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Despedida do papa poderá bater recorde mundial de aplausos. Entenda.

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Segundo o Livro Guiness dos Recordes, o aplauso mais longo já registrado ocorreu dia 7 de dezembro de 2002 numa apresentação da banda alemã Grabowsky.

Os músicos foram aplaudidos continuamente durante uma hora e meia numa apresentação no Clube Altes-Brauhaus em Frankenthal, Alemanha. Após a longa homenagem, voltaram ao palco e executaram mais duas músicas.

Agora, um grupo de jovens católicos da Espanha quer bater esse recorde na despedida do papa Bento 16. Eles acreditam que é uma maneira de “agradecer e mostrar profunda gratidão pelo pontífice ter se doado integralmente no serviço da Igreja”. Através das redes sociais e do blog elaplausomaslargo.blogspot.com.br eles criaram uma espécie de flash mob virtual.

Os interessados em participar são convidados a usar uma câmera digital, pode ser a do telefone celular, e gravar seus aplausos. Depois, basta enviar a gravação para o Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . As imagens serão compiladas e postadas em um único vídeo enviado para o papa através de sua conta no Twitter dia 28 de fevereiro.

O grupo de jovens diz que espera gravações vindas do mundo inteiro de pessoas católicas e não católicas, que reconhecem a importância do papa.

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Religiosa descreve simplicidade do mosteiro em que o Papa Bento habitará.

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ACI

Uma das freiras que viveram no mosteiro onde o Papa vai passar a residir diz que sua escolha mostra a sua “grande simplicidade”, porque “não é um obra de arte ou nada comparável a outros edifícios do Vaticano”.


“Sua decisão de retirar-se foi uma surpresa para mim, mas ele é muito corajoso, embora frágil e idoso”, disse uma freira da Ordem da Visitação de Santa Maria ao grupo ACI, que pediu anonimato pela da sua vida de clausura.

“Mas esta decisão é a prova de que ele tem uma mente muito lúcida”, afirmou ela, acrescentando que “o nosso amor próprio não nos permite ver as nossas próprias limitações, ao contrário do que o Papa Bento XVI fez.”

“Se eu o amava antes”, declarou ela, “agora eu o amo ainda mais.”

As irmãs levam uma vida simples, sem pessoal de serviço. Elas passam o tempo rezando e, para seu aniversário de 400 anos de fundação, fizeram vestes litúrgicas para que o Papa Bento doasse para as igrejas mais pobres.

“Uma semana antes de sairmos ele nos perguntou: ‘o que o Papa faria sem vocês’ e nos pediu para continuar orando por ele”, disse a freira.

“A decisão nos fez chorar, mas ele tem sido muito corajoso”, acrescentou.

O mosteiro, chamado Mater Ecclesiae, tem uma área de cerca de 400 metros quadrados e situa-se ao oeste da Basílica de São Pedro.

Ele contém uma capela, uma sala de coro, uma biblioteca, uma porão, um terraço e uma sala de visitas que foi adicionada em 1993.

Quando o Papa Bento XVI anunciou no dia 11 de fevereiro que iria deixar o papado e viver no convento, a especulação começou a circular sobre quando ele tomou sua decisão, uma vez que renovações no edifício começaram em novembro de 2012.

De acordo com a freira espanhola, que atualmente reside em um convento em Madri, o prédio não foi reformado em 18 anos e precisava de reparos menores.

“Tivemos umidade no porão e as janelas precisavam ser mudadas, e no terraço precisava de uma reforma e pintura por causa da neve do ano passado”, explicou ela.

“Mas o prédio é muito pequeno, por isso eles tiveram que esperar que nós o deixássemos para começar a trabalhar nele.”

Refletindo sobre sua experiência de vida no convento do Vaticano, a freira da Visitação disse que ela e suas irmãs religiosas sentiam que “estavam no coração da Igreja”.

“Foi uma experiência que é muito difícil de colocar em palavras”, afirmou.

Sua missão era rezar pelo Papa, pelas suas viagens, e acompanhá-lo em oração diariamente.

A freira espanhola lembrou que o Papa Bento XVI, muitas vezes agradeceu-lhes por suas orações e cuidava regularmente de informar-se pelo seu bem-estar.

Ele queria originalmente freiras francesas para viver no mosteiro, explicou ela, mas devido ao pequeno número de vocações na França, ele decidiu que seria melhor buscá-las na Espanha.

O mosteiro foi fundado em 1994 pelo beato João Paulo II como um lugar dedicado exclusivamente à oração pelo Papa, pelo seu ministério e pelos cardeais.

A ordem da Visitação de Santa Maria foi escolhida entre muitos outros grupos religiosos para viver no mosteiro desde o dia 7 de outubro de 2009 até 7 de outubro de 2012.

Sua estadia foi estendida por 15 dias e elas deixaram o mosteiro em 22 de outubro, logo após a festa do Beato Papa João Paulo II.

As sete irmãs habitavam em conventos da Espanha, sendo uma de nacionalidade colombiana e outra de Guiné Equatorial.


 
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Divulgado “projeto” de origem Protestante que deve (ria) deixar cada católico AINDA MAIS, evangelizador.

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Em síntese:

O CELAM entregou a certo público um documento elaborado pelos protestantes, que refere as estratégias missionárias concebidas para tornar o mundo inteiro protestante. Trata-se do projeto AMANHECER, estruturado de maneira muito sagaz e inteligente para animar a ação proselitista de denominações e seitas protestantes, preocupadas com seu crescimento numérico e um tanto relativistas quanto ao Credo. Desse projeto destacamos, nas páginas seguintes, os traços principais, muito reveladores do afinco que anima as estratégias evangelísticas.

 

Tal documento há de avivar nos fiéis católicos o estrito dever missionário que lhes incumbe a partir das palavras do Senhor Jesus: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 19s). Cristo fundou uma única Igreja confiada a Pedro, dotando-a desse ímpeto missionário, que decorre da consciência de que o Evangelho é a Boa-Nova destinada a todos os homens e, por isto, não pode ser guardado indolentemente nem relativizado (como se todos os Credos fossem iguais) nem confundido com promoção econômica e social dos mais carentes. O Evangelho é a Boa-Nova religiosa que tem vigor único para estruturar o ser humano no plano espiritual e, consequentemente, também no material.

O CELAM (Conferência Episcopal Latino-americana), mediante o seu Departamento de Ecumenismo e Diálogo Religioso, deu a conhecer um documento de 48 páginas, protestante, escrito em castelhano, com o título AMAÑECER (Amanhecer) e o subtítulo “Estratégias evangelicas para la toma misionera del mundo y de America Latina” (Estratégias Evangélicas para a Tomada Missionária do Mundo e da América Latina).

Trata-se de normas destinadas a difundir o protestantismo no mundo inteiro e, especialmente, nos países latino-americanos. O documento é um tanto sigiloso, como se depreende da Apresentação do mesmo redigida pelo CELAM e publicada logo a seguir em tradução portuguesa. Desse documento destacaremos posteriormente os traços principais.

1. Apresentação de AMANHECER

Eis a página introdutória a cargo do CELAM:

“As Táticas da Missiologia Proselitista

Com a devida prudência, colocamos em suas mãos um documento excepcional, que explica muitas das nossas preocupações a respeito da proliferação das “Seitas” (neste caso, “Seitas” de índole nitidamente evangélica).
Trata-se de um documento singelo, mas que pretende reunir toda a fundamentação bíblica, a eclesiologia, os objetivos, os métodos e as estratégias para a “tomada evangélica” do mundo inteiro.
Chegou às nossas mãos de maneira confidencial. Reconstituímos o texto a partir de fotocópias muito deterioradas.
Respeitamos o estilo, a redação, a pontuação e a ortografia. Animamo-nos a publicá-lo por várias razões:

1) É necessário que nos preocupemos, tomando consciência do impulso missionário – para não dizer proselitista¹ – das seitas cristãs, impulso voltado não somente para a América Latina, mas também para o mundo. A leitura e o estudo deste documento devem fazer sentir a nós, como católicos, o chamado para redescobrirmos o fervor missionário daqueles que semearam a fé entre nós. Como diz o Santo Padre, é necessário promover uma nova evangelização e – por que não o dizer? – uma renovação pastoral.

2) O documento oferece uma explicação complementar da proliferação de seitas. Muitas vezes nos detemos na hipótese de que esta avalanche de “igrejas” é fruto de política estrangeira. O documento nos mostra o porquê, o objetivo e o como do impulso missionário das seitas cristãs. É necessário também que tomemos consciência da existência de uma estratégia evangélica bem arquitetada para a tomada missionária da América Latina, país por país. Essa estratégia combina elementos diversos inspirados por um fervor cego para a implantação de igrejas: motivações bíblicas e teológicas, testemunhos populares, metodologia de planejamento e avaliação.

3) O documento nos leva também a descobrir o tipo de ecumenismo que está ocorrendo entre as comunidades evangélicas não históricas;¹ julgam que se podem unir a outras comunidades desde que não suscitem problemas, não levantem questões, não alimentem o senso crítico em relação às verdades professadas por cada denominação cristã. O que importa unicamente, é crescer em número de fiéis e templos.

É para desejar que cada um de nós tire as consequências de tal leitura.
Atenciosamente,

Secção de Ecumenismo e Diálogo Religioso de “CELAM”

***

Em vista de crescer numericamente, sem dar relevo primordial ao Credo de cada denominação cristã, cremos que o projeto AMANHECER não foi elaborado por determinada denominação protestante (luterana, calvinista, batista…), mas se deve a algum movimento de Evangelização protestante e difusão da Bíblia, desligado de qualquer comunidade eclesial. Aliás a p. 4 do documento em pauta, abordando observações preliminares, nos diz que tal texto foi publicado por Dawn Ministries, Jim Montgomery, Presidente, com sede na Califórnia. Jim Montgomery é o gerente-editor de GLOBAL CHURCH GROTH BULLETIN, e diretor de análise e estratégia da missão OVERSEAS CRUSADES; foi o responsável por uma profunda investigação de crescimento da Igreja efetuado na Guatemala.

Vejamos agora.

2. Alguns traços de AMANHECER

2.1. Que é AMANHECER?
Utilizando palavras do próprio documento, dizemos:

“AMANHECER é uma estratégia de serviço executado na base do mandamento de Nosso Senhor Jesus Cristo de fazer todas as nações discípulas (cf. Mt 28, 19). É o desenvolvimento de uma estratégia adequada com a finalidade de mobilizar o Corpo de Cristo para fazer todas as nações discípulas.

Segundo o Dr. Pedro Wagner, é o melhor e mais eficiente sistema para conseguir o crescimento das Igrejas em escala internacional…

AMANHECER aspira a mobilizar o Corpo de Cristo em todos os países… para cumprir a grande tarefa, tendo por meta levantar uma congregação evangélica em cada vila e em cada povoado, de todas as classes, categorias e condições sociais em cada país por inteiro.

A maior preocupação de AMANHECER é ver encarnado o Senhor Jesus em toda a sua beleza, compaixão, poder e mensagem em cada grupo de pessoas – entre 500 e 1.000 – ou, a mais longo prazo, em cada país.

Portanto, a máxima aspiração de AMANHECER é ver em cada Igreja refletir-se o Senhor Jesus Cristo e ver essas igrejas multiplicadas de tal modo que não fique ninguém em país algum fora do alcance prático e cultural do Cristo vivo.

Se houver uma congregação dando testemunho em cada pequena comunidade, será possível comunicar o Evangelho, de maneira direta e fecunda, a cada habitante da terra. Cada pessoa em cada país terá então a melhor oportunidade de poder ver o Evangelho vivido e apregoado em seu ambiente por pessoas que falam a sua respectiva língua. Assim cada indivíduo terá uma excelente oportunidade de tomar uma decisão inteligente, favorável ou contrária ao Senhor Jesus Cristo; cada qual terá uma igreja à qual poderá comparecer e, no futuro, quando se tiver convertido, poderá ser instruído e feito discípulo” (p. 7).

Eis algumas realizações concretas desse plano:

“Em 1966, Hugh Linton e seus colegas na Coréia fizeram um meticuloso exame de sua área e traçaram um plano de sete anos para implantar uma congregação em cada vila de mais de cem casas, distantes 4 km da igreja evangélica mais próxima”.

Em 1974, cerca de 75 igrejas e líderes missionários nas Filipinas comprometeram-se a trabalhar de modo a conseguir construir uma igreja em cada bairro de todo o país para o ano 2000. Isto significaria um crescimento do número de 4.000 igrejas para 50.000 igrejas nos próximos 25 anos. Quando trazemos líderes se reuniram num Congresso em fevereiro de 1985, referiram que a fé tinha dobrado o número de seus templos fundados na década anterior e que a meta final era atingir 50.000 no ano de 2000.

Tendo ouvido narrar tal experiência, cerca de 350 líderes da Guatemala tomaram por meta a conversão de 50% da população de seu país para o evangelismo até o ano de 1990, ou seja, num período de seis anos.

Em abril de 1985 algumas centenas de líderes se reuniram num Congresso sobre o Evangelismo no Zaire e tomaram por objetivo fundar ao menos uma igreja em cada vila de 10.000 habitantes no país, num período de cinco anos. Também fizeram o propósito de construir 5.000 igrejas a mais na cidade de Kinshasa.

Na Indonésia existe um programa muito bem planejado dito: “Um, um, um” – o que quer dizer: uma igreja em cada vila de cada geração. O plano está sendo executado segundo táticas muito proveitosas de modo a atingir sua meta em 2015. Isto implicará a fundação de milhares de templos por meio de homens e mulheres treinados em centenas de Seminários durante dois anos para ser espalhados por toda a terra.

Líderes em países tais como o Japão, a Índia, El Salvador, Colômbia, Gana, Nova Zelândia, Zimbawe e muitas outras nações comprometeram-se a desenvolver semelhantes programas ou já estão seriamente comprometidos com isto…

Conforme vários dirigentes de Missiologia, a maneira mais direta de completar a Grande Tarefa é encher a terra, as áreas rurais, as regiões e os povoados de congregações evangélicas.

Ao mesmo tempo, um número crescente de missionários estrategistas que estão trabalhando nos diversos setores do mundo, vêm desenvolvendo e levando a termo programas tendentes à mesma meta.

Parece existir o potencial para desenvolver o projeto AMANHECER num movimento de alcance mundial… Pode ser que Deus esteja fomentando tal movimento para apressar a sua segunda vinda. Esta vai sendo preparada pela evangelização mundial” (pp. 8s).

2.2. Financiamento de AMANHECER

Eis o que se lê às pp. 37s do fascículo:

“O modelo AMANHECER é relativamente econômico e de financiamento simples.
Financiar o evangelismo e a função de templos não é o problema para o projeto AMANHECER, porque estas atividades são sustentadas pelas Igrejas e as próprias denominações cristãs.

Uma vez que são motivadas pelas atividades de AMANHECER, as comunidades podem por si mesmas financiar seus gastos para atingir as metas traçadas. Deve ser óbvio que os pastores e líderes de Igreja levantem fundos muito mais rapidamente para um projeto que ajudará o desenvolvimento de seu ministério do que para atividades cooperativas que não garantam o acréscimo de membros às suas congregações e o aumento de templos nas denominações cristãs.

(…)

Financiar um Congresso de acordo com a experiência prévia é muito mais fácil do que fazer uma grande reunião interdenominacional…

“A índole do projeto AMANHECER parece também apelar para as organizações para-eclesiásticas nacionais e internacionais que estejam em condições de ajudar o respectivo financiamento”.

2.3. Os Treze Passos para o Êxito

Às pp. 39-44 o documento em pauta expõe treze passos ou atitudes e medidas consideradas penhor de êxito para qualquer programa de expansão do Evangelismo.

Os líderes de cada programa devem também estar abertos para os problemas que surjam na execução de cada um dos treze passos aqui relacionados; procurem diagnosticá-los e resolvê-los, utilizando, se for o caso, novas oportunidades e tendências da respectiva comunidade.

A avaliação será feita em circunstâncias muito oportunas se se lhe dedicarem dois ou três dias por ano, em que os interessados se debruçarão conjuntamente sobre programas, estatísticas, relatórios, observações, etc.

Em cada final de ano, ao se avaliar o projeto de expansão em curso, devem-se traçar normas concretas para o ano seguinte na base de tal avaliação. O mesmo ocorra ao cabo de cada quinqüênio e de cada decênio de execução dos programas de expansão. Desta maneira o evangelismo passa a ser parte integrante e dinâmica da vida das comunidades, em vez de ser uma atividade esporádica ou rotineira.

Conclusão

O projeto AMANHECER, com suas estratégias, interpela vivamente os fiéis católicos, pois neles deve avivar o zelo missionário que Cristo incutiu a todos os seus discípulos desde que estejam em comunhão com Pedro e a sucessão apostólica.

Muito oportunamente diz o CELAM: “A leitura e o estudo do projeto evangelista deve fazer que nós, católicos, descubramos o fervor missionário daqueles que semearam a fé há quase quinhentos anos na América Latina. Como diz o S. Padre, trata-se de impulsionar uma nova evangelização” (ver p. 79 deste fascículo).

A nossa época não é pós-religiosa ou não é época que rechance os valores religiosos. Muito pelo contrário; o testemunho do protestantismo e das novas seitas nos transmite a certeza de que o homem contemporâneo é sôfrego de valores transcendentais, pois as promessas do cientificismo, do progresso material e da técnica têm falhado; deixam o cidadão de nossos dias frustrado, a braços com sérias crises, das quais a mais grave é a do sentido da vida. Saber por que e para quem alguém vive é necessidade premente e incontornável de todo ser humano; ora o materialismo não atende adequadamente a tais anseios, pois as suas promessas são mesquinhas de mais para o homem feito com abertura para o Infinito. Somente os valores religiosos podem preencher cabalmente as lacunas do ser humano. Daí a oportunidade que se oferece à Igreja Católica para pregar o Evangelho com a garantia dada por Cristo: “Estarei convosco até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).

É claro que a pregação da Boa-Nova e os métodos missionários hão de assumir as formas mais apropriadas para falar ao homem de hoje sem prejuízo para o seu conteúdo doutrinário e também sem cair no proselitismo constrangedor; hão de recorrer aos meios de comunicação modernos, que se tornaram habituais entre os homens, as cidades e os países de nossos tempos. Não pode haver timidez a tal propósito. Pregar o Evangelho com eficácia e eloqüência é não somente ato de obediência ao Senhor Jesus, mas também diz a antiga sabedoria grega (a caridade manda que transmitamos aos nossos irmãos todas as coisas boas, entre as quais sobressai a Boa-Nova de Cristo).

Possam, pois, os sinais dos tempos atuais ser apreendidos devidamente pelos fiéis católicos, que assim se deixarão renovar em seu zelo missionário, “a fim de que o mundo creia” (Jo 17,21)!
___________________________
¹ Proselitismo é a conquista de adeptos mediante promessas e benefícios temporais. Isto constrange o próximo indignamente – (Nota do Tradutor).
¹ Não históricas significa recentes ou contemporâneas. Alusão às denominações protestantes que se veem multiplicando nos últimos tempos (Nota do Tradutor).

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
Dom Estevão Bettencourt, osb.
Nº 333 – Ano 1990 – Pág. 78

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A renúncia do Papa, a imprensa secular – quase sempre “PRE conceituosa” – e as “profecias”.

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Que a mídia secular não é o melhor meio para se informar a respeito da Igreja Católica, isso não é novidade. Basta fazer uma rápida leitura nas manchetes dos principais jornais do país a respeito da renúncia do Papa Bento XVI para se ter a certeza de que o amadorismo reina nessas aclamadas agências de notícias.

No entanto, acreditar na simples inocência desses senhores e cobri-los com um véu de caridade por seus comentários maldosos e, muitas vezes, insultuosos não seria honesto. É necessário compreender muito bem que muitos desses veículos estão ardorosamente comprometidos com a desinformação e com os princípios contrários à reta moral defendida pela Igreja. Daí a quantidade de sandices que surgiram na mídia nos últimos dias.

Logo após o anúncio da decisão do Santo Padre, publicou-se na imprensa do mundo todo que a ação de Bento XVI causaria uma “revolução” sem precedentes na doutrina da Igreja. Uma atrapalhada correspondente de uma emissora brasileira afirmou que a renúncia do papa abriria caminho para as “reformas” do Concílio Vaticano II e que isso daria mais poderes aos bispos. Já outros declaravam que os recentes fatos colocavam em xeque o dogma da “Infalibilidade Papal”, proclamado pelo Concílio Vaticano I. Nada mais fantasioso.

É verdade que uma renúncia tal qual a de Bento XVI nunca houve na história da Igreja. A última resignação de um papa aconteceu ainda na Idade Média e em circunstâncias bem diversas. Todavia, isso não significa que o Papa Ratzinger tenha modificado ou inventado qualquer novo dogma ou lei eclesiástica. O direito à renúncia do ministério petrino já estava previsto no Código do Direito Canônico, promulgado pelo Beato João Paulo II em 1983. Portanto, de modo livre e consciente – como explicou no seu discurso – Bento XVI apenas fez uso de um direito que a lei canônica lhe dava e nada nos autoriza a pensar que fora diferente. Usar desse pretexto para fazer afirmações tacanhas sobre dogmas e reformas na Igreja é simplesmente ridículo. Quem faz esses comentários carece de profundos conhecimentos sobre a doutrina católica, sobretudo a expressa no Concílio Vaticano II.

Outros comentaristas foram mais longe nas especulações e atestaram que a renúncia do Papa devia-se às pressões internas que ele sofria por seu perfil tradicionalista e conservador. Além disso, as crises pelos escândalos de pedofilia e vazamentos de documentos internos também teriam pesado na decisão. Não obstante, quem conhece o pensamento de Bento XVI sabe que ele jamais tomaria essa decisão se estivesse em meio a uma crise ou situação que exigisse uma particular solicitude pastoral. E isso ficou muito bem expresso na sua entrevista com o jornalista Peter Seewald – publicada no livro Luz do Mundo – na qual o Papa explica que em momentos de dificuldades, não é possível demitir-se e passar o problema para as mãos de outro.

Mas de todas as notícias veiculadas por esses jornais, certamente as mais esdrúxulas foram as que fizeram referência às antigas “profecias” apocalípiticas que prediziam o fim da Igreja Católica. Numa dessas reportagens, um notório jornal do Brasil dizia: “O anúncio da renúncia do papa Bento 16 fez relembrar a famosa “Profecia de São Malaquias”, que anuncia o fim da Igreja e do mundo”. É curioso notar o repentino surto de fé desses reconhecidos laicistas logo em teorias que proclamam o fim da Igreja. Isso tem muito a dizer a respeito deles e de suas intenções.

Por fim, também não faltaram os especialistas de plantão e teólogos liberais chamados pelas bancadas dos principais jornais do país para pedir a eleição de um papa “mais aberto”. Segundo esses doutos senhores, a Igreja deveria ceder em assuntos morais, permitindo o uso da camisinha, do aborto e casamento gay para conter o êxodo de fiéis para as seitas protestantes. A essas pretensões deve-se responder claramente: A Igreja jamais permitirá aquilo que vai contra a vontade de Deus e nenhum Papa tem o poder de modificar isso. A doutrina católica é imutável. Ademais, os fiéis jovens da Igreja têm se mostrado cada vez mais conservadores e avessos à moral liberal. Inovações liberais para atrair fiéis nunca deram certo e os bancos vazios da Igreja Anglicana são a maior prova disso.

O comportamento vil da mídia secular leva-nos a fazer sérios questionamentos sobre a credibilidade e idoneidade dos chefes de redações que compõem as mesas desses jornais. Das duas, uma: ou esses senhores carecem de formação adequada e por isso seus textos são recheados de ignorâncias e nonsenses, ou então, esses doutos jornalistas têm um sério compromisso com a desinformação e a manipulação dos fatos, algo que está diametralmente oposto ao Código de Ética do Jornalismo. Se fôssemos seguir a cartilha desses órgãos de imprensa, hoje seríamos obrigados a crer que Bento XVI liberou a camisinha, excomungou o boi e o jumento do presépio, acobertou padres pedófilos e mais uma série de disparates que uma simples leitura correta dos fatos seria o suficiente para derrubar a mentira.

Na sua mensagem para o Dia Mundial da Comunicação de 2008, o Papa Bento XVI alertou para os riscos de uma mídia que não está comprometida com a reta informação. “Constata-se, por exemplo, que em certos casos as mídias são utilizadas, não para um correcto serviço de informação, mas para «criar» os próprios acontecimentos”, denunciou o Santo Padre. Bento XVI assinalou que os meios de comunicação devem estar ordenados para a busca da verdade e a sua partilha. Pelo jeito, a imprensa secular ainda tem muito a aprender com o Santo Padre.

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O ‘Anel do Pescador”, usado pelo Papa, será destruído após 28 de fevereiro, afirma Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.

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O Anel do Pescador, usado pelo Papa – e que lembra o momento em que Jesus diz a Pedro que ele seria um pescador de almas e no qual está gravado o nome do Pontífice -, será destruído provavelmente após 28 de fevereiro, afirmou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi.

Quando um Pontífice morre, o anel papal é destruído, “porém, nesta ocasião – explica Pe. Lombardi -, a situação é diferente, é inédita, já que o papa segue vivo”. “Especialistas estão estudando a normativa”, acrescentou.

Padre Lombardi destacou, por outro lado, que “os objetos relacionados com o ministério petrino devem ser destruídos”.

Até agora, após a morte de um papa, o Cardeal Camerlengo, – que administra a Igreja durante o período de Sé Vacante – é o encarregado de verificar a morte do Pontífice e de retirar do dedo o “Anel do Pescador”, simbolizando a conclusão do reinado. O anel, como selo papal, é então imediatamente destruído, visando também, evitar eventuais falsificações de documentos pontifícios.


O Anel do Pescador, também conhecido como Anulus Piscatoris, é um símbolo oficial do Papa, o sucessor de Pedro, que era um pescador. O anel de ouro apresenta um baixo-relevo de Pedro pescando em um barco, símbolo que deriva da tradição que os apóstolos eram pescadores de homens.

Um novo anel é fundido com o ouro do último anel para cada Papa. Ao redor da imagem está escrito, em alto relevo, o nome do respectivo Papa em latim. Durante a missa de início solene de seu pontificado, o Decano do Colégio de Cardeais coloca o anel no quarto dedo da mão direita do novo Papa.

O primeiro registro do uso do Anel do Pescador remonta ao Papa Clemente IV, em 1265, quando o utilizou como um selo na carta para seu sobrinho Pedro Grossi. O Anel era pressionado no lacre de cera vermelha derretida em um envelope, para fechar toda a correspondência privada. Os documentos públicos, ao contrário, são selados pelo Brasão Papal. Esses documentos foram historicamente chamados de Bulas, carimbadas com chumbo.

A utilização do Anel do Pescador foi alterada durante o século XV, quando foi usada para selar documentos oficiais. Essa prática foi abolida em 1842, quando a cera para a impressão do anel foi substituída por um carimbo com tinta vermelha. (JE)

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Conheça o mosteiro que receberá Bento XVI, no Vaticano.

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Papa Bento XVI. O legado que deixará à Igreja é um tesouro incalculável, desde a sua teologia a sua humildade cristã.

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A Doutrina Católica ensina que o Papa é o “Servo dos Servos de Cristo”. Sob ele recai o múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja.

 

 

 

 


Nos primeiros séculos do cristianismo, mais precisamente no século III, a Igreja Católica sofreu grandes abalos, ora advindos das perseguições bárbaras e pagãs, ora dos próprios membros da Igreja, com suas heresias acerca da Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Crises como as do Gnosticismo e do Arianismo teriam destruído a Igreja, dada a proporção de seus seguidores, não fosse a providência divina e a assistência do Espírito Santo ter suscitado grandes santos para a defesa de nossa fé, dando cumprimento a promessa de Cristo de que “as portas do Inferno não prevalecerão”.

O ano de 451 foi marcado pelas grandes controvérsias cristológicas. Apartados da fé apostólica, inúmeros bispos passaram a acreditar na heresia monofisista. Essa heresia afirmava que Cristo possuía apenas a natureza divina. Contra isso, levantou-se o Papa São Leão Magno no seu famoso “Tomo a Flaviano”, no qual declarava a união hipostática de Cristo, ou seja, que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O discurso do Santo Padre foi aclamado pelos bispos conciliares, reunidos em Calcedônia, sob a célebre frase: “Pedro falou pela boca de Leão”.

A Doutrina Católica ensina que o Papa é o “Servo dos Servos de Cristo”. Sob ele recai o múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja. Por isso, o Santo Padre “é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos bispos, quer da multidão dos fiéis”. Como sucessor de São Pedro, o Sumo Pontífice tem o santo dever de confirmar a todos na fé (Luc. 22, 31-32). Esse carisma da unidade na fé e na caridade fez com que o escritor inglês G.K. Chesterton dissesse uma vez, parafraseando um antigo ditado: “Se o Papa não existisse, seria necessário inventá-lo”.

Assim, se os Bispos de Calcedônia diziam: “Pedro falou pela boca de Leão” – hoje podemos afirmar que Pedro está falando pela boca de Bento XVI. Joseph Ratzinger é o Papa certo para tempos incertos. Num momento em que a Igreja vive uma encruzilhada entre a apostasia do relativismo e o martírio da ridicularização, o testemunho valente do Bispo de Roma tem dado aos católicos, principalmente aos jovens, o impulso necessário para a vivência virtuosa e apostólica da fé cristã.

No final do ano passado, quando todos os prognósticos da mídia certificavam a falência da autoridade papal, devido às corajosas condenações do Papa Bento XVI ao aborto e em defesa do matrimônio, a mensagem do Santo Padre encontrou eco onde menos se esperava: na juventude. Incentivando os fiéis católicos e os homens de boa vontade – até mesmo os de outras religiões – a se unirem em defesa dos princípios inegociáveis da dignidade humana, o Papa pediu que a verdade fosse anunciada sem medo de represálias.

Contra todos os prognósticos da mídia esquerdista mundial a juventude está com o Papa e deseja ardentemente ver a Igreja de sempre reinante.

 

“No diálogo com o Estado e a sociedade, naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões. Mas, unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano. Aquilo que ela identificou como valores fundamentais, constitutivos e não negociáveis da existência humana, deve defendê-lo com a máxima clareza. Deve fazer todo o possível por criar uma convicção que possa depois traduzir-se em ação política”.

Para surpresa de todos, mas sobretudo daqueles que são inimigos da Igreja Católica, o pedido do Santo Padre foi atendido. As ovelhas ouviram a voz de seu pastor (Jo 10.3). Em todo mundo começaram a surgir movimentos em defesa da vida e da família.

A maior marcha pela vida da história americana foi um dos muitos movimentos ao redor do mundo que atendeu ao apelo do Papa Bento XVI.

No Reino Unido, mais de mil padres e bispos assinaram uma carta aberta ao Governo contra a união de homossexuais. Na França, 800 mil pessoas foram às ruas de Paris dizer um veemente não ao projeto do governo socialista de legalizar o “casamento” gay. Na Irlanda, 30 mil pessoas marcharam contra a legalização do aborto. E nos EUA, na capital da terra da liberdade, Washington D.C., 650 mil pessoas, na sua maioria jovens, protestaram contra os 40 anos da aprovação do aborto no país . Foi a maior marcha pela vida de toda a história dos americanos.

Há poucos dias, durante outra Marcha pela Vida nos EUA, mas dessa vez em São Francisco, 50 mil pessoas pediram o fim da lei do aborto no Estado americano. Como fez durante a Marcha pela Vida em Washingnton D.C., Bento XVI enviou uma mensagem de apoio aos participantes do protesto. Uma das coordenadoras do evento, Eva Muntean, revelou ter ficado admirada com o silêncio que os manifestantes fizeram para se ouvir as palavras do Santo Padre: “Podia-se escutar um alfinete cair. Estava tão silencioso, todo mundo prestava atenção. Isso foi muito especial para nós”.

Pedro fala pela boca de Bento XVI. Sim, e o legado que esse Papa deixará à Igreja é um tesouro incalculável, desde a sua teologia a sua humildade cristã. Bento XVI é o Papa da Dominus Iesus[01], da certeza de que a única Igreja de Cristo é a Católica. O Papa que desmantelou a Teologia da Libertação[02] e pôs abaixo a babilônia dos teólogos liberais. O Papa que ensinou ao homem que Cristo não veio trazer um mundo melhor, veio trazer Deus. Que desmascarou a “ditadura do relativismo”, mostrando que o único caminho de felicidade para o homem é a verdade de Cristo. Que recordou os povos de que “caridade sem verdade é sentimentalismo”[03]e que “um governo sem princípios morais não passa de uma quadrilha de malfeitores”. Que “Deus é amor”[04] e que somos “Salvos na Esperança”[05]. E, finalmente, que “a porta da fé[06], que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós”.

O católico tem um amor natural pelo sacerdote, ainda mais pelo Papa. São Josemaria Escrivá, no seu livro “Caminho”, agradecia a Deus com a seguinte expressão: “Obrigado, meu Deus, pelo amor ao Papa que puseste no meu coração”.

Na Santa Missa “Pro Eligendo Romano Pontifice”[07] – Missa de abertura do Conclave – o Cardeal Joseph Ratzinger encerrou sua memorável homilia rogando a Deus para que mandasse um novo pastor à Igreja, e que este fosse capaz, acima de tudo, de guiar o rebanho “ao conhecimento de Cristo, ao seu amor, à verdadeira alegria”. A festa que se seguiu na Praça São Pedro após o anúncio do Cardeal Medina de que Joseph Ratzinger era o novo Papa só viria a confirmar o pedido do antigo cardeal a Deus. Como bem disse o jornalista Peggy Noonan em um artigo para o The Wall Street Journal, “o primeiro milagre de João Paulo II não foi o da sua beatificação, o primeiro milagre de João Paulo II foi Bento XVI”.

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