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Milionário homossexual e ateu doa herança à Igreja Católica, antes de cometer suicídio

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wallpaper-bandeira-dos-eua-6529O jornal dos EUA New York Time publicou um caso muito interessante.

Robert W. Wilson, um milionário americano, homossexual e ateu, antes de cometer suicídio doou uma boa parte de seu patrimônio para a Igreja Católica. Robert W. Wilson, repassou cerca de 30 milhões de dólares ao longo de vários anos para a Arquidiocese de Nova York, com a expectativa de que o dinheiro fosse investido em educação. Segundo o Relatório, o motivo dessa escolha foi por crer que o sistema católico de ensino exerce melhor sua função de avançar na aplicação de seus métodos de instrução, comparado ao sistema público de educação nos EUA.

Um outro relatório mostra que o milionário Bill Gates tentou fazer Robert Wilson  aderir  a  seu  programa” The Giving Pledge”, mas Robert não aceitou por achar que a iniciativa do fundador da Microsoft ser “praticamente inútil”. Robert tinha um patrimônio de cerca de 800 milhões de dólares, e entendeu que a caridade  de Bill Gates não assume o compromisso de ajudar e serve apenas para tarjar bilionários como “socialmente aceitáveis”.

Robert W. Wilson sofreu em julho  um acidente vascular cerebral e seis meses depois foi encontrado morto no pátio dos fundos do prédio San Remo, na região de Central Park West, em Manhattan, Nova York. Wilson teria se atirado de sua residência, em um apartamento no 16º andar, no dia 23 de dezembro de 2013, sem filhos.

É um caso que nos faz pensar, especialmente hoje em que a Igreja católica é extremamente perseguida por muitos homossexuais e ateus. Por que esse milionário ateu e homossexual preferiu a educação das escolas católicas?…

Fonte: http://portugues.christianpost.com/

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Uma carta para si mesma cheia de amor e confiança em Deus: O legado de uma menina falecida que está comovendo o mundo

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pptaylorsmith150114O site ACI/EWTN Noticias noticiou nesta quinta-feira (17/01/14) que os pais de Taylor Smith acharam consolo depois da morte de sua menina em uma carta que ela escreveu em abril do ano passado para ser lida por ela mesma dentro de dez anos. O caso deu a volta ao mundo nas últimas horas, mas poucos meios têm reparado em sua profunda mensagem de amor e confiança em Deus.

Taylor tinha 12 anos e morreu por uma pneumonia no dia 5 de janeiro passado. Uns dias depois deste trágico fato, seus pais encontraram um envelope no seu quarto com esta indicação: “Confidencial. Somente para os olhos de Taylor Smith a menos que se diga o contrário. Não abrir até 13-4-23”.

Na nota, Taylor se propõe a concluir seus estudos e a emendar os erros e atrasos nos estudos acadêmicos que possa ter feito. “Felicitações por concluir o ensino médio! Se você não o fez, volte e siga tentando. Consiga este diploma!”. Além disso, recorda seu desejo de ser advogada e se pergunta “Se estivermos na universidade, O que estamos estudando?”.

Taylor evoca na carta a primeira viagem de missões que realizou e se interpela a si mesmo sobre sua fé. “Falando nisso, como está sua relação com Deus? Você tem rezado, adorado, lido a Bíblia, ou ido servir ao Senhor recentemente? Se não, levanta e faça-o AGORA!”.

“Não me importa em que ponto de nossa vida estejamos agora, faça-o! Ele (Jesus) foi burlado, golpeado, torturado e crucificado por ti. Um homem sem pecado, que nunca fez nada mal a você nem a outra pessoa alguma”, escreveu para seu “futuro eu” a menina.

Seus pais, Tim e Ellen sofrem a dor da morte de sua filha, mas sabem que “era a hora de Deus” para a pequena Taylor.

“Ele a amava mais do que ninguém podia amá-la, tanto como para dizer ´Vem comigo´. Muitos se perguntarão por que é tão fácil para um pai que perdeu a sua filha dizer algo assim em vez de acusar Deus ou odiá-lo, mas o único que posso dizer é que é fácil para mim confiar em Deus agora porque minha menina confiava nele”, disse Tim à imprensa local.

Falando a vários meios de imprensa sobre o comovedor caso de Taylor, Tim assegurou que “agora estou ainda mais decidido a descobrir a vontade de Deus, porque agora que vejo um brilho do que é a vontade de Deus, agora que vê quanta gente está sendo transformada pelo que está havendo, sei que que a vida de uma única pessoa mudasse, Taylor teria dito que valeu a pena”.

“Ela é um perfeito exemplo do que é amar Deus e amar os demais. Ela me ensinou como Deus ama, não via nada do exterior, ela só olhava no interior e no que era o melhor para os demais”.

“A esperança que Taylor compartilhou em sua carta é o que ela teria querido compartilhar com o mundo. Assim, como seu pai, sinto que é o mínimo que posso fazer para honrá-la, compartilhar sua carta com o mundo para que o amor de Deus e a esperança encontrada em Jesus, a mesma esperança que ela encontrou, estenda-se a vós”, assegurou.

Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=26567

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Pastor protestante faz congregação comer grama para “estar mais perto de Deus”

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Um pregador neopentecostal africano fez sua congregação comer grama alegando que desta maneira eles estariam “mais perto de Deus”.

Desde 2002, o pastor Daniel Lesego é líder do Ministério Centro Raboni, em Garankuwa, ao norte de Pretória, uma das capitais da África do Sul. Suas mensagens polêmicas têm atraído críticas de milhares de pessoas, embora os membros testemunhem muitos milagres nos cultos.

Nos últimos dias, uma reportagem do jornal inglês Daily Mail mostrou que muitos membros da congregação acabaram passando mal ao passo que alguns alegavam terem sido curados após terem feito isso.

Segundo o Mail, o pastor teria ensinado que os seres humanos podem comer qualquer coisa para alimentar seus corpos. ‘Sim, nós podemos comer grama e estamos orgulhosos disso pois demonstra que é possível fazer qualquer coisa quando temos em nós o poder de Deus”, afirmou Rosemary Phetha, estudante de 21 anos que afirma ter sido curada.

Doreen Kgatle, 27, sofreu um derrame há dois anos. Ela testemunha: “Eu não podia andar, mas logo depois de comer a grama, como o pastor tinha ordenado, comecei a recuperar minhas forças e uma hora mais tarde, consegui andar de novo”.

Após a reportagem do Mail ser publicada, as fotos foram retiradas do Facebook. Contudo, é possível ver muitos outros relatos de curas e uma sequência grande de profecias para 2014. Também é possível ler dezenas de comentários críticos de pessoas que chamam o pastor de enganador e os milagres de “fraudes”.

Fonte: Gospel Prime

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Vaticano: Comissão concluiu investigação sobre aparições em Medjugorje.

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Por Ivan de Vargas

 O porta-voz da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, confirmou nesta manhã que a última reunião da comissão internacional de investigação sobre Medjugorje aconteceu ontem. A comissão foi estabelecida pela Congregação para a Doutrina da Fé em março de 2010, sob a presidência do cardeal Camillo Ruini, e os resultados dos seus estudos serão submetidos agora às instâncias competentes da mesma Congregação.

Ao criar a comissão, em março de 2010, a Santa Sé lançou um comunicado de imprensa informando que “a comissão internacional de investigação sobre Medjugorje se reuniu pela primeira vez em 26 de março e, conforme já anunciado, o seu trabalho se desenvolverá em rigoroso sigilo. As conclusões serão apresentadas às instâncias da Congregação para a Doutrina da Fé”.

Medjugorje é um pequeno povoado da Bósnia-Herzegovina que se transformou em lugar de peregrinação para milhões de pessoas, atraídas pelas supostas aparições da Virgem Maria relatadas por seis videntes.

No fim de junho de 1981, um grupo de jovens (Mirjana Dragicevic Soldo, Ivanka Ivankovic-Elez, Marija Pavlovic Lunetti, Vicka Ivankovic, Ivan Dragicevic e Jakov Colo) afirmou ter visto uma linda jovem  que lhes confiava mensagens. Desde então, os seis protagonistas declaram que as aparições se repetem até hoje.

A comissão internacional de investigação sobre Medjugorje, composta por cardeais, bispos, peritos e especialistas, foi constituída depois que a comissão diocesana em Móstar considerou que o fenômeno ultrapassava as competências da diocese. A Conferência Episcopal da então Iugoslávia tampouco tinha chegado a uma conclusão sobre a sobrenaturalidade ou não do fenômeno.

Os bispos da ex-Iugoslávia destacaram a necessidade de acompanhamento pastoral, sob a responsabilidade do pároco e do bispo local, de todos os fiéis que iam até o local para rezar. Eles pediram que a Congregação para a Doutrina da Fé assumisse a situação.

O atual prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, dom Gerhard Müller, declarou recentemente que as aparições da Virgem Maria aos videntes de Medjugorje não podem ser assumidas como verdadeiras.

Müller recordou aos bispos dos Estados Unidos, em novembro último, que a posição da Igreja é a mesma já confirmada em 1991: “não é possível afirmar se houve aparições ou revelações sobrenaturais”. Esta declaração aconteceu durante a visita de Ivan Dragicevic ao país norte-americano.

O núncio apostólico nos Estados Unidos, dom Carlo Maria Viganò, a pedido de dom Müller, enviou uma carta ao secretário geral da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, dom Ronny Jenkins. No texto, ele afirmou que “um dos assim chamados videntes de Medjugorje, o Sr. Ivan Dragicevic, programou visitas a certas paróquias do país”, nas quais, conforme tinha sido divulgado, “o Sr. Dragicevic receberá ‘aparições’”.

Para “evitar escândalo e confusão”, Viganò recordou aos bispos estadunidenses que “os clérigos e os fiéis não podem participar de reuniões, conferências ou celebrações públicas em que a credibilidade de tais ‘aparições’ seja tida como certa”.

Poucos dias depois, o papa Francisco disse, durante uma homilia na Casa Santa Marta, em Roma, que a Virgem Maria “não trabalha nos correios para ficar enviando mensagens todos os dias”.

O Santo Padre enfatizou que “o espírito de curiosidade nos afasta da sabedoria, porque, com ele, só interessam os detalhes, as pequenas notícias de cada dia”. Esse espírito de curiosidade, que é mundano, leva à confusão, advertiu ele. Para explicar melhor essa confusão, o pontífice insistiu: “A curiosidade nos leva a achar que nosso Senhor está por aqui ou por ali, ou nos faz dizer: ‘Mas eu conheço um vidente, uma vidente, que recebe cartas de Nossa Senhora, mensagens de Nossa Senhora’”. A este propósito, Francisco acrescentou: “Nossa Senhora é mãe e ama a todos nós, mas não é encarregada dos correios para ficar mandando mensagens todos os dias”.

Por sua vez, o cardeal Tarcisio Bertone explicou, durante as investigações, que “as peregrinações privadas [a Medjugorje] são permitidas e os fiéis podem contar com acompanhamento pastoral. Todos os peregrinos católicos podem ir a Medjugorje, um lugar de culto mariano em que é possível expressar-se através de todas as formas da devoção”. As declarações foram feitas em 2007 pelo então Secretário de Estado, em entrevista ao vaticanista Giuseppe De Carli.

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Mais uma representação criminal contra o ‘Porta dos Fundos’. Dessa vez, de origem evangélica.

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O deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) protocolou esta semana um representação criminal contra o canal do Youtube Porta dos Fundos no Ministério Público Estadual de São Paulo.

Essa é a segunda representação criminal movida contra o grupo de comediantes por conta deste vídeo.

A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família também recorreu à Justiça para denunciar o vídeo que na opinião do grupo, ligado à Igreja Católica, está debochando e insultando os cristãos.

Antes de entrar com a representação criminal no MP-SP, o deputado federal enviou uma carta aberta à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) solicitando que eles reavaliem o patrocínio dado ao canal.

Pelo Twitter Feliciano chegou a trocar mensagens com o humorista Gregório Duviver por conta de uma carta-resposta publicada na Folha de São Paulo direcionada ao Arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer que também reclamou do teor do vídeo.

Duvivier se comparou com Galileu que foi perseguido pela Igreja Católica e Feliciano achou o texto uma verdadeira “insolência” com uma autoridade tão importante quanto o Arcebispo de São Paulo.

Feliciano já se desentendeu com os humoristas do grupo outras vezes, chegando a ser tema de uma das sátiras produzidas pelo canal.

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Representação criminal é aberta contra o canal ‘Porta dos Fundos por Associação católica. A carta foi subscrita por 11 advogados.

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A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, ligada à Igreja Católica, abriu uma representação criminal no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ) contra o Porta dos Fundos.

O vídeo criticado é o especial de Natal que foi veiculado no Youtube no dia 23 de dezembro. Para a instituição os humoristas feriram o princípio de tolerância e respeito à diversidade.

Um documento assinado por Hermes Rodrigues Nery, diretor de imprensa da associação, e subscrito por 11 advogados foi entregue ao MPE-RJ nesta semana criticando a forma como o cristianismo tem sido tratado pelo grupo.

“Não é de hoje que esse canal faz questão de debochar e insultar, das mais diversas formas, as religiões monoteístas — em especial o Cristianismo”, diz trecho do texto.

A denúncia também reuniu outros vídeos do canal Porta dos Fundos que tratam de forma desrespeitosa a liberdade religiosa dos católicos e cristãos em geral.

Além da Pró-Vida, outros representantes da Igreja Católica se manifestaram contra o vídeo. Entre eles o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, dom Odílio Scherer, que usou o Twitter pra criticar a esquete.

Dom Odílio pediu que os fiéis entrassem em contato com a empresa patrocinadora do canal para criticar o conteúdo e exigir uma resposta sobre o assunto. “Será que isso é humor? Ou é intolerância religiosa travestida de humor? Péssimo mau gosto!”, escreveu o religioso.

A patrocinadora do Porta dos Fundos é o Grupo Petrópolis, empresa detentora da marca de cerveja Itaipava que veio à público dizer que respeita “os princípios de fé” e que não apoia “qualquer manifestação que venha a atingir esses valores religiosos que se tem como sagrados”. Mesmo assim a Itaipava continuará a patrocinar os humoristas. Com informações O Globo e Notícias da TV.

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Feministas pressionam mudanças no dicionário espanhol para a retirada de termos supostamente ‘machistas”

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Machismo: actitud de prepotencia de los varones respecto de las mujeres

 

 

por CAROL PIREs

Em espanhol, a palavra miembro –“indivíduo que faz parte de um conjunto” – é considerada, pelo menos até agora, um substantivo comum de dois gêneros. Usa-se el miembro para homens e la miembro para mulheres. Em 2008, a então ministra socialista da recém-criada pasta da Igualdade da Espanha, Bibiana Aído, decidiu honrar o cargo nem que para tanto precisasse subverter os dicionários. Num discurso na Câmara dos Deputados, empregou miembras, substantivo feminino plural que, àquela altura, existia apenas em sua cabeça. Houvesse se envolvido num escândalo de corrupção, não teria sido tão achincalhada.

O escritor Javier Marías, membro da Real Academia Espanhola conhecido pela excelência de seu verbo e por seu pavio curto, liderou as brigadas da reação: “Vão acabar exigindo que não se diga mais mujer, e sim mujera”, escreveu no jornal El País. Marías aproveitou a polêmica para abrir uma cruzada contra grupos feministas que, havia mais de uma década, pediam um espanhol menos machista nas páginas do Diccionario de la Lengua Española (DRAE), o venerável e conservador baluarte daquela que alguns ainda reputam como a segunda língua mais falada no mundo, embora pesquisas mais recentes lhe concedam uma modesta quarta posição, depois do mandarim, do inglês e do hindi.

Por ora, miembra não faz parte do dicionário, mas, cinco anos depois da controvérsia, as feministas estão ganhando terreno. As acepções atuais de femenino (“fraco, débil”), masculino (“varonil, energético”), huérfano (“pessoa menor de idade que perdeu o pai ou a mãe, ou os dois, mas especialmente o pai”) merecerão o mesmo destino dos membros (e membras) da nomenklatura caídos (e caídas) em desgraça naquelas velhas fotografias do Politburo soviético: serão apagadas da próxima edição do DRAE, a ser lançada neste ano.

Na primeira edição do dicionário da Real Academia Espanhola, cuja versão num único volume apareceu em 1780, o substantivo madre foi glosado como “a fêmea de qualquer espécie, racional ou irracional, que tenha parido”. Na última edição, de 2001, a definição foi mantida, embora mais sucinta: “Fêmea que tenha parido.” Em dois séculos, não mudou substancialmente o conceito que a sociedade faz de suas madres.

Mas, tal como o mundo gira e a Lusitana roda, a própria noção de família já não é a mesma. E o verbete madre de familia recende a naftalina: a entrada correspondente – “mulher casada ou viúva, líder do lar” – exclui todas as senhoras solteiras e separadas que constituem família. Já a definição corrente de padre de familia contaria com o entusiasmo irrestrito de Jece Valadão: “Chefe de família, ainda que não tenha filhos.” É contra esse tipo de insolência que as feministas se insurgiram.

A Real Academia se viu assoberbada por uma avalanche de demandas de correção política e atualização comportamental. Por enquanto, a vetusta instituição resolveu acatar pedidos da Confederação Espanhola de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, conhecida pelo simpático (quase) acrônimo COLEGAS. O conceito de matrimonio – “união entre um homem e uma mulher” – será ampliado para o palavroso: “Em determinadas legislações, união entre duas pessoas do mesmo sexo, concedida mediante certos ritos ou formalidades legais, para estabelecer e manter uma comunhão de vida e interesses.”

A entrada adulterio, hoje definido como “conhecimento carnal voluntário entre uma pessoa casada e outra do sexo oposto que não seja seu cônjuge”, também será modificada: “Relação sexual voluntária entre uma pessoa casada e outra que não seja seu cônjuge.” Sem dúvida uma vitória para todo gay adúltero que se sentia justamente discriminado.

A lista de ofendidos, tristes e magoados com o léxico não inclui apenas a turma atenta a questões de sexo e gênero. A Federação de Comunidades Judaicas da Espanha pede a exclusão do verbete judiada: “Má ação, que tendenciosamente se considerava própria dos judeus.” A Associação para a Recuperação da Memória Histórica exige a reavaliação do termo franquismo, cuja definição – “movimento político e social de tendência totalitária” – é, para eles, “uma falta de respeito aos 113 mil desaparecidos e suas famílias”. O problema, claro, está na palavra “tendência”, considerada branda com a ditadura de 36 anos.

Desde os tempos coloniais, os espanhóis bem sabem que o idioma é uma arma de dominação e poder. A primeira gramática espanhola foi lançada em 1492, momento que coincidiu com a descoberta da América. Quando perguntou a frei Fernando de Talavera, bispo de Ávila, qual a serventia de tal obra, a rainha Isabel ouviu que os povos das “terras bárbaras” conquistadas por ela “precisarão receber as leis que o vencedor impõe ao vencido, e com elas a nossa língua”. Em outras palavras, serve para governar. E assim foi: em pouco tempo, boa parte do Novo Mundo se expressaria no idioma do colonizador ibérico. Hoje, cerca de 420 milhões de pessoas falam espanhol no mundo, a maioria delas na América Latina. Era inevitável que o bumerangue voltasse. A Real Academia sofre pressões de todos os lados – de minorias nacionais a antigos povos conquistados.

A Aliança pela União no Campo não quer mais que rural corresponda a “inculto” ou “tosco”. O Bloco Nacionalista Galego apresentou ao Congresso um pedido formal para que os naturais da região do noroeste da Espanha não sejam mais chamados nem de “tontos”, no espanhol da Costa Rica, nem de “gagos”, variação salvadorenha. No Uruguai, a Casa da Cultura Afro-Uruguaia lançou uma campanha contra a expressão dicionarizada “trabalhar como um negro”.

O secretário da Real Academia, Darío Villanueva, tenta conter o movimento antes que ele se transforme em rebelião babélica. Villanueva alega que excluir todas as palavras ofensivas seria acabar com o dicionário: “A Academia não inventa palavras ofensivas nem as promove. Com o passar do tempo, a sociedade evolui e certos termos vão deixando de vigorar.” A filósofa Esther Forgas propõe uma solução conciliatória, sugerindo que o dicionário notifique o leitor do contexto em que “termos degradantes” se tornaram de uso corrente, evitando a “mera anotação” do verbete – um adendo parecido com o que foi proposto no Brasil para as expressões racistas nos livros infantis de Monteiro Lobato.

O processo de revisão da 23a edição do Diccionario de la Lengua Española segue em curso. O número de verbetes será ampliado de 88 431 mil para 93 mil. Palavras como nanotecnología e nanosegundoserão dicionarizadas, assim como chatear (conversar em chat de internet), bloguero e libro electrónico. Uma lista de profissões – alfarero (ceramista), enterrador (coveiro), e herrero (ferreiro) – ganhará seu correspondente feminino.

Para os que já estão se perguntando, nos apressamos em responder: sim, presidenta já é aceito.

Fonte: Piauí Herald

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