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Pesquisa revela perfil religioso dos usuários do Twitter. Católicos à frente!

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A R18, empresa especializada em análises de redes sociais, realizou uma pesquisa entre os dias 5 e 18 de setembro para saber quais eram as religiões dos usuários do Twitter e fez um ranking sobre o debate religioso no microblog.

O estudo notou que quase metade dos usuários se declara católicos, 41,4% dos tuiteiros escrevem “sou católico” enquanto que 28,7% dizem “sou evangélico” na rede social.

Seguindo a linha dos perfis de pessoas que declaram sua fé publicamente pela rede está os espíritas com 14,1%, seguidos pelos judeus 6,5%, testemunhas de Jeová 5,7%, umbandistas com 2,3% e muçulmanos com 1,3%. A pesquisa foi realizada apenas no Brasil.

Para chegar a estes números a pesquisa monitorou as afirmações dos tuiteiros, foram 1.296 mensagens analisadas vindas de 1.186 perfis.

A R18 separou os usuários do Twitter por gênero, são 66,19% de homens, 28% de mulheres e 5,81% de “gênero não especificado”. A divisão também foi feita por localidade, 22,90% postam de São Paulo, 18,40% do Rio de Janeiro, 9,60% de Minas Gerais, 9,30% do Rio Grande do Sul e 39,80% de outros estados.

Os termos mais usados por esses usuários foram: Católico (480 menções), Acredito (324), Evangélico (255), Deus (211), Religião (192), Tudo (158) e Existe (153).

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Empresa registra patente de teste de DNA que permite a receptores de óvulos e sêmen doados tentarem escolher características do bebê a ser concebido.

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Empresa dos EUA patenteia método que permite selecionar doadores de esperma e óvulos para escolher os traços do bebê, como cor dos olhos e risco de doenças .

O patenteamento foi feito pela 23andMe, da Califórnia, fundada com US$ 3,9 milhões do Google e capital de empresas de biomedicina da região. O método de seleção de gametas registrado, que está sendo criticado por geneticistas independentes, envolve o rastreamento de genes ligados tanto a características triviais como outras menos.

No texto da patente, a empresa sugere que poderia oferecer a receptores de óvulos ou esperma a identificação dos doadores mais propensos a transmitir traços como cor dos olhos e estatura, mas também expectativa de vida e porte atlético.

Caso venha a ser utilizado, o método registrado usa um algoritmo (série de comandos matemáticos) para cruzar dados de doador e receptor dos gametas de forma a maximizar a chance de uma criança ganhar as características desejadas.

Menu

O pedido de patente exibe esquemas de menus de computador no qual o usuário escolhe as características desejadas antes de clicar um botão para submeter um pedido de busca do doador. O método lista como característica passível de escolha até mesmo o sexo do bebê, algo que a maioria dos países, inclusive o Brasil, proíbe na regulamentação para tratamentos de fertilidade.

A 23andMe, que tem como uma das fundadoras Anne Wojcicki – ex-mulher de Sergey Brin, cofundador do Google — diz que a patente se aplica a um produto que a empresa já oferece. É uma “calculadora de hereditariedade de traços familiares”, que serve para “você e seu cônjuge saberem que tipos de características seus filhos devem herdar”.

A empresa diz que, na época em que havia submetido o pedido da patente, há mais de cinco anos, ainda considerava a possibilidade de aplicar a mesma tecnologia a métodos de escolha de gametas para clínicas de fertilização, mas desistiu de fazê-lo depois. O objetivo da patente, a partir de agora, seria apenas o de proteger os algoritmos usados na “calculadora”.

Ainda assim, em comentário na revista científica Genetics and Medicine, um grupo de eticistas questiona a concessão do “invento”. “Em nenhum estágio durante a análise do pedido de patente, o examinador questionou se técnicas que facilitam projetar’ futuros bebês humanos seriam objeto apropriado para patentes” afirma o grupo, liderado por Sigrid Sterckx, da Universidade de Ghent, na Bélgica.

A pesquisadora lembra que esta não é a primeira vez que a 23andMe se envolve em uma controvérsia ética.

Após a empresa ter anunciado em 2012 a patente de um teste de DNA de propensão ao desenvolvimento do mal de Parkinson, alguns clientes insatisfeitos — aqueles que haviam fornecido amostras para o banco de dados usado na criação do teste — protestaram. Eles queriam ter sido consultados sobre o uso de suas informações pessoais para outros fins.

Privacidade

Sterckx questiona se as mesmas pessoas teriam autorizado a 23andMe a usar seu biobanco para desenvolver o método de seleção de gametas patenteado agora.  A empresa nega uso indevido de informação privativa. “Entrar com pedidos de patentes é uma parte normal de nosso negócio, e estamos comprometidos com nosso princípio de dar às pessoas acesso a seus próprios dados genéticos”, afirmou a empresa em comunicado.

Rafael Garcia - Folha de S.Paulo, 04-10-2013.

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Eugênio Scalfari, fundador do Jornal “La Repubblica” sobre o Papa Francisco: “Se a Igreja se tornar como ele a pensa e quer, uma época terá mudado”!

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O Papa Francisco fez do encontro um dos traços decisivos da sua existência. Ele não dosa as suas exposições.
Ele escreveu uma carta a Eugênio Scalfari e, alguns dias depois, ele lhe telefonou convidando-o para encontrá-lo. Agradava-lhe vê-lo. Daí nasceu uma conversação de grande relevo e  publicada pelo La Repubblica.

Scalfari é um interlocutor particular, um laico pensativo, conhecedor da história e dos problemas do cristianismo. Quando Bergoglio inicia um diálogo, ele quer continuá-lo. Diz ele a Scalfari: “Acontece comigo que, depois de um encontro, eu tenho vontade de ter outro, porque nascem novas ideias e descobrem-se novas necessidades”.

Francisco se apresenta como um cristão e como um bispo. O Anuário Pontifício dedicava uma página inteira aos títulos papais. Na última edição, Bergoglio fez com que todos passassem para o lado de trás da página, exceto um. Hoje, ao nome de Francisco, acompanha-se somente o título de ”Bispo de Roma”. Assim ele se sente. 

O Papa Bergoglio realizou uma reviravolta. Talvez lembre a crítica que São Bernardo de Claraval dirigiu ao Papa Eugênio III, no século XII: “Tu pareces não ter sucedido a Pedro, mas sim a Constantino”. Francisco disse a Scalfaricom decisão: “A corte é a lepra do papado”. De fato, ele não gosta do séquito eclesiástico atrás dele. Não é populismo exibido. Ele não se sente soberano.

Ele quer evitar o narcisismo do chefe: “Os chefes da Igreja muitas vezes foram narcísicos, lisonjeados e doentiamente excitados pelos seus cortesãos”, disse a um Scalfari surpreso. Um Papa anticurial, então? Francisco não julga o passado com os critérios de hoje. Ele não se deixa levar por simplificações: “Na Cúria, às vezes, há cortesãos, mas a Cúria no seu conjunto é outra coisa”. É a “intendência” a serviço da Igreja. Por isso Francisco quer reformá-la. Justamente nessa terça-feira passada começou a reunião do conselho dos oito cardeais: a sua existência já é uma reforma.

A mudança não será somente estrutural. Há uma visão a mudar. A Cúria “vê e cuida dos interesses do Vaticano, que ainda são, em grande parte, interesses temporais. Essa visão Vaticano-cêntrica ignora o mundo que nos circunda. Eu não compartilho essa visão – conclui o papa – e farei de tudo para mudá-la”. A Cúria está a serviço do “povo”: não é um slogan.

Além disso, o Papa Francisco estabeleceu, desde os primeiros tempos, um laço forte de simpatia com o “povo”, quase uma aliança com as pessoas. O papa certamente não nega o valor da hierarquia, mas insiste no diálogo em uma comunidade de povo, rica e complexa: com o diálogo “não é possível se equivocar…” . É a rejeição do clericalismo. A Scalfari que lhe dizia como os clericais o levavam a se tornar anticlerical, o papa responde: “Isso também acontece comigo…”.

Um papa anticonformista? Talvez alguns pensem assim, preocupados que ele queira desmontar instituições seculares. Por que esse medo? Francisco certamente não é um “irresponsável” (é preciso usar essa palavra). Viu-se isso nos seis meses de governo. Mas ele interpreta o seu papel de papa com criatividade, dialogando, mas não se deixando condicionar. Acima de tudo, ele começou a se encontrar com as pessoas como elas são, crentes, às vezes crentes à sua própria maneira, não crentes… Mas ele cumpre até o fim com as suas responsabilidades e toma decisões. Na entrevista, ele diz com força: “Mas eu sou o Bispo de Roma e o Papa da catolicidade. Eu decidi…”.

Francisco será papa de uma forma diferente. Mas plenamente. Ele é um homem que, desde jovem, foi provincial dos jesuítas, depois bispo na Argentina. Ele sabe o que significa governar e decidir. Mas nem tudo é estrutura: “Uma religião sem místicos é uma filosofia”. Francisco emerge sobretudo como homem de fé do debate com Scalfari. Fala de Deus (“não existe um Deus católico”): “E eu acredito em Deus… Jesus é o meu mestre e o meu pastor…”. A fala do papa é cheia de referências à experiência de Deus. Diz-lhe o jornalista: “Eu acredito no Ser, isto é, no tecido do qual surgem as formas, ou seja, os Entes”. O Papa Bergoglio não adoça a distância entre duas concepções diferentes, mas leva a conversa a um terreno comum: o egoísmo aumentou, e os homens de boa vontade devem trabalhar para que “o amor pelos outros aumente até igualar e possivelmente superar o amor por si mesmos”. O papa muitas vezes tem falado de uma sociedade narcisista: por isso, falta visão à sociedade, curvada sobre a pequena crônica e sobre modestos interesses.

Das palavras do Papa Francisco, surge um sonho mais do que um projeto: fazer fermentar o amor pelo próximo no nosso tempo. Isso significa coisas concretas. Vê-se isso quando ele condena o liberalismo selvagem, que enriquece os ricos e empobrece os pobres. Ele pede regras, intervenções do Estado. Há uma tarefa específica da política, que, para o papa, é laica, em cujo âmbito se comprometem também os políticos católicos, segundo os valores da sua consciência. Certamente, não é um papa temporalista. Mas ele quer mudar o mundo.

Mas ele pode fazer isso com a sua Igreja? Na entrevista, há uma longa reflexão sobre São Francisco, um modelo para ele que quer “uma Igreja missionária e pobre”. Ele explica que missão não é proselitismo: ele deseja “missionários em busca de encontrar, ouvir, dialogar, ajudar, difundir fé e amor”. Scalfari lhe lembra das dimensões reduzidas dos praticantes católicos e dos tantos não católicos. O papa não está assustado: “Pessoalmente, penso que ser uma minoria seja até uma força”. O Papa Francisco não pretende fechar o seu rebanho entre muros seguros: “O Vaticano II (…) decidiu olhar para o futuro com espírito moderno e se abrir à cultura moderna”. Não se fez muito – diz ele calmamente. Mas declara: “Eu tenho a humildade e a ambição de querer fazê-lo”.

Sereno, simpático, com ideias claras: assim parece o papa a Scalfari. Que conclui: “Se a Igreja se tornar como ele a pensa e quer, uma época terá mudado”. Ele tem razão. Pode mudar uma época. E não só para a Igreja.

Artigo de Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio e ex-ministro italiano, em artigo publicado no jornal Corriere della Sera.

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“Igrejas” Cowboy promovem mini rodeios e se multiplicam.

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Enquanto pastores protestantes se preocupam com o que fazer para atrair pessoas, Steve “Doc” Timmons, 57, Cristão americano, sobe ao púlpito usando calça jeans, botas e um chapéu de palha. Os bancos estão quase todos lotados. Ele abre a Bíblia e anuncia: “Os livros do Antigo Testamento deixam uma coisa bem clara: é impossível para o homem guardar a lei de Moisés”.

É mais um dia de culto na Igreja Cowboy de Santa Fe, Novo México. O templo na verdade é um antigo armazém. Seu altar tem como decoração selas, chapéus, botas, um laço e roda de carroça. No início da cerimônia, a banda entoou um hino com nome engraçado “Eu acho que, em seu coração, Deus deve ser um cowboy”. Os fieis animadamente batem palmas e cantam juntos.

O pastor Timmons passou 25 anos trabalhando como consultor na intervenção de crises em zonas de desastre ao redor todo o mundo. Decidiu trocar os assentos de avião pelas cadeiras dobráveis de sua humilde igreja. Na frente do templo, uma sombra de um cowboy ajoelhado diante de uma cruz, ao lado de seu cavalo. A mensagem do letreiro é clara: “Não somos perfeitos, apenas perdoados”.

“Em muitos aspectos, as pessoas que vem aqui não são religiosos tradicionais. É uma maneira simples de se fazer igreja. Enfatizamos mais os relacionamentos que a religião. Acho que é por isso que nossas igrejas passaram por essa explosão”. Timmons está se referindo a um movimento não coordenado que deu origem às chamadas “igrejas cowboy”. Já são mais de 400 em 36 estados americanos. Mas o site oficial já lista oito congregações do tipo no Canadá e duas na Austrália.

O crescimento desse tipo de igreja nos últimos 15 anos foi suficiente para que o Seminário Truett, da Universidade de Baylor e a Universidade Batista de Dallas agora oferecem cursos para lideres das igrejas cowboy.

Algumas delas conseguiram atrair com sucesso os “sem igreja”, pessoas que nunca iam à igreja ou pararam de ir a muito tempo. A maior delas, a Igreja Cowboy de Ellis County, Texas, hoje tem uma média de 1700 pessoas presentes a cada domingo. Outras são itinerárias, acompanhando os diferentes rodeios de uma determinada região. Os lideres participam dos desfiles em carruagens que mais parecem ter saído de um filme de “Velho Oeste”.

O teólogo Charles Higgs, coordenador do programa de evangelização dos batistas do Texas, explica que há uma lição a ser aprendida: “As igrejas tradicionais vão precisar aprender a sair de suas paredes e fazer algo diferente do que estão fazendo”.

Engana-se quem pensa que os cultos atraem somente vaqueiros, são donas de casa, universitários, famílias da vizinhança e muitos “curiosos” que vieram conhecer e decidiram voltar. O caminhoneiro Steve Meador, 63, frequenta a Igreja Cowboy de Santa Fe há dois anos, desde que ela foi fundada. “O que eu encontrei nesta Igreja Cowboy é um grupo de pessoas que levam muito a sério o seu relacionamento com Jesus Cristo, com uma total falta de pretensão”.

O pastor Rick Penner, da Igreja Cowboy Open Range em Whitney, Texas, ressalta: “A Igreja Cowboy não é convencional… Nosso santuário mais parece um celeiro… Até recentemente tínhamos fardos de feno para as pessoas sentarem”.

Uma característica distintiva dessas igrejas são os centros de vida familiar. Na Open Range existe uma miniarena de rodeio. As crianças pequenas podem “cavalgar ovelhas”. Os pais se divertem. “Quando as crianças pequenas… colocam o capacete, o colete… e montam numa ovelha, estão vivendo o sonho de todo menino de 6 anos de idade: ser um cowboy”, comemora Penner. Com informações

Fonte: NPR e Cowboy Faith.

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A história do milagre que confirmou, na terra, a santidade do Papa João Paulo II, no céu!

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O médico revisou, repetidamente, os exames clínicos da paciente, que estava em estado terminal. Ele foi ao laboratório do hospital verificar se o teste estava certo, voltou ao seu consultório e releu o histórico do caso de novo.

Espantosamente, tudo conferia. O aneurisma cerebral que afetava Floribeth Mora Díaz– e que lhe dava, até então, apenas um mês de vida– havia desaparecido.

A costa-riquenha que, semanas antes, padecia em uma maca e mal conseguia se mover agora olhava para ele sorridente. Ela dizia que se tratava de um milagre que ela havia pedido ao papa João Paulo 2º.

“O médico dizia que era inexplicável, porque não havia sequer uma marca na minha cabeça (ou) nas artérias indicando que ali tinha ocorrido um aneurisma”, diz Floribeth. O médico, Carlos Vargas, não acreditou no milagre, mas não conseguiu explicar a ausência do aneurisma, após exames na Costa Rica e na Itália.

O caso foi decisivo para que a Igreja Católica decidisse canonizar Karol Wojtyla. Nesta segunda-feira, o papa Francisco anunciou que a cerimônia de canonização ocorrerá em 27 de abril de 2014, e no mesmo ato será canonizado também o papa João 23.

Até antes do episódio envolvendo Floribeth, apenas um milagre era atribuído a João Paulo 2º –o que era insuficiente para que ele pudesse ser considerado um santo, de acordo com as regras adotadas pelo Vaticano.

UM MÊS DE VIDA

A história do suposto (sic) milagre teria começado em abril de 2011, quando Floribeth foi diagnosticada com o aneurisma no lado esquerdo do cérebro, clinicamente impossível de ser eliminado.

Para Floribeth, uma dona de casa que estudava direito, a notícia foi devastadora. “Foi horrível, horroroso ver o sofrimento da minha família, dos meus filhos; e eu sofria porque não ia mais vê-los”, relembra. “Tinha medo da morte, (mas) sempre tive fé em Deus.”

A saúde de Floribeth se deteriorou rapidamente. Ela sofria dores de cabeça e começou a ter dificuldades em falar e em usar a mão esquerda. Ela diz que, ao mesmo tempo, considerava João Paulo 2º “um homem especial” e “santo”. Rogou a ele por sua saúde.

Em 1º de maio do mesmo ano, viu na TV uma cerimônia em que o antigo papa era declarado beato da Igreja Católica. E diz que, na mesma noite, escutou uma voz pedindo que ela “se erguesse e não tivesse medo”.

“Não me ergui de uma vez, mas comecei a sentir paz, minha agonia sumiu”, conta. “O processo de cura do meu corpo ocorreu paulatinamente.”

Meses depois, em novembro, foi a uma consulta de rotina no hospital que a atendia. Ela diz que se sentia curada, mas queria a confirmação médica.

Quando seu médico veio com a boa notícia, ela decidiu contar a ele o que havia vivenciado. Também escreveu seu caso na página oficial de Wojtyla na internet e, semanas depois, recebeu um telefonema do departamento do Vaticano que cuida da santificação do papa.

NOVA ‘RESPONSABILIDADE’

O processo para certificar a “cura milagrosa” durou vários meses, em que Floribeth foi submetida a novos exames médicos, também na Itália. O caso ganhou repercussão recentemente na Costa Rica, onde Floribeth foi apresentada à imprensa pelo arcebispo de San José, Hugo Barrantes.

A vida de Floribeth e de sua família mudou depois disso. Ela pretende voltar a estudar, mas por enquanto dedica boa parte de seu tempo a divulgar sua história e a receber visitas em sua casa. O telefone de seu marido, Edwin Arce, não para de tocar com pedidos de entrevistas que ela nunca nega. É parte de sua nova responsabilidade, afirma.

“Digo a eles (jornalistas) que não vejam a mulher, (…) vejam o milagre, porque é algo que pode acontecer com qualquer um”, argumenta. Em abril do ano que vem, quando ocorrer a cerimônia de santificação, Floribeth será encarregada de levar ao altar as relíquias do papa polonês.

Além de Floribeth, a freira e enfermeira francesa Marie Simon Pierre diz ter sido curada milagrosamente do mal de Parkinson por influencia de João Paulo 2º.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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“The New York Times” põe o Papa na capa do jornal… mas do ‘seu jeito’ e com SUA interpretação.

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Após a publicação da entrevista dada pelo Papa Francisco à revista dos jesuítas, a interpretação que o “New York Times” fez das palavras do Pontífice foi seguida pela grande maioria dos meios de comunicação nos Estados Unidos.

O “giro” dado às respostas do Papa consistia em mostrá-lo como menos rigoroso que seus antecessores, sobretudo em comparação com Bento XVI, em temas que tocam os poderosos interesses dos lobbies, especialmente os que promovem o casamento gay, o aborto e a contracepção.
 
Segundo esta interpretação, as palavras do Papa justificariam uma postura de “abertura” da Igreja Católica, que estaria supostamente obcecada com os temas da homossexualidade e do aborto; devido a esta obsessão, ela teria perdido fiéis e, de agora em diante, nela caberiam todos, como se fosse a reforma de um hotel cinco estrelas.
 
Tais interpretações, já divulgadas como se fossem parte do magistério papal, sem entender o contexto das palavras do próprio Pontífice, obtiveram um alto nível de aprovação entre católicos e não católicos nos Estados Unidos, segundo uma nova pesquisa feita por  HuffPost/YouGov.

A pesquisa concluiu que 46% dos católicos dos Estados Unidos pensam que as frases do Papa na entrevista feita pelo diretor da “Civiltà Cattolica” refletem “uma boa mudança” na direção da Igreja, enquanto 20% opinam que tocar nestes temas “não levará a uma mudança profunda em suas políticas”.
 
Dos católicos entrevistados, 15% afirmam que o Papa “está muito longe dos valores tradicionais da Igreja”, enquanto 19% não têm certeza do que pensam a respeito disso.
 
Na entrevista, 81% dos católicos disseram que o Papa Francisco teve um efeito “muito positivo” ou “um pouco positivo” na Igreja, enquanto 76% afirmam ter uma opinião “muito favorável” ou “um pouco favorável” a respeito do Pontífice. Menos de 10% dos católicos entrevistados têm uma opinião negativa sobre o Papa.
 
Quando os católicos foram questionados sobre o que queriam que o Papa fizesse, se tivesse alguma oportunidade de fazê-lo, 49% disseram que “ele deveria mudar as políticas da Igreja para refletir as atitudes dos católicos de hoje”, enquanto 37% responderam que o Papa deveria “manter as posições tradicionais da Igreja”.

Autor: Jaime Septién

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Cristãos são obrigados a pagar ‘taxa de submissão’ a radicais Islâmicos no Egito.

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Quando um comboio de mais de uma dezena de veículos blindados da polícia e do Exército egípcio entrou em Dalga, no último dia 16, certo alívio tomou conta da minoria cristã e de muçulmanos moderados da cidade de 120 mil habitantes. Dalga, a 300 km ao sul da capital Cairo, é um dos redutos da Irmandade Muçulmana e testemunhava protestos diários de simpatizantes do presidente deposto Mohamed Mursi. A cidade se tornou notícia depois que ativistas denunciaram o pesadelo vivido pela comunidade cristã ao ser obrigada a pagar uma taxa de “submissão” a islâmicos radicais.

“A população cristã da cidade vinha pedindo ajuda a um bom tempo, mas autoridades no Cairo relutavam em agir por medo de provocar mais violência, já que a área é um bastião de islamitas no interior do país”, disse, em entrevista ao site de VEJA o ativista Ishtar Iskandar, da organização Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais.

Desde julho, segundo a imprensa egípcia, membros e apoiadores da Irmandade Muçulmana tomaram o controle da cidade, intimidando autoridades locais e muçulmanos moderados. Os islâmicos radicais também passaram a pressionar cristãos a pagarem uma taxa conhecida como jizya, recorrendo a uma prática que remonta há séculos, quando o imposto era pago a líderes locais islâmicos por quem não se convertesse ao Islã. A jizya era paga por não muçulmanos dominados “para que sua existência fosse assegurada”, afirmou o jornal The Washington Times, em reportagem recente.

Segundo ativistas, os cerca de 20 000 cristãos de Dalga se viram acuados e forçados a pagar a taxa, já que polícia e autoridades locais pouco faziam para garantir sua segurança. A tensão entre islâmicos radicais e cristãos aumentou depois do golpe contra Mursi. Muitos islamitas acusam os cristãos de estarem por trás da derrubada do membro da Irmandade Muçulmana, que havia sido eleito em junho do ano passado. No Cairo e em Alexandria, cristãos e muçulmanos seculares se uniram para defender igrejas, orfanatos, casas e lojas contra ataques de radicais. Em Dalga, autoridades e ativistas acusam os radicais de incendiarem cerca de vinte igrejas e casas, usando até sprays para marcar estabelecimentos comerciais pertencentes a cristãos. “Muitas famílias coptas fugiram de Dalga devido à pressão psicológica a que estavam sendo submetidas. Alguns dos muçulmanos que se opuseram ao tratamento dado aos cristãos também tiveram de abandonar suas casas e fugir”, salientou Iskandar.

Taxa variava 

Por telefone, o comerciante cristão Hani, morador de Dalga, disse ao site de VEJA que sua loja foi marcada com spray vermelho. “Eles pintavam um crucifixo para identificar os locais onde voltariam depois para coletar o imposto. Essas pessoas não são muçulmanos, são bandidos, uma gangue de criminosos que mancham a imagem do Islã”, acusou Hani, que pediu que seu sobrenome não fosse divulgado, por medo de represálias.

Segundo o comerciante, desde que Mursi foi deposto a população cristã de Dalga se vê em meio a um fogo cruzado entre radicais simpatizantes do ex-presidente e autoridades. “A ira dos apoiadores de Mursi se voltou contra os cristãos. Na rua, ouvi xingamentos de islamitas que me acusavam de apoiar o golpe. E, quanto mais tentávamos argumentar, pior ficava”.

A dona de casa cristã Miriam contou que ir à igreja passou a ser algo arriscado nos últimos meses. “O padre mesmo pediu para que evitássemos a igreja em certos dias, temendo pela segurança das pessoas”.

Ela confirma a cobrança da jizya. “Quando os islamitas assumiram o controle da cidade, faziam várias declarações absurdas, mas nós jamais imaginávamos que voltaríamos ao passado distante e seríamos obrigados a pagar um imposto por sermos minoria. Até amigos muçulmanos ficaram chocados com a lei”, disse. “Quase todos os dias eles vinham coletar o dinheiro, cerca 200 libras egípcias (65 reais). Se nos recusássemos a pagar, éramos ameaçados”.

Falando a jornalistas, o padre Yunis Shawqi, conhecido clérigo de um monastério em Dalga, disse que o valor da taxa variava, dependendo da área da cidade, mas que o valor chegava até 500 libras egípcias (160 reais). Ele afirmou que aproximadamente 140 famílias coptas foram obrigadas a pagar, diariamente, 200 libras egípcias. Outras quarenta famílias, segundo ele, teriam deixado a cidade por se recusarem a pagar o imposto. O monastério do padre Shawqi foi destruído no dia 3 de julho, dia da deposição de Mursi, por supostos membros da Irmandade Muçulmana.

Crimes 

Segundo jornais locais, dois funcionários públicos cristãos – que eram da mesma família – foram mortos a tiros por se recusarem a pagar a taxa. O assassinato teria sido responsabilidade de um grupo criminoso, cujo chefe tem antecedentes criminais. “No caso dos dois primos, a gangue era muçulmana. Mas estamos falando de criminosos com antecedentes de violência contra outras pessoas, tanto muçulmanas quanto cristãs”, enfatizou Iskandar, fazendo uma distinção entre gangues criminosas e perseguições de cunho religioso.

Cristãos coptas representam cerca de 10% da população de mais de 80 milhões no Egito. Durante sucessivos governos, a comunidade cristã acusou os governantes de discriminação e de pouco se esforçar para coibir atos de violência. No início deste mês, ativistas, jornalistas e políticos muçulmanos e cristãos enviaram uma carta ao governo interino do Egito pedindo ações mais efetivas para proteger a comunidade cristã, principalmente em regiões mais pobres do interior do país.

A repercussão negativa das notícias sobre a situação dos cristãos em cidades menores levou o governo temporário a lançar uma ofensiva. Em Dalga, helicópteros sobrevoaram a cidade no último dia 16. De acordo com o governo, os islamitas ofereceram pouca resistência. Mas cartazes do ex-presidente Mursi continuam espalhados pela cidade. E os cristãos que moram na cidade, embora mais aliviados, não demonstram entusiasmo com a presença do Exército. “Eu, assim como meus parentes e amigos, achamos que a sensação de segurança vai durar pouco. Os radicais têm influência muito forte por aqui. Acredito que outras famílias cristãs devem se mudar da cidade. Eu mesmo não sei até quando posso aguentar essa pressão”, desabafou o cristão Hani.

Fonte: Veja.com

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