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Igreja nega suposta “aprovação” da “pílula do dia seguinte” divulgada pela Mídia.

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ACI


A Pontifícia Academia para a Vida (PAV) no Vaticano precisou que é “falsa e enganosa” a informação que circula há alguns dias sobre a suposta aprovação por parte deste dicastério ou do Cardeal alemão Joachim Meisner da pílula do dia seguinte –que tem um potencial efeito abortivo– para que seja usado em hospitais católicos da Alemanha em casos de estupro.


O dicastério divulgou esta informação em um correio eletrônico enviado ao grupo ACI no último 19 de fevereiro, escrito sob as indicações do presidente da PAV, Dom Ignacio Carrasco da Paula.

No texto que leva a assinatura do Dr. Gaetano Torlone, membro da PAV, destaca-se que “o Cardeal (Joachim Meisner, Arcebispo de Colônia) em sua declaração afirma simplesmente que na assistência às mulheres que sofreram um estupro o processo é complexo e vai mais além do aspecto farmacológico”.

Nestes casos, precisa o correio eletrônico de Torlone, “é lícito (nesses casos de violência e estrupo) usar fármacos anticoncepcionais, mas não é nunca lícito usar fármacos abortivos porque nunca é lícito assassinar a um ser humano”.

O texto assinala que, em sua declaração, “O Cardeal fala de fármaco, de qualquer fármaco que impeça a concepção e não da pílula do dia seguinte”.

O Dr. Torlone explicou ainda que “naturalmente a vida humana começa com a concepção (ou fecundação). Isto significa que qualquer ação voluntária que produza a expulsão do nascituro, antes que tenha alcançado a capacidade de sobreviver fora do ventre materno, representa um aborto pois produz a morte do nascituro”.

“Então –precisa Torlone– impedir voluntariamente a nidação do embrião é uma ação abortiva, um pecado muito grave”.

O membro da PAV disse ademais que “não conhecemos as declarações do Cardeal Meisner aos meios locais que, em qualquer caso, não têm particular relevância para a Pontifícia Academia para a Vida. Conhecemo cardeal, sua fé, sua fidelidade à Igreja, sua abnegação, seu serviço à diocese que lhe foi confiada pelo Senhor”.

As mensagens da PAV foram enviadas ao grupo ACI logo depois de uma nota de esclarecimento explicando detalhadamente que nem o Papa Bento XVI nem seu secretário, Dom Georg Ganswein deram sua aprovação para o uso da pílula do dia seguinte nos hospitais católicos da Alemanha em casos de estupro, como afirmava erroneamente uma nota da agência EFE difundida por diversos meios.

A pílula do dia seguinte tem três mecanismos: impede a ovulação (anovulatório), espessa a mucosidade cervical (anticoncepcional) e impede a nidação do óvulo já fecundado (o que a torna um potencial abortivo).

Estes mecanismos são informados pela Food and Drug Administration (FDA), o organismo governamental que garante a salubridade dos mantimentos e dos remédios nos Estados Unidos.

***

O fato.

A Igreja Católica alemã anunciou que aceitará o uso de certos tipos de “pílula do dia seguinte” para mulheres estupradas.

A Conferência Episcopal Alemã disse que hospitais mantidos pela Igreja agora vão assegurar o tratamento médico, psicológico e emocional adequado para vítimas do estupro e que isso inclui o uso de medicamentos que evitam a gravidez sem provocar um aborto.

“Isso pode incluir medicação com (certas) ’pílulas do dia seguinte’, desde que isso tenha um efeito profilático, e não abortivo”, disse ele em nota. “Métodos médicos e farmacêuticos que induzem à morte de um embrião continuam sem poder ser usados.”

Isso significa que não haverá alteração na proibição da Igreja Católica à chamada pílula abortiva, com base no medicamento mifepristone ou RU-486, comercializada sob os nomes Mifegyne ou Mifeprex.

A Igreja continua sendo veementemente contra o aborto e o controle artificial da natalidade.

Por outro lado..

Dois renomados peritos questionaram a existência de qualquer tipo de pílula do dia seguinte que careça de um mecanismo abortivo antiimplantatorio, como afirmou recentemente uma declaração da Conferência Episcopal Alemã que autorizou o uso destes fármacos em casos de estupro.

Os bispos concordaram em permitir o uso da “pílula do dia seguinte” nos hospitais católicos em casos de estupro, “partindo da premissa de que seus princípios não sejam abortivos, mas anticoncepcionais”.

“Métodos médicos ou farmacêuticos que levem à morte do embrião continuam proibidos”, acrescenta a declaração dos bispos alemães publicada em site em 22 de fevereiro.

A respeito deste texto a Dra. Vierling questionou que exista uma nova fórmula da pílula que seja apenas anticoncepcional.

“Esse fármaco tem ao menos quatro efeitos e não há pílula no mundo que possa dissociar-se destas quatro fases”, explicou. Estas incluem, disse, a “acidificação da vagina, que destrói o esperma”, a prevenção da ovulação, um efeito abortivo ao impedir a passagem do embrião ao útero e o efeito que impede que o óvulo fecundado seja implantado.

“Mas à luz da informação que os bispos alemães deram, eles querem remarcar que sempre é melhor evitar a concepção de um novo ser humano que abortá-lo”, indicou.

Sobre este tema, o doutor Justo Aznar, membro da Pontifícia Academia para a vida (PAV) e Diretor do Estudo de Ciências da Vida da Universidade Católica de Valência (Espanha), declarou ao grupo ACI estar surpreso com a declaração dos bispos alemães e assinalou um “desconhecimento técnico”.

Aznar precisou que a pílula do dia seguinte comercializada atualmente “na metade dos casos atua com um mecanismo anticoncepcional e na outra metade com um mecanismo antiimplantatorio”. O perito, assim como a Dra. Vierling, nega a existência de um fármaco com efeitos exclusivamente anticoncepcionais distribuído sob o nome de “pílula do dia seguinte”.

Ainda mais..

Após a aprovação por parte dos bispos alemães do uso da pílula do dia seguinte em hospitais católicos no caso de estupro, peritos de várias partes do mundo advertiram para o alto potencial abortivo do fármaco.

No Brasil, a Dra. Renata Gusson Martins, Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Biologia Molecular explica que diante da dificuldade de saber o exato momento da ovulação o uso da pílula é como uma “roleta russa”, nem os médicos, nem as mulheres podem ter certeza absoluta que esta não atuou como um abortivo.

“O levonorgestrel, princípio ativo da “pílula do dia seguinte”, é uma progesterona sintética. Por ser um hormônio, seu mecanismo de ação é complexo e interfere em diversas funções fisiológicas. No sistema reprodutor, pode impedir a ovulação, provocar o espessamento do muco cervical, inviabilizando a movimentação dos espermatozoides e, finalmente, provocar o atrofiamento do endométrio”, explicou a Dra. Renata, que também atua no movimento pró-vida no Brasil.

Segundo perita brasileira, que também possui mestrado em Ciências pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, “os fabricantes da “pílula” afirmam que ela garante uma contracepção se tomada até 72 horas após a relação sexual. Entretanto, ao lermos as bulas de tais medicamentos, nos deparamos com uma insistente afirmação de que eles não são abortivos. Além disso, diversos artigos científicos reforçam que “não se tem evidências de que o levonorgestrel atue no endométrio”. Diante dessa afirmação, foi-se criando um consenso de que a “pílula do dia seguinte” teria somente um efeito contraceptivo, mas não abortivo”.

Porém, contrariando essa posição, podemos questionar: se uma mulher mantiver relação sexual no dia de sua ovulação, a fecundação pode ocorrer poucos minutos após a relação. Ademais, os fabricantes garantem, como vimos, que a “pílula” impede a gravidez se tomada até 72 horas após o coito. Portanto, como afirmar que os efeitos do levonorgestrel são apenas contraceptivos se a gravidez já ocorreu? Diante de um embrião humano formado, a única maneira de impedir a continuação da gravidez é o aborto. Portanto, seguindo esta lógica, podemos afirmar que a “pílula” é sim abortiva”, asseverou.

“Temos aqui um problema bastante sério: o medicamento que pode impedir a ovulação é o mesmo que pode impedir a implantação. O efeito contraceptivo e abortivo estão igualmente presentes. Se ela for tomada antes da fecundação, atuará como contraceptivo. Se for tomada depois, atuará como abortivo. Na prática, contudo, é improvável saber se já ocorreu ou não a fecundação”,


“A questão que surge é muito relevante: o uso da “pílula do dia seguinte” é moralmente correto?” Segundo a Dra. Gusson a resposta é “não”.

“Dizer o contrário seria o mesmo que afirmar que não há problema nenhum em brincar de roleta-russa”, concluiu. 

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