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Mensagens e discursos do papa serão postados no Twitter.

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O papa Bento XVI enviará suas mensagens após a oração do Ângelus e seus discursos mais importantes através da rede social Twitter, segundo afirmou nesta quinta-feira o responsável do dicastério vaticano da Comunicação Social, Claudio Maria Celli, à Radio Vaticana.

“Devemos ainda escolher a data para este início, mas será o mais rápido possível e isso está sendo estudado pelo Conselho Pontifício para a Comunicação Social”, afirmou Celli.

No Twitter o papa postará também “seus discursos em outros países, quando pedir colaboração, ajuda para certa forma de necessidade ou por ocasião de certas festas típicas de nosso calendário religioso, como a mensagem de Natal e da Páscoa”, continuou.

Celli acrescentou que foi criado o site Pope2you com as mensagens de Quaresma do pontífice, subdivididas em 40 tweets, com pequenas frases e dirigidas principalmente aos jovens. Mais uma vez, o papa “demonstra a sensibilidade às novas tecnologias e à comunicação de sua palavra”, assegurou o responsável do dicastério vaticano.

No dia 29 de junho do ano passado, Bento XVI inaugurou o novo portal multimídia do Vaticano na internet, News.va, com uma mensagem no Twitter – a primeira vez na história que um pontífice usou este meio de comunicação.

Fonte: Terra

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PADRE LUIGI GIUSSANI, RUMO À BEATIFICAÇÃO

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Pedido pelo seu sucessor na missa de sufrágio pelo fundador de Comunhão e Libertação

 

 A extensa lista de santos e beatos da Itália será em breve enriquecida com o nome de Luigi Giussani. Nessa quarta-feira, durante a missa de sufrágio, aos sete anos após sua morte, Julián Carrón, presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação (CL), fez o pedido para abrir a causa de beatificação e canonização do seu antecessor.

Na homilia da Missa de sufrágio, celebrada na catedral de Milão, o arcebispo da diocese ambrosiana, o cardeal Angelo Scola citou uma passagem do Livro do Eclesiástico: "Nenhum homem é suficientemente senhor do seu sopro vital para contê-lo."

Uma citação do Antigo Testamento que, segundo o cardeal, harmoniza bem com o pensamento de Giussani cuja proposta educativa, recordou Scola, foi um "aspecto genial" "a eficaz recuperação da verdade cristã de que ninguém pode salvar-se por si mesmo."

O fundador de CL recebeu do Espírito um "carisma católico", florescido na Igreja Ambrosiana, que "a Igreja reconheceu universalmente e do qual hoje podem desfrutar dezenas de milhares de pessoas ao redor do mundo", acrescentou o cardeal.

Scola foi filho espiritual de Giussani e – como sublinhou Carrón na saudação final – o dia da sua posse na diocese, recordou seu "gênio educativo".

O fundador de CL teve – entre seus muitos méritos – o de ter sabido afrontar a “forte tentação", hoje dominante, de uma "fratura, aparentemente incurável, entre fé e vida" e de ter transmitido aos seus alunos a possibilidade de "viver no encontro com Cristo um caminho verdadeiramente humano", disse Carrón.

A sequela do carisma giussaniano tem representado para muitos católicos a possibilidade de "verificar todos os dias a presença do Salvador como resposta ao grito de necessidade de salvação, que – como lembrou ele mesmo no seu discurso no recente congresso Jesus é nosso contemporâneo –  "é do coração de cada homem de todo tempo e lugar, independentemente do quanto confusa possa ser sua incidência na vida”, disse Carron virando-se para o arcebispo.

No final de seu discurso, Carrón apresentou o pedido de abertura da causa de beatificação e canonização de Luigi Giussani. "Que Nossa Senhora -" fonte viva de esperança "- nos ajude cada dia a sermos dignos das promesssas de Cristo e da imensa graça que no carisma de Giussani temos recebido e ainda recebemos", disse o presidente de CL.

O pedido de beatificação e canonização de monsenhor Giussani foi feito em 22 de fevereiro, dia do aniversário e da festa da Cátedra de São Pedro, através da postulador nomeada pelo Presidente da Fraternidade, canonicamente constituído em Ator da Causa : é a professora Chiara Minelli, professora de Direito canônico e eclesiástico na Universidade de Brescia.

[Tradução Thácio Siqueira]

MILÃO, quinta-feira 23 fev 2012 (ZENIT.org)

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Brasil é o segundo pais em número de envio de missionários.. Protestantes.

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A fé dos brasileiros ganha destaque mundial ocupando o segundo lugar no número de missionários enviados ao exterior, segundo estudioso.

Todd Johnson, diretor do Centro para o Estudo do Cristianismo Global no Seminário Teológico Gordon-Conwell Theological Seminary, em Massachusetts, afirmou que o país que mais recebeu missionários no mundo em 2010, foi os Estados Unidos. Segundo a Reuters, Johnson afirma que a maioria dos 32,400 missionários recebidos na terra do Tio Sam são brasileiros.

O Brasil, é o país considerado o maior país protestante do mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Em termos de missões, o país latino apresenta diversas organizações missionárias que trabalham o exterior. A maior das organizações é a Jocum: Jovens Com Uma Missão, com o número de aproximadamente 16.000 obreiros em mais de 150 países.

Os Estados Unidos é um dos que mais envia missionários para fora. No ano passado, o país enviou 127.000 missionários ao exterior do total de 400 mil no exterior, de acordo com o estudioso. Enquanto isso, o Brasil enviou 34.000 no mesmo ano.

A tradição do movimento de missionários dos Estados Unidos começou há 200 anos atrás, em uma igreja na Nova Inglaterra. Nesta época, cinco jovens foram ungidos como missionários e enviados em navios para a Índia.

Dois dos primeiros missionários americanos, Adoniram Judson e sua esposa Ann Hasseltine Judson, que chegaram a Myanmar, em 1812, são creditados por estabelecerem a tradição missionária americana.

No mês de fevereiro, os Estados Unidos comemora em Massachusets, os 200 anos da jornada da família Judson.

A autora do livro “Missão Cristã: Como o Cristianismo se Tornou uma Religião Mundial”, Dana Robert disse a Reuters que no ano 2000, dois terços dos cristãos no mundo, vieram dos países que tiveram missionários ocidentais um século atrás.

Robert concluiu que “Hoje, qualquer um pode ser missionário sem sair de casa através da internet.”

Fonte: Christian Post

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Promotora do aborto na Colômbia se disfarça de “bispa” e desrespeita Igreja.

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ACI

A  abortista Mónica Roa,uma das protagonistas que junto a transnacionais anti-vida conseguiram despenalização do aborto na Colômbia em 2006, disfarçou-se de “bispa” zombando da Igreja Católica e da fé que professam milhões de colombianos.

 

Roa, também dirigente da ONG abortista Women’s Link International, publicou em sua conta de Facebook uma foto na que usa uma mitra e algo parecido a uma casula de cor roxa. Na publicação da imagem pediu opiniões de seus seguidores e nomes para sua “fantasia”.

Nos comentários só há insultos contra o Vaticano e o Papa.

A respeito desta atitude, o Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Juan Vicente Córdoba, assinalou em 20 de fevereiro ao ACI Imprensa que ”isso vai além de algo jocoso ou de uma piada de mau gosto, chegando ao plano do desrespeito. Uma coisa é ter princípios ou idéias distintas e outra coisa burlar-se dos cargos ou das instituições, da Igreja ou não”.

Dom Córdoba disse ademais que “sua brincadeira, feita nos dias de halloween é intolerável para a Igreja (…)porque a Igreja sempre defenderá a vida”.

“O que fez foi uma burla infantil que não se compara com o que pode ser dito de uma enfermeira, um policial, um doutor, etc.”, acrescentou.

O Prelado recordou logo que “em seu momento nós o denunciamos, e não foi em um plano de conflito, porém foi necessário fazer um pronunciamento por não estar de acordo com o que ela fez, a Igreja não deve ser burlada dessa forma”.

Em sua campanha pela imposição do aborto como um “direito” na Colômbia, em que apoiada pelos principais meios de comunicação do país, Mónica Roa agora tem uma campanha contra o Procurador geral da Nação, Alejandro Ordóñez Maldonado.

Roa não tolera que Ordónez tenha se manifestado a favor da vida e contra do aborto em repetidas oportunidades, assim como a favor do matrimônio e da família tradicional, e portanto contra as uniões homossexuais.

Esta postura valeu ao procurador reiterados ataques de Roa e de outros grupos abortistas na Colômbia, que junto de diversos membros da esquerda iniciaram uma campanha titulada “Procura”, para evitar que Ordóñez seja reeleito no cargo.

“Procura”, que também tem um site criado pelo Women’s Link, recolhe os testemunhos de alguns colombianos que agridem o procurador por sua defesa da vida.

A respeito, Alejandro Ordóñez Maldonado disse ao jornal colombiano El País que os ataques pessoais e contra sua gestão são produto de uma espécie de “cristãofobia”.

O procurador Ordóñez foi fortemente criticado por uma minoria que ignora que em agosto do ano passado mais de 5 milhões de colombianos manifestaram sua posição contrária ao aborto, acompanhando com sua assinatura uma proposta legislativa que procurava uma mudança constitucional à lei que agora permite o aborto seja despenalizado –que ao final rechaçada– para tentar proteger o direito fundamental à vida da concepção.

Ordóñez Maldonado explicou que, segundo a lógica dos seus críticos, “os católicos não poderiam aspirar a cargos públicos e só poderiam pagar impostos e prestar serviço militar, porque não poderiam pronunciar um pensamento jurídico ou político que seja eticamente correto”.

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Gaudium Press entrevista Mons. Jonas Abib, Fundador da Canção Nova

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Gaudium Press - 2012/03/02
 

Cachoeira Paulista - SP (Sexta-feira, 02-03-2012, Gaudium Press) Transcrevemos abaixo uma entrevista de nosso correspondente Roberto Kasuo realizada com o Monsenhor Jonas Abib, fundador do movimento Canção Nova:

Gaudium Press: Como surgiu a comunidade Canção Nova? Como ocorreu ao senhor essa fundação?

Mons. Jonas: Nessa altura eu trabalhava com jovens. Justamente por isso, Dom Antônio Afonso de Miranda, Bispo de Lorena, quando recebeu o documento "Evangelii Nuntiandi", chamou-me e disse-me: "Monsenhor Jonas, este é um documento muito importante, precisa ser colocado em prática". Apontou-me o artigo 44, dizendo-me: "Os batizados não são evangelizados; então, comece por aí!"

 

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Mons. Jonas Abib
Respondi-lhe: "Vejo inspiração nas suas palavras. Vou parar, rezar e já lhe trago o resultado". Trouxe como resultado o curso que fizemos, uma espécie de "catecumenato" para jovens e adultos. Chamamos de "Catecumenato", porque é esta a palavra usada no número 44 do documento "Evangelii Nuntiandi". Os batizados, hoje, precisam de um catecumenato, porque não foram evangelizados.

 

Feito o curso com os jovens, aquilo que estava no documento aconteceu: eles ficaram de tal maneira apaixonados por Cristo, que quiseram entregar-Lhe sua vida.

Dois anos depois, foi só lançar o desafio, que muitos desejaram deixar seus estudos, suas ocupações, suas casas, para viver em comunidade e fazer esse trabalho de evangelização. Doze deles, com autorização dos pais, tiveram oportunidade de passar a viver em comunidade, no dia 2 de fevereiro de 1978.

Como vê, nascemos da evangelização e para a evangelização.

Passado um tempo, nos perguntamos: "Será que é só isso: fazer esse trabalho de evangelização com jovens?" Deus foi respondendo com fatos. Começamos por ganhar aparelhos de comunicação. Iniciamos com um programa numa rádio, que depois foi cancelado. Mas este obteve tanto sucesso que outras três emissoras nos abriram as portas. Com isso, fomos obrigados a gravar os programas em casa e não mais ir fazê-los ao vivo. Não sabíamos nada de rádio, fomos treinados por Deus.

Logo depois, o grande desafio de adquirir uma emissora própria. Sem termos dinheiro, apenas com fé e coragem, compramos a "Rádio Bandeirantes de Cachoeira Paulista". Dela surgiu uma pequenina televisão, em 1989.

Essa TV cresceu a ponto de ser nacional, a partir de 1997, e internacional, a partir de 2001, quando Nossa Senhora de Fátima nos levou daqui para Portugal. O próprio bispo de Leiria-Fátima, Dom Serafim Ferreira da Silva, nos solicitou que transmitíssemos para Portugal.

O bonito é que o número de consagrados aumentou, dos 12 membros iniciais, para mais de 600 atualmente, fora o grande público que, graças a Deus, atingimos com esta evangelização.

GP: Em que consiste a espiritualidade de Canção Nova? Como o senhor caracteriza seu carisma?

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Advogado que denunciou o papa não apresenta provas e retira o caso. Depois do escândalo midiático, a imprensa silencia diante da retirada da acusação

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A denúncia do advogado norte-americano Jeff Anderson(foto) contra Bento XVI pretendia até mesmo que o papa fosse convocado a depor nos Estados Unidos, mas terminou com a retirada do processo por parte do próprio Anderson.

O caso “John Doe 16 contra a Santa Sé” foi apresentado em abril de 2010 e provocou grande escândalo na mídia. O papa e o Vaticano eram acusados de ter encoberto o padre Lawrence Murphy, de Wisconsin, que havia abusado sexualmente de centenas de menores entre 1950 e 1974, em uma escola para surdos em Milwaukee.

Quando os advogados da Santa Sé pediram que as provas fossem apresentadas, Jeff Anderson considerou mais prudente retirar a denúncia. No último 10 de fevereiro, ele apresentou um pedido de arquivamento da ação, que tem efeito “imediato e sem que seja necessária uma sentença da corte”, explicou o advogado da Santa Sé, Jeffry S. Lena.

O advogado da Igreja afirma que o processo pretendia que a Santa Sé e o seu líder, o papa, fossem responsabilizados por todas as ações dos quatrocentos mil sacerdotes que existem no mundo. Mesmo que a responsabilidade penal não fosse individual, esses clérigos dependem primeiramente dos próprios bispos ou superiores religiosos, e não do Vaticano

Os advogados da parte acusadora “retiraram o caso porque sabiam que iriam perder se prosseguissem”, declarou Lena à agência de notícias ACI Prensa. A mesma agência informa que, em cada processo que ganhou contra a Igreja, Anderson embolsou de 25 e 40% do montante definido nos acordos.

Jeff Anderson não é novo em casos desse tipo. Ele apresentou em sua vida profissional mais de 1.500 processos contra instituições eclesiásticas.

A Rádio Vaticano recordou o enfático anúncio que Anderson fizera, avisando que tinha informações que provavam a existência de “uma ação conjunta de nível mundial” dentro da Igreja, conectada aos abusos sexuais e dirigida diretamente pelo Vaticano.

O advogado da Santa Sé considera que a teoria da acusação foi cuidadosamente montada para levantar um escândalo midiático. “Em cima de uma teoria tão velha quanto desmentida, foi criada para os meios de comunicação uma sequência de eventos que transformou um fato gravíssimo, que é a violência sexual contra um menor, num instrumento de falsidade sobre a suposta responsabilidade da Santa Sé”.

O representante vaticano lembra ainda o empenho da Igreja na luta contra os abusos: “Foi principalmente o direito canônico, e não o civil, que instituiu a obrigação da denúncia”. E considerou que o caso “não passa de mera instrumentalização”.

“Não temos que esquecer”, completa o advogado de defesa, “que, muitos anos atrás, John Doe 16, um jovem indefeso e com necessidades especiais, foi objeto de terríveis abusos. E que Bento XVI deixou claro que cada abuso, seja em uma instituição pública ou privada, cometido por qualquer pessoa, do credo ou da afiliação religiosa que for, é um pecado e um crime.

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A admirável conversão ao catolicismo de um muçulmano iraquiano.

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A leitura da fascinante autobiografia de Muhammad Moussave (foto) em que narra sua conversão do Islã para o catolicismo mostra os milagres da graça e da correspondência humana, de um lado, e de outro a terrível dureza da lei islâmica e a perseguição em relação aos cristãos.O Preço a pagar”, título do livro, resume bem o que teve que passar essa alma de escol para ser fiel ao chamado da graça. Após sua conversão ele adotou o nome de Joseph Fadelle.

Muçulmano de importante família

Fadelle pertencia a uma das mais importantes família muçulmanas chiitas do Iraque, o clan Moussavi. Seu pai, como chefe do clan era uma espécie de juiz e resolvia as pendência entre os membros do clan. Ao mesmo tempo era detentor de grande fortuna e prestígio.

Em 1987 Fadelle foi convocado para o exército do Iraque, então sob o domínio de Sadam Hussein, em plena guerra desse país com seu vizinho, o Iran. A essa altura ele tinha 23 anos e era solteiro.

Enviado para uma guarnição na fronteira com o Iran, ele foi alojado num quarto juntamente com um cristão. Ao saber que ia ficar com um cristão ele ficou indignado, pois como muçulmano e de uma família que descendia de Maomé, isso era uma insulto.

O desafio: você entende o Corão?

Mas, o cristão, de nome Massoud, era mais velho do que ele e o acolheu com gentileza, de modo que, pouco a pouco as prevenções foram caindo. Fadelle concebeu o plano de convertê-lo para o Islam. Numa ausência de Massoud, vendo entre seus livros um com o título Os Milagres de Jesus, ficou curioso e começou a lê-lo. Ele não tinha a menor idéia de quem se tratava, pois no Corão Jesus é chamado de Isa, mas ficou encantado com os milagres, como o das Bodas de Caná e atraído pela figura de Jesus.

Porém, ainda com o desejo de converter Massoud ao Islam, um dia perguntou-lhe se os cristãos tinham também um livro sagrado, como o Corão. Tendo tido a resposta de que os cristãos tinham a Bíblia ele pediu para vê-la, achando que seria fácil refutá-la.

Para surpresa sua, Massoud negou-se a mostrar o livro cristão e lhe fez uma pergunta surpreendente: se ele tinha lido o Corão. Tal pergunta era ofensiva para quem tinha sido criado no Islam, mas ele respondeu apenas que o tinha lido. Então veio a nova pergunta, esta sim, embaraçante: “Você compreendeu o sentido de cada palavra, de cada verso?”

Conta o futuro cristão que essa pergunta penetrou-lhe no cérebro como um dardo incandescente, pois, segundo o Islã o que importa não é entender o Corão, mas apenas lê-lo. Diante de seu embaraço, seu companheiro fez-lhe a seguinte proposta: que ele lesse de novo o Corão, mas agora procurando entender cada frase; depois disso ele lhe emprestaria o livro dos cristãos.

Desencanto com o Corão e um sonho místico


Muhammad aceitou a proposta o que veio mudar-lhe completamente a vida. Pois, à medida que procurava entender o sentido do que estava escrito no Corão, se dava conta de que havia muita coisa absurda ou sem sentido. A consulta a um Iman não lhe resolveu as dúvidas e cada vez mais ele foi ficando desencantado com o livro islâmico.

Era como se escamas caissem de seus olhos e ele passasse a ver pela primeira vez o que realmente dizia o Corão. Finda essa leitura atenta, meditada, ele chegou à conclusão de que esse livro não podia ser de origem divina.

Foi então que se passou um fato de natureza mística que preparou a sua conversão. Ele sonhou que estava num prado, à beira de um riacho e via na outra margem um homem muito imponente, extremamente atraente. Ele tentou pular para a outra margem, mas ficou parado no ar até que o misterioso personagem o tomou pela mão e o trouxe para junto de si e lhe disse: “Para atravessar o riacho, é preciso que tu comas o pão da vida.” Em seguida ele acordou.

O choque da conversão: Jesus é o pão da vida

Sem mais pensar no sonho, ele afinal conseguiu de Massoud o empréstimo dos Santos Evangelhos. Abrindo-o, deparou com o Evangelho de São João. A leitura o absorveu totalmente, fazendo com que ele sentisse grande bem-estar. Em dado momento, ficou profundamente emocionado por encontrar no livro as misteriosas palavras do sonho: “o pão da vida.” As palavras de Jesus no Evangelho eram claras: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (João, 6:35).

Narra ele: “Então se passou em mim algo de extraordinário, como uma deflagração violenta que leva tudo à sua passagem, acompanhado de uma sensação de bem estar e calor… Como se, de repente, uma luz brilhante iluminasse a minha vida de uma maneira inteiramente nova e lhe desse todo seu sentido. Tive a impressão de estar ébrio, ao mesmo tempo em que dominava em meu coração um sentimento de uma força indizível, uma paixão quase violenta e amorosa por este Jesus Cristo do qual falam os Evangelhos!”

O preço da conversão: a morte

A conversão foi plena, total e duradoura. Ele queria que Massoud o ajudasse a se transformar num cristão, mas aí encontrou resistência. Pelas leis islâmicas, um muçulmano que abandona o Islão, tornando-se cristão, deve ser morto, assim como aqueles que o levaram à conversão.

Em todo o caso, Massoud o ensinou a rezar e os dois passavam o tempo livre lendo os Evangelhos e rezando.

Mas, o cristão foi liberado do exército enquanto Muhammad estava de licença e este não o encontrou quando voltou. Pouco depois ele também foi liberado e voltou para a casa dos pais.

Anos de provação

Para Fadelle começou a grande provação que ia durar anos, exigindo dele uma fidelidade sem par.

Conforme lhe recomendara Massoud, ele procurava esconder sua conversão da família, embora evitando, sob vários pretextos, participar das orações muçulmanas em comum, com a família. Ao mesmo tempo ele tentava aproximar-se dos cristãos. Mas estes, temiam aceitá-lo nas igrejas, por não conhece-lo, e temerosos pelo clima de perseguição em que viviam.

O consolo de Fadelle era ler, às escondidas, a Bíblia que havia ganho de Massoud, meditando especialmente os Evangelhos. Por fim ele conseguiu, através de um cristão com o qual fez amizade, frequentar uma das igrejas, mas o tão ansiado batismo não se realizava.

O tempo foi passando e em 1992, seu pai comunicou-lhe que tinha arranjado uma noiva para ele e que ele devia se casar. Tratava-se de uma moça do mesmo meio social e, evidentemente muçulmana, chamada Anuar.

Após o casamento e o nascimento de um filho, Fadelle, que continuava a frequentar a igreja secretamente, encontrou um Missionário estrangeiro no Iraque que aceitou prepará-lo para o batismo. Mas aconteceu então algo inesperado. Sua mulher, que não entendia aonde ele ia todos os domingos, um dia, quando ele voltava da missa, o interpelou, julgando que ele estivesse indo ver outra mulher. Pego de surpresa e sem pensar no que ia dizer, Fadelle respondeu que ela se enganava: o que acontecia era que ele era cristão e estava indo à missa todos os domingos.

Conversão de sua mulher

Sua mulher ficou totalmente chocada com a notícia de que ela estava casada com um cristão. Descomposta, ela fugiu e se trancou no quarto. Depois, na ausencia do marido, pegou o filho e foi para a casa da mãe.

Fadelle deu-se então conta do perigo. Ela iria contar para a família dela que ele era cristão e com isso ele seria condenado à morte. No entanto, por um milagre, a mulher não disse nada aos familiares e depois aceitou voltar para casa. Mais do que isso, ela pediu que ele explicasse melhor o que era o cristianismo. Ele empregou o mesmo método que Massoud tinha usado com ele: pediu que ela relesse o Corão procurando prestar atenção no sentido das palavras, na doutrina expressa. E como acontecera com ele, ela também ficou chocada, especialmente com o modo como o livro islâmico trata a mulher.

Depois de ler os Evangelhos, Anuar começou a frequentar com o marido, às escondidas, a igreja e a ter aulas de religião com o missionário.

Ameaça de morte e prisão

Em 1997, deu-se um fato capital na vida de Fadelle. Sua família acabou percebendo seu distanciamento do Islam e ficando desconfiada de que algo estava acontecendo. Em uma ausência do casal, que tinha ido à igreja, seus irmãos revistaram sua casa e descobriram o exemplar da Bíblia. Interrogando seu filho criança, este fez o sinal da cruz que havia aprendido dos pais.

No dia seguinte, de manhazinha, Muhammad foi levado à casa dos pais sob um pretexto urgente. Quando entrou na sala principal, imediatamente começou a ser espancado pelos irmãos e tios, na presença do pai. Este, no auge da indignação o acusou de ser cristão, mas, o mais terrível foi ouvir sua própria mãe proferir estas palavras inauditas:

“Matai-o e jogai seu corpo no esgoto!”

Embora ele não tenha sido morto nessa ocasião, Fadelle foi levado por um primo, membro da polícia secreta, para a prisão política de Sadan Hussein. A intenção era torturá-lo para que ele revelasse o nome dos cristãos que o tinham “corrompido.” Durante três meses ele foi duramente torturado e perdeu quase a metade de seu peso, sendo depois libertado sem nada revelar. A família fingiu que tudo tinha sido um engano, mas pôs uma de suas irmãs para morar em sua casa para vigiá-lo.

Fuga do Iraque e batismo

Usando vários estratagemas, Fadelle conseguiu manter o contacto com o missionário, o qual, entretanto, mandou que ele deixasse o Iraque, por proteção própria e dos cristãos de Bagda.

Afinal, em abril de 2000, depois de muitas peripécias, o casal e dois filhos (havia nascido uma menina), conseguiram fugir para a Jordania onde, por fim ele pode realizar seu tão ansiado sonho: ser batizado. E não somente ele, mas também sua mulher. Ele tomou o nome de João (mas ficou conhecido como José) e ela de Maria.

A tentativa de assassinato

Entretanto, a tranquilidade para praticar o catolicismo ainda não tinha sido encontrada. Sua família, quando percebeu sua fuga, passou a procurá-lo e acabou por localizá-lo na Jordânia. Em dezembro do mesmo ano, quatro de seus irmãos e um tio, conseguiram atraí-lo para um lugar deserto onde, após breve discussão, em que exigiam sua apostasia do cristianismo, tentaram executar a fatwa que o condenava a morte por abandonar o Ilsã. Por milagre os tiros dados, apesar de serem a queima-roupa, erraram por pouco o alvo e, apesar de estarem sozinhos, ele ouviu uma voz feminina mando-lhe correr, o que ele fez. Afinal, já mais distante, uma bala atingiu seu tornozelo e ele caiu na lama, desmaiando. Seus agressores pensando que ele tinha morrido, fugiram.

Levado por um desconhecido a um hospital e depois tratado por médicos cristãos em sua casa, Fadelle recebeu ordem das autoridades eclesiásticas jordanianas de abandonar o país para não pôr em risco a comunidade cristã. Obteve refúgio na França onde vive até hoje.

A beleza de uma alma reta

O modo como Fadelle se deixou atrair pela graça para o catolicismo, mostra como sua alma tinha uma profunda retidão e como sua pertença ao Islã era apenas fruto das circunstancias de nascimento e família. Ele estava preparado para, posto em contacto com a verdade, aceitá-la, ainda que isso o levasse a perder todos os confortos e privilégios de uma posição social elevada e a sofrer terríveis perseguições, inclusive o risco de vida.

Sua conversão e o de sua mulher, fazem ver como existe a possibilidade de conversão de muçulmanos e como muitos ansiam, sem o saber por esse “pão da vida,” que é Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nota:(“Le Prix a Payer”, L’Oeuvre editions, Paris, 2010.)

Em Portual foi editado em pelas edicoes Paulinas sob o titulo de “O Preco a pagar”

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