Últimas Notícias

Diretor do Population Research Institute para América Latina: Abortistas admitem derrota na Rio + 20

Imprimir PDF

 


Segundo o artigo publicado neste 20 de junho por Carlos Pólo, Diretor do Population Research Institute (PRI) para a América Latina (uma entidade especializada em temas de defesa da vida e população), os abortistas e lobbystas dos “direitos sexuais e reprodutivos” saem derrotados da Rio +20. 

“Nenhuma menção aos chamados “direitos reprodutivos” nem “serviços de saúde reprodutiva” (ambos eufemismos para o aborto), foram incluídos no documento final da Cúpula de Rio+ 20. Eles foram simplesmente rechaçados pela comunidade internacional”, afirma o diretor do PRI para o continente latino-americano.

“Os grupos feministas radicais e pró-aborto já começaram a protestar publicamente mostrando clara aceitação da sua derrota. Isto constitui também uma mensagem nítida de rechaço à política externa da Administração Obama, o governo mais abortista da história dos EUA, pois nem toda sua diplomacia nem os milhões com os quais financia a ONU conseguiram obter seus propósitos neste evento”, assevera também o perito.
 
Carlos Pólo explica que nos últimos 6 meses, o Fundo das Nações Unidas para Atividades em População (UNFPA) juntamente com os governos da Noruega, Islândia, os falso católicos autodenominados “Catholics for Choice” e a IPPF (International Planned Parenthood Foundation) que é a maior fornecedora de abortos no mundo, trabalharam febrilmente para aproveitar a Cúpula Rio +20. Seu propósito era que tanto o aborto legal como o controle populacional fizesse parte dos esforços governamentais para obter um desenvolvimento sustentável. 

“Catholics for Choice” tinha distribuído numerosas e muito custosas publicações para desqualificar ao Vaticano como observador permanente nas Nações Unidas. (...). Entretanto, chama poderosamente a atenção que esta instituição tenha disponibilidade de tantos recursos econômicos para dedicar-se à política internacional e precisamente para atacar a Santa Sé. Em um dos documentos mais recentes este grupo afirma que a Santa Sé tem “a tendência a insistir em posições afastadas do consenso internacional”, denunciou Polo. 

Efetivamente, as muitas ONGs feministas pró-aborto não perderam a chance de marcar presença na cúpula. “A chamada Coalizão Internacional pela Saúde das Mulheres realizou um evento paralelo à Rio+20 no último 14 de Junho cuja única tese foi que “a legalização completa do aborto era uma forma de alcançar o desenvolvimento sustentável””, destacou ainda o perito peruano.

Segundo informou o portal de notícias G1 do grupo Globo, Alexandra Garita, representante da Internacional Women Health Coalison (Coalisão Internacional pela Saúde das Mulheres), afirmou nesta quinta-feira, 14 de junho, que “os países devem garantir às mulheres a possibilidade de abortar com segurança e evitar o nascimento de crianças que não terão acesso a saúde, educação e padrões mínimos de qualidade de vida”.

“As mulheres já abortam hoje e muitas morrem. É importante que elas possam fazer isso com segurança”, afirmou. Garita também defendeu acesso gratuito a métodos contraceptivos e a informações sobre como evitar a gravidez”, destacou também o G1 em sua edição de 14 de junho.

Ainda segundo a matéria do G1, o coordenador da Federação Internacional de Estudantes de Medicina, Mike Kamus, também defendeu o aborto como forma de garantir desenvolvimento sustentável em uma sessão da Reunião da ONU no Rio de Janeiro.
 
“Do meu ponto de vista pessoal, é preciso garantir o aborto com segurança. Milhares de mulheres morrem tentando abortar. As que levam uma gravidez indesejada até o fim, muitas vezes, não têm condição de dar uma vida de qualidade aos filhos”, afirmou. Segundo ele, é preciso “dar aos jovens o direito de decidir”, destaca a nota do portal de notícias G1.

O poderoso lobby pelos chamados “direitos reprodutivos” e “serviços de saúde reprodutiva” debutou internacionalmente nas Conferências do Cairo (1994) e Beijing (1995). Desde essa data, afirma Carlos Polo, não há um só evento da ONU sobre assuntos sociais, de consumo de tabaco ou de direitos dos deficientes, onde este lobby liderado pelo IPPF não tente incluir alguma menção a estes supostos “direitos” que favorecem o aborto legal. 

Durante anos estes grupos se esforçaram por dar a acreditar que esse discurso não tem nada a ver com o negócio do aborto, mas os fatos demonstram que o contrabando foi descoberto.
Para vários peritos que seguem de perto estes eventos da ONU, a melhor noticia é que hoje já são vários os países que estão cientes deste erro. 

Segundo o diretor da escritório do PRI para América Latina, a decisão de retirar toda menção de “direitos reprodutivos” e “serviços de saúde reprodutiva” do documento da reunião que se realiza no Brasil se deve a que mais países denunciaram que estes conceitos incluem o aborto e cada vez menos países vêm seguindo os EUA que afirmam (falsamente) que estes mal chamados direitos não se referem ao aborto. 

Os países que intervieram para remover estes conceitos do documento final da Rio+20  foram: o Vaticano, Rússia, Honduras, República Dominicana, Nicarágua, Chile, Síria, Egito, Malta, Polônia e Costa Rica. Em contraparte, os países que estiveram a favor de incluí-los foram: EUA, Bolívia, Peru, Uruguai, México, Noruega, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suíça e Islândia.

Chama a atenção que os delegados dos países latino-americanos tenham defendido uma posição claramente contrária ao que diz a Constituição e os acordos legais vigentes em seus países, como o Pacto de San José, explica o membro do PRI, profundo entendedor da situação da defesa da vida e da família no continente americano.

O Brasil foi duramente criticado pelas feministas presentes no Rio por permitir a omissão dos “direitos reprodutivos” no texto da Cúpula. “Este documento não é nem "o futuro que queremos", nem o que as gerações futuras merecem. Em um esforço para chegar a um consenso a qualquer custo, o Brasil se esqueceu o Rio”, lamenta Zonibel Woods, escrevendo pro site feminista “RH Reality Check”.

Apesar da Vigília Ecumênica na qual pediu-se pelos “direitos reprodutivos e sexuais”, a Cúpula dos Povos também foi uma decepção para os críticos da posição da Santa Sé. Nenhum membro da comitiva liderada pela Cardeal Odilo Scherer, nem autoridade eclesiástica alguma tomou parte no evento da noite do 17 de junho.

Em entrevista exclusiva à ACI Digital Carlos Polo afirmou: “O rechaço à inclusão dos “direito reprodutivos” no documento da Rio + 20 é uma imensa derrota que os próprios grupos abortistas reconheceram publicamente. É também o início de uma nova etapa na qual a família deve assumir um papel protagonista”.  

(Notícia atualizada em 21 de junho de 2012 às 09:39h, GMT-3)

Compartilhar

Site, hino e logo oficial do Ano da Fé são apresentados no Vaticano

Imprimir PDF

 

Logo do Ano da Fé

Nesta quinta-feira, 21, o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou, numa coletiva de imprensa no Vaticano, algumas novidades para o Ano da Fé, em especial o lançamento do site, do hino e do logo oficial.

No logo, a Igreja é representada por um barco, o mastro é uma cruz que iça as velas que formam o trigrama do nome de Cristo (IHS), e ao fundo, o sol associado ao trigrama remete à Eucaristia.

No hino, o refrão “Credo, Domine, adauge nobis é fidem” é uma invocação a Deus para que aumente a fé. Já o site oficial,www.annusfidei.va, está disponível primeiramente em inglês e italiano.

“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende sustentar a fé de tantos crentes que no cansaço cotidiano não cessam de confiar, com convicção e coragem, a própria existência ao Senhor Jesus”, salientou Dom Rino.

Para o presidente do dicastério, a proposta deste Ano, se encaixa num contexto amplo, marcado por uma crise generalizada que afeta também a fé.

“A crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem a si mesmo; por isso se encontra hoje confuso, sozinho, à mercê de forças que nem sequer conhecem o rosto, e sem uma meta a qual direcionar sua existência”, disse.

Assim, o Ano da Fé pretende ser um percurso que a comunidade cristã oferece a tantos que vivem com saudade de Deus e com o desejo de encontrá-Lo de novo.  Dom Rino salienta que é necessário, portanto, que os fiéis sintam a responsabilidade de oferecer a companhia da fé e se tornem próximos àqueles que perguntam a razão da nossa crença.

Nos primeiros dias de setembro será publicado, nos diversos idiomas, o Subsídio Pastoral “Viver o Ano da Fé” e uma pequena réplica da figura de Cristo, que se encontra na Catedral de Cefalù, na Sicília, Itália, será entregue a peregrinos e fiéis em várias partes do mundo.

“No verso, está escrito Profissão de Fé. Um dos objetivos do Ano da Fé, de fato, é fazer do Credo a oração cotidiana aprendida de cor, como era costume nos primeiros séculos do cristianismo”, conta Dom Rino.

Grandes eventos

A solene abertura do Ano da Fé será na Praça São Pedro, no dia 11 de outubro, com a presença de todos os Padres Sinodais, dos Presidentes das Conferências Episcopais do mundo e dos Padres conciliadores ainda vivos que puderem ir.

No dia 21 de outubro serão canonizados seis mártires e confessores da fé. “Vamos, portanto, refletir e rezar para que estes testemunhos de heroísmo sejam colocados na Igreja como exemplos de fé vivida”, ressalta o arcebispo.

Já no dia 2 de fevereiro, haverá uma celebração dedicada aos consagrados e no dia 24 de março, Domingo de Ramos, será, como sempre, dedicado aos jovens que se preparam para a Jornada Mundial da Juventude.

O domingo 28 de abril será dedicado aos Crismandos. Nesse dia, o Papa ministrará o Crisma a um pequeno grupo de jovens. E o dia 5 de maio será dedicado à celebração da fé na piedade popular.

Na festa de Corpus Christi, no domingo, 2 de junho, haverá a Solene Adoração Eucarística que acontecerá ao mesmo tempo em todo mundo.

O dia 16 de junho será dedicado a promoção da vida e defesa da dignidade humana desde o primeiro instante até seu fim natural.

No dia 7 de julho acontecerá uma celebração conclusiva da peregrinação de seminaristas, noviças e noviços, na Basílica de São Pedro.

A Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que acontecerá de 23 a 28 de julho, será “um alegre encontro para dizer a todos a importância da fé”.

O dia 29 de setembro será dedicado, em particular, aos Catequistas. O domingo 13 de outubro, por sua vez, será dedicado a Virgem Maria.

E no dia 24 de novembro, em fim, será celebrada a jornada conclusiva do Ano da Fé.

Eventos artísticos 

Neste Ano da Fé ainda não faltarão eventos artísticos, os principais serão uma Mostra de Arte e um Concerto, o primeiro acontece no Castelo de Santo Ângelo, de 7 de fevereiro a 1º de maio, e o último será na Praça São Pedro, no dia 22 de junho.

Compartilhar

A traição contra o sucessor de Pedro. Entrevista com Peter Seewald.

Imprimir PDF

 

A agência de notícias católica alemã Kath.net publicou uma longa entrevista de análise sobre o caso Vatilieaks com Peter Seewald (foto), autor do livro-entrevista com o Papa Bento XVI Luz do Mundo.

Publicamos aqui a versão italiana dessa entrevista, publicada no sítio Korazym, 13-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto

Quem e o que estão por trás das “revelações” em torno ao Vatileaks?

A traição não é algo bom, embora seja muito humana. O fato de ela não se deter nem mesmo perante a Igreja já foi demonstrado pelo exemplo dos apóstolos. Só os resultados das investigações poderão lançar luz sobre o pano de fundo do episódio vaticano, que tem todas as características de uma parábola. Todo o resto é especulação.

Com base nas informações de que eu disponho, uma coisa é certa: ou seja, que o Vatileaks implica uma ação preparada em detalhe, conduzida de forma sistemática e coberta com profissionalismo. E tudo isso não para chamar a atenção para algumas irregularidades, mas sim com o objetivo de danificar fortemente o governo de Bento XVI.

Por que o secretário pessoal Gänswein foi envolvido?

O fato de que a pessoa mais próxima do papa deve ser desacreditada não é um ponto contra ele, mas sim a seu favor. É impossível servir de escudo e não ser atingido por algumas flechas no confronto. Além disso, alguém que, como Georg Gänswein, desmascara também o traidor se torna com mais razão um alvo a ser atingido.

Como funciona o aparato midiático?

O Vatileaks não é culpa dos meios de comunicação, mas alguns deles, com especulações, distorções ou propaganda absurdas, inflaram o caso desmedidamente. Os boatos de alguns alardeadores substituem uma pesquisa dispendiosa, seguir a maioria toma o lugar da reflexão pessoal. E, especialmente, quando a Igreja acaba na mira, o jornalismo baixo não tem outro objetivo a não ser fomentar a indignação.

Por que coisas já conhecidas há muito tempo são utilizadas para preparar uma nova mistura?

Primeiro, porque as “revelações” dizem muito pouco.

Segundo, porque os oportunistas do escândalo exploram a questão para conduzir uma guerra ideológica. Como em um videogame de trama muito simples, nas nuvens, veem-se resmungos e cochichos sobre “segredos do Estado da Igreja”, de “poderes obscuros” com os seus “manejos duvidosos”, que agora geram dúvidas sobre “a liderança da sua Igreja mesmo entre os cristãos devotos”.

A edição mais recente da revista Stern ensina até como não contribuir com “a história das revelações” com nenhuma nova investigação. Por que deveria? A receita foi testada: copiar, acrescentar um pouco de tempero e servir novamente –voilà, está pronto. O editor-chefe chega até a demonstrar que o papa está cansado do seu ministério. De fato, defende ele, Bento XVI já teria falado do “paraíso”.

A importância das “revelações” é superestimada?

Definitivamente sim. Muitos observadores esperavam algo completamente diferente e agora descobrem que os documentos até agora publicados servem para aliviar, e não para dar mais peso ao caso vaticano.

A correspondente da SZ Andrea Bachstein observou, com agradável serenidade: “Os fatos, na maior parte, já eram conhecidos”. O que alguns tenderiam a interpretar como uma “interferência explosiva”, de fato, poderia ser considerado como “bastante normal”. O próprio “informante”, Gianluigi Nuzzi, admitiu que o que os documentos publicados no seu livro Sua Santità têm de especial é simplesmente que “temos aqui documentos inéditos de um papa que ainda está no cargo”.

O caso Vatileaks também não serviria para mostrar ao papa situações que não funcionam?

Essa consideração implica que Bento XVI está isolado e mal informados. Mas já como cardeal, Joseph Ratzinger demonstrou estar não só à altura dos tempos do ponto de vista intelectual, mas também sempre bem informado. A verdade é que as intrigas e as maquinações o repugnam. É o próprio papa que diz que o maior perigo para a Igreja vem da própria Igreja.

O papa não é mais capaz de agir?

Pelo menos é isso que se quer mostrar. São postas em discussão a soberania do papa e a sua liderança da Igreja. O objetivo é o de influenciar a gestão do governo e de conseguir agir através da chantagem, atingindo até os colaboradores do papa. Precisamente por isso é que se chega a desacreditar pessoas mal vistas, como o secretário do papa.

Bento XVI é um papa fraco?


“Quando sou fraco, então é que sou forte”, disse São Paulo. Desse ponto de vista, esse papa é, de fato, um papa fraco. Mas entende isso apenas quem aprendeu a pensar com a inteligência da fé, segundo o ensinamento de Cristo. O poder não é capaz de modificar o mundo para melhor. E não é só a mera administração que pode manter ou mesmo salvar a Igreja. Na sua inabalável confiança na força do Espírito, portanto, o papa também pode escrever certo por linhas tortas e, como Jesus, seguir em frente com colaboradores que, em certo sentido, começaram a viagem pela metade.

Então, Bento XVI é um papa forte?

Fisicamente, Bento XVI não é um gigante, mas é bastante forte para esmagar os pés de alguém. O resultado é conhecido. Desde sempre ele considera como suspeitos os pastores que deixam tudo correr pelo amor ao quieto viver. Esse papa, como nenhum outro, enfrentou situações de irregularidade em seus próprios quadros e agiu em consequência. A renovação interior que ele impôs implica sobretudo um processo mental, mas não para perante o aparato. Alguns ficaram tão impressionados com o mero uso da palavra “desmundanização”, o convite a se afastar do poder e da institucionalização, a fim de ser novamente libertados para aquilo que é próprio da fé, que preferem anular a palavra, interpretando-a ao invés de utilizá-la.

O papa sofre com essa história?

Sofre sobretudo com aquelas pessoas muito próximas a ele que agora estão ardendo no inferno da sua própria consciência. Quem levanta poeira como ele, quem se sente incômodo e continua sendo destemido, quem mantém a tradição e pode citar boas razões para fazê-lo, também sabe que isso provoca poderosas forças contrárias e que deve suportar alguns sofrimentos.

Os problemas não podem simplesmente ser removidos?

Pode parecer paradoxal, mas o mal também contém alguma coisa de bom. Ele nos leva a fazer perguntas fundamentais: o que é a mentira, o que é a verdade? O que é certo e o que é errado? E por fim: quem é a favor e quem é contra aquela figura-chave, investida para que, como diz o Evangelho, os poderes do inferno não prevaleçam sobre a Igreja de Cristo? As tentações do mundo são grandes, e só pode ser forte quem tem uma fé forte. Mas é possível se opor a elas, se se estiver apoiado por uma sólida convicção. A prioridade desse pontificado é de transmitir os instrumentos para fazer isso, através de um ensino convincente e do exemplo pessoal.

O Vatileaks representa um ponto de virada?

É importante que a questão seja esclarecida com atenção, que os resultados das investigações sejam transparentes, que se reconquiste a confiança através da abertura e de uma ação coerente. Da traição contra o Santo Padre, pode brotar um novo início e uma onda de solidariedade. Não em todos, mas sim em muitos. Ao mesmo tempo, é preciso lembrar que o modelo do servo infiel e desobediente, que agora, através da pessoa do mordomo, aparece como em um drama escolar sobre o palco, não existe só no Vaticano.

O que é realmente importante nessa história não é tanto a revelação de algum “mistério”, como a traição contra um dos mistérios por excelência, isto é, o carisma do sucessor de Pedro. É assim que o Vatileaks é visto em toda parte, ou ao menos em toda parte em que as advertências e as indicações de Pedro são candidamente lançadas ao vento, onde se dorme como as virgens da parábola de Jesus, quando, ao contrário, se deveria ficar acordado.

O que o Vatileaks implica para o futuro?

O fim da época moderna é caracterizada por um clima de confusão e de incerteza. A questão é: quais são as verdadeiras causas da crise? Pode funcionar uma sociedade em que o homem basta a si mesmo, em que ele é o seu único critério de comparação? O que eu quero? Em que eu acredito? O que eu defendo?

Em um confronto que se torna cada vez mais agressivo, chocam-se, de um lado, uma cultura neopagã, de outro, uma cultura baseada na tradição judaico-cristã. Talvez, deveríamos até dizer um mundo religioso e um mundo não religioso. Especialmente a Igreja Católica, por causa da sua fidelidade à tradição, deve se preparar para um tempo de duros confrontos. Se os bispos não reagirem finalmente a esse imenso desafio, o declínio da religião cristã, que contribui para formar a base das sociedades civis ocidentais, continuará se acelerando dramaticamente.

A Igreja ainda pode ser salva?

Não se trata de desaparecer, mas sim do fato de que o mundo que conhecemos até agora, o nosso modo de pensar, de acreditar e de viver é julgado por falta de atenção, por uma má gestão da natureza, do dinheiro, das pessoas, de si mesmo, enfim, pelo fato de ter se afastado das evidências originais da criação. Porém, da decadência do velho, já surge o novo. Os ramos murchos se quebram e torna-se visível o verde novo. A tarefa daquele que, provavelmente, será o último papa entre a nova e a velha era é o revigoramento da fé a partir das forças das suas origens. E talvez em breve também se poderá dizer que, depois de séculos de falsos inícios, a fé da Igreja Católica está novamente tão perto de Cristo como não esteve nem nas origens.

Compartilhar

Confundindo técnica e ética: fecundação “tri-parental” aprovada na Grã-Bretanha.

Imprimir PDF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Blogueiro Jorge Ferraz

Eu li no Meio Bit o Cardoso explicando uma nova técnica (dita “terapêutica”) para “corrigir” defeitos mitocondriais e possibilitar que mães portadoras de certas doenças genéticas possam ter filhos saudáveis. À parte a retórica anti-clerical do articulista (que, neste texto, encontra-se particularmente furibunda), o que interessa é o seguinte: existem algumas doenças causadas por defeitos nas mitocôndrias. Como as mitocôndrias vêm somente da mãe (já estão presentes no óvulo), uma mulher com mitocôndrias doentes irá necessariamente passá-las para seus filhos. Dependendo de alguns fatores que não são mencionados no texto, a doença pode não se manifestar, mas mesmo assim a pessoa terá um DNA mitocondrial defeituoso (e, se for uma mulher, vai repassá-lo para os seus filhos, etc.). E estas doenças mitocondriais podem ser bem graves, de modo que é natural que se queira encontrar uma forma de evitá-las.

A nova técnica é simples : como as mitocôndrias não ficam no núcleo do óvulo (e sim no citoplasma), basta pegar dois óvulos (de mulheres distintas), tirar os dois núcleos e enxertar o do óvulo da mulher que tem mitocôndrias defeituosas no outro (da mulher que tem mitocôndrias sãs). O resultado é um óvulo “híbrido”, com o núcleo de uma mulher (que é a parte que contém a carga genética) e o resto (citoplasma e membrana) da outra mulher. A partir daqui, segue-se um procedimento normal de fertilização in vitro, e a criança nascida assim irá herdar a carga genética de sua mãe, mas não o seu DNA mitocondrial. O procedimento foi recentemente aprovado por um comitê ético britânico.

Bom… o que dizer? Foi feita, no texto, uma crítica à (inevitável…) comparação da técnica com a história do monstro do Dr. Frankenstein. E a comparação é bastante pertinente, porque no fundo a idéia de “montar” um corpo a partir de partes dos corpos de outras pessoas está presente em um caso e em outro: a diferença é somente a escala. É claro que o procedimento é imoral. Mas, ao contrário do que possa parecer, a imoralidade está na fertilização in vitro, já incontáveis vezes condenada e cujos (incontáveis) problemas já deram abundantes provas de sua existência. O problema evidentemente não está em querer mitocôndrias saudáveis; o problema está na idéia de se produzir seres humanos em laboratórios. Não me espanta nada que esta “fecundação com três pais” tenha sido aprovada, uma vez que – como disse o Cardoso e, infelizmente, é verdade – «[h]oje qualquer clínica de subúrbio faz bebês de proveta, e ninguém em sã consciência consideraria essas crianças algo fora do normal».

O problema, repetimos, não está no fim almejado. O fim é sem dúvidas bom. Se fosse possível dar à mãe uma pílula que agisse nos seus ovários e alterasse as mitocôndrias lá presentes (tornando-as sadias), isto certamente não seria imoral. Não vale a pena entrar neste casuísmo de curar (ou melhor, de prevenir) doenças genéticas levantado pela matéria, porque a resposta é bastante óbvia: se se está empregando um meio intrinsecamente mau (como a fecundação in vitro), elencar os benefícios trazidos pela técnica não faz nenhuma diferença. É errado criar bebês (ditos) de proveta independentemente do quão “bom” seja o bebê resultante do procedimento, e isto porque errada é a fertilização in vitro considerada em si mesma, e não dependendo da proficiência técnica que se adquira em executá-la.

No fundo, trata-se da velha e evidente diferença (totalmente imperceptível para os “cientólatras” deslumbrados com o progresso científico) entre a capacidade técnica e a permissão ética: poder fazer algo [= conseguir] não significa que se possa fazê-lo[= ser lícito]. Os que foram ofuscados pelo recente progresso técnico perdem-se completamente na semelhança entre as palavras e simplesmente não enxergam a polissemia aqui presente. A questão não é somente se existe tecnologia para tanto ou se os resultados obtidos são “seguros”: a questão envolve os meios que são empregados.

Era bastante óbvio que as coisas chegariam a este ponto. A Igreja já o dissera:

As técnicas de fecundação in vitro podem abrir possibilidade a outras formas de manipulação biológica ou genética dos embriões humanos, tais como as tentativas ou projetos de fecundação entre gametas humanos e animais e de gestação de embriões humanos em úteros de animais bem como a hipótese ou projeto de construção de úteros artificiais para o embrião humano.”

Este texto foi escrito vinte e cinco anos atrás. Eu nem vou insistir no seu caráter profético: vou me ater ao fato de que era óbvio. Uma vez que a vida deixa de ser um dom sublime para ser um produto de uma manipulação técnica, como esperar que ela continue detendo o respeito absoluto do qual é digna?Como esperar, aliás, que ela tenha qualquer respeito? É infelizmente próprio do ser humano desrespeitar o que lhe é inferior e não zelar pelo que ele pode substituir. Quando os seres humanos passaram a ser produtos de laboratório, estavam abertas as portas para os maiores abusos e arbitrariedades. Só não viu quem não quis. E é triste constatar que até hoje perdurem os que não querem ver. A vida humana vai sendo cada vez mais coisificada e, no entanto, eles saúdam cada passo desta triste marcha tecendo-lhe rebuscadas loas! A meus ouvidos, soam como trombetas de um Apocalipse auto-produzido, de um fim do mundo principiado por iniciativa humana. Nestes tempos de Rio+20 convém deixar claro: as catástrofes globais antropogênicas realmente sérias não são as ecológicas, e sim as morais. Nestas, sim, é inegável a ação humana deletéria. Com estas, sim, é urgente nos preocuparmos. Estas, sim, são uma evidente ameaça concreta à humanidade e portanto devem ser combatidas com afinco.

Compartilhar

Proposta do Novo Código Penal pode descriminalizar aborto, desde que seja feito até 12º semana de gestação

Imprimir PDF

Fonte Agência Brasil

A comissão de juristas criada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), concluiu nesta segunda-feira, 18, os trabalhos de formulação de proposta para mudanças do Código Penal. Depois de sete meses de discussões, a comissão, formada por procuradores, juízes, defensores públicos e advogados e presidida pelo ministro Gilson Dipp, irá apresentar ao presidente do Senado, no próximo dia 27, um documento com aproximadamente 300 páginas.

Ao falar sobre o texto, o procurador Luiz Carlos Gonçalves, relator da comissão, disse que os juristas formularam um anteprojeto de código “polêmico”, mas que obedece ao rigor técnico. “Apresentaremos ao Senado um projeto modernizado de Código Penal, que não fugiu a nenhum tema espinhoso ou polêmico, e para cada um deles ofereceu uma solução no rigor da técnica que nós podemos apresentar”, declarou.

Como mudança mais importante, ele ressaltou as alterações na tipificação do crime de enriquecimento ilícito. Os juristas ampliaram as possibilidades para as autoridades apurarem e enquadrarem servidores públicos por crime de enriquecimento ilícito.

Com isso, na opinião do relator, será mais fácil identificar e punir crimes de corrupção. “Acho que é uma proposta extraordinária, que oferece à sociedade brasileira mais um caminho para atacar a corrupção”.

Polêmica

Entre as matérias que devem provocar mais discussões no Congresso, onde o anteprojeto do código ainda precisa tramitar e pode receber alterações, está o artigo que considera que, até a décima segunda semana de gestação, o aborto não é crime. Os juristas também ampliaram a possibilidade de delação premiada para todos os crimes. Atualmente, só há essa previsão em casos restritos, como o de sequestro.

“Trouxemos [a delação premiada] como regra geral do código, portanto aplicável a todos os crimes. Existem alguns requisitos, a devolução da coisa, a libertação da vítima incólume. Mas aí, trouxemos um mecanismo que existia lá na extorsão mediante sequestro, daí essa preocupação com a libertação da vítima, para que seja agora um critério geral do Código Penal”, explicou o relator.

O anteprojeto a ser apresentado ao Senado também estende ao Código Penal Militar as regras gerais do novo Código Penal. Essa, no entanto, deve ser a única alteração nas regras para os servidores das Forças Armadas. “Os crimes militares, até em razão da complexidade do tema e de hoje ser o último dia para a apresentação, nós resolvemos não lidar com eles, embora reconheçamos a necessidade de uma atualização do Código Penal Militar”, disse.

Depois que o texto for apresentado ao Senado, ele começará a tramitar na Casa, onde poderá receber alterações. Em seguida, a matéria precisará seguir para a Câmara dos Deputados, onde já tramitam os projetos de reforma dos códigos Penal e Civil.

Compartilhar

Regional Leste 1 recebe a Corrida Bote Fé na Vida: rumo a JMJ RIO2013

Imprimir PDF

 

Para marcar o início da contagem regressiva da Jornada Mundial da Juventude (JMJRIO2013), uma corrida de rua e caminhada acontecerão, simultaneamente, em todas as Dioceses do Brasil, no dia 22 de julho. Além de dar a largada rumo à JMJ, o evento visa motivar as pessoas a viverem uma experiência de evangelização através do esporte.

De acordo com o planejamento feito pelas Dioceses, em cada cidade haverá duas opções de participação: corrida ou caminhada. As inscrições serão feitas na própria diocese.

Isso animou Maria Marta Madruga, de 54 anos e membro da Comunidade Luz do Mundo, a participar do evento:

— Nunca participei de um evento como este e, animada pela minha filha, vou me inscrever para participar da caminhada e animar minhas amigas para virem comigo.

Em todo o estado, os organizadores estipulam que cerca de 28 mil pessoas correrão ou caminharão por um percurso de 5 km, distância padronizada pelas Dioceses. Em relação às premiações, todos os participantes receberão uma medalha e, aos três primeiros colocados será dado um troféu.

Para caracterizar a unidade entre todas as cidades participantes, a largada será às 9h, simultaneamente. As inscrições serão gratuitas e poderão ser feitas entre os dias 30 de junho e 20 de julho.

Compartilhar

Leia mais...

“Imissa”, o aplicativo android interativo para os “ciberfiéis”.

Imprimir PDF

 

Vatican Insider

Há os ícones estilizados que ajudam o fiel a saber quando deve se levantar ou quando deve se sentar. Ou, por que não, a missa em 3D. E ainda: as seleções das orações ou a explicação dos sacramentos. Esses são apenas alguns exemplos da iMissa, o aplicativo móvel que permite que você siga a celebração eucarística em seu smartphone ouiPad.

O objetivo do aplicativo é justamente o de chegar aos fiéis em todas as partes do mundo e entregar em suas mãos um instrumento para a compreensão e o aprofundamento do rito da Santa Missa
. Essa ideia é o desafio lançado pelo padre José Pedro Manglano Castellary e da sua associação Showing Christianism, que a criatividade de uma empresa como a Neos Spa tornou possível e por fim realizou. O texto, redigido pelo Pe. Manglano, foi desenvolvido para os dispositivos móveis graças à plataforma aplicativa dinâmica mobc3.

O aplicativo iMissa ilustra e permite aprofundar cada momento da missa. É possível, de modo simples e intuitivo, consultar leituras, salmos e passagens do Evangelho em tempo real, diretamente do iPhone ou do iPad, e, em pouco tempo, de um dispositivo Android.

Da home, acessa-se diretamente o Evangelho, Leituras, Salmos, Comentários e Santo de todos os dias. São diversos os percursos sugeridos. A seção Missa do Dia oferece a liturgia celebrada em sua totalidade, sem interrupções.

Na seção Missa, um passo de cada vez, ao contrário, a liturgia é explicada em cada um de seus momentos: dos ritos iniciais até à conclusão.

Na seção Preparação, acessa-se a uma série de aprofundamentos que ajudam a se aproximar do sentido profundo da liturgia, incluindo a Missa em 3D: um guia ilustrado para facilitar a compreensão da missa.

Em Agradecer, estão reunidas diversas orações, como, por exemplo, as do Papa Bento XVI. Em Outros Sacramentos, um aprofundamento do sentido dos diversos sacramentos e também uma rica seleção de orações: do Pai Nosso à Ave Maria, passando pela Via Sacra à recitação do Rosário.

Não faltam os ícones estilizados, que ajudam o usuário a entender o rito através das imagens, por exemplo, mantendo o comportamento exigido em um momento particular da liturgia (de pé, sentado etc.).

O iMissa está disponível em nada menos do que cinco línguas diferentes, incluindo o latim (a língua oficial da Santa Sé).

Compartilhar
Back to top

Copyright © Comunidade Sião 2024

Template by Joomla Templates & Szablony Joomla.