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Aplicativo para ‘smartphone’ oferece suporte aos fiéis para rezarem no metrô, ônibus e em qualquer lugar.

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Não importa onde você está, não há desculpa para não rezar. Com o intuito de incentivar a oração, foi criado um dispositivo móvel com o qual se pode rezar em casa, à caminho do trabalho, no automóvel, no ônibus ou no metrô. Esta é a finalidade do aplicativo para ‘smartphones’ “Reze no Metro”, criado pelo sacerdote espanhol José Pedro Manglano, e no qual muitos usuários das novas tecnologias estão utilizando.

O aplicativo inicialmente nasceu como um ‘podcast’ com palestras e reflexões do Padre Manglano, mas agora inclui áudios e vídeos espirituais de diversos autores (dentre eles está o Santo Padre Francisco e o Padre Pablo Domínguez). O próprio sacerdote se responsabilizou pela coleta e organização do material de acordo com várias questões, tais como os tempos litúrgicos do Advento, o Natal, a Quaresma, a Páscoa e questões como a Cruz, a Paixão, a Virgem, entre outros.

“Reze no Metro” é um aplicativo gratuito que pode ser baixado a partir da ‘Apple Store’ para dispositivos como iPad e iPhone, ou ‘Google Play’ para dispositivos móveis com sistema operacional Android.

O conteúdo do aplicativo é atualizado continuamente, é possível escutá-los em ‘sreaming’, descarregando-os em seu dispositivo móvel ou incluí-los em uma biblioteca pessoal. (EPC)

Com informações da Rome Reports via Gaudium Press

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Mais de 70 mil cristãos mortos por causa da fé em 2013.

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Em 26 de dezembro a Igreja recordou a memória de Santo Estêvão, o primeiro mártir, que morreu apedrejado pedindo a Deus que não imputasse este pecado aos seus assassinos. Não somente nos séculos passados, mas também hoje tantos cristãos são mortos por causa de sua fé. Algumas estimativas indicam cerca cem mil cristãos mortos devido à fé em 2013.

Sobre isto, a Rádio Vaticano conversou com o Coordenador do Observatório da Liberdade Religiosa na Itália, Massimo Introvigne:

R: “A estatística é muito controvertida. Houve até mesmo uma polêmica entre Todd Johson – talvez o melhor expert em estatística – e a BBC. Tudo depende de algumas situações africanas, em particular o Congo, e agora também o Sudão do Sul, e de quantos mortos nestas situações podem ser considerados como pessoas mortas por causa de sua fé, no que Johnson chama ‘uma situação de testemunho’. Os dados finais de 2013 serão conhecidos nos primeiros meses de 2014, mas é provável que, diminuindo um pouco o número de cristãos mortos na África, a cifra pode cair dos 100 mil para 70 ou 80 mil”.

RV: O Relatório anual 2013 da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos assinala oito países que causam maior preocupação, ou seja, Mianmar (ex-Birmânia), China, Eritréia, Coréia do Norte, Arábia Saudita, Sudão e Uzbekistão. Qual país preocupa mais?

R: “Acredito que continue a preocupar toda a situação da Coréia do Norte: não somente porque continuam a matar cristãos, mas porque os cristãos existem, isto é, não foram exterminados pelos acontecimentos precedentes. E então, é evidente que também em uma situação dificilíssima de um país que limita ao mínimo os contatos com o mundo externo, existem pessoas, existem também jovens que não conheceram senão a educação do regime, que continuam a converter-se ao cristianismo, que manifestam de alguma maneira a sua fé e que, por isto, são presos, deportados nos campos de concentração e também mortos. Naturalmente, estes países relacionados pelos Estados Unidos não são os únicos que despertam preocupação, pois existe toda uma constelação de países em que se vai do fenômeno da violência difundida às formas de violência legal. Não devemos nunca esquecer, por exemplo, das leis que punem a blasfêmia no Paquistão, de onde conhecemos bem o caso de Asia Bibi, que mostra bem o uso instrumental da lei em relação aos cristãos”.

RV: A Nigéria, por exemplo, é outro país que provoca preocupações…

R: “Sim. É necessário esclarecer que o problema não é criado pelo governo nigeriano, mas por alguns movimentos extremistas do ultrafundamentalismo islâmico, em particular um chamado ‘Boko Haran’. Assim, além das cifras, o que é importante dizer é que estes cristãos não foram todos mortos por seguidores de outras religiões. Certamente – acabamos de citar a Nigéria – existe o problema dos movimentos islâmicos ultrafundamentalistas, porém não devemos esquecer outros dois elementos: o primeiro é a existência ainda de regimes comunistas muito duros, como no caso da Coréia do Norte, e outro é a questão dos conflitos tribais, onde algumas vezes é difícil saber se os cristãos foram mortos por serem cristãos ou por pertencerem à tribo ‘errada’…”.

RV: Existe depois a Europa, onde não existem – obviamente – formas de violência a este nível em relação aos cristãos, porém existem casos de restrições no que diz respeito a eles….

R: “Sim, em relação aos cristãos e às pessoas religiosas em geral. Acredito que o Papa Francisco falou sobre isto muito bem na Evangelii gaudium, quando nos recorda que existe uma mentalidade que quer reduzir a fé a um fato meramente privado e fechar os fiéis nas igrejas, nas sinagogas, nas mesquitas, isto é, enquanto estão fechados e rezam tudo vai bem, mas quando procuram manifestar a sua fé publicamente, no âmbito político e social, começam as discriminações quando não, verdadeiras perseguições. Me tocou muito que o Papa Francisco tenha citado um velho livro que – disse – lhe fez muito bem: ‘O Senhor do mundo’, do escritor inglês Robert Hugh Benson, que mostra justamente uma situação em que os cristãos procuram testemunhar sua fé no âmbito político e social, então são perseguidos e no final também mortos. O Papa disse: ‘Mas vocês acreditam que estas coisas existam somente nos romances ou que aconteciam somente há muitos anos atrás? Não, acontecem agora’”. (JE)

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Natal na Catedral de Colônia, Alemanha: ativista do ‘Femen’ profana altar diante do Cardeal.

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Pouco depois do início da Missa matutina de Natal, na Catedral de Colônia, a ativista do Femen Josephine Witt (20) arrojou-se da primeira fileira e pulou em cima do altar vestindo apenas uma roupa íntima. Ela havia pintado a expressão “Eu sou Deus” em seu peito. A mulher foi retirada das vistas do Arcebispo Cardeal Joachim Meisner pelo serviço de segurança da Catedral.

Witt, que se autodenomina “Markmann”, tornou-se conhecida através de diversos protestos do Femen, incluindo um protesto contra Wladimir Putin. No final de maio ela fez parte das ativistas do Femen que foram presas e condenadas a quatro meses de prisão após protestarem nuas na Tunísia. As mulheres foram liberadas com ajuda diplomática em junho de 2013.

Segundo informações da polícia, até o início da celebração católica, Witt estava sentada na primeira fileira, vestindo um casaco de couro, um vestido e um lenço na cabeça. Por volta das 10:05h, ela despiu-se, puxando o vestido por baixo e pulou em cima do altar.

Witt foi prontamente detida e retirada da Catedral pelo serviço de vigilância. A polícia deteve a mulher até o final da missa e apresentou queixa contra perturbação de culto religioso e invasão de domicílio.

“Foi um protesto individual planejado, que funciona melhor do que quando muitas mulheres estão envolvidas”, disse Witt à agência de notícias dpa. Com a ação, a organização Femen International quis protestar contra o ‘monopólio de poder da Igreja Católica’.

O processo todo durou apenas alguns minutos. Segundo informações do periódico “Kölner Stadtanzeiger”, Meisner benzeu o altar após o incidente com um breve ritual e prosseguiu com a Missa. As pessoas queriamm celebrar o Natal e não estragar o clima. Ao final da missa, ele incluiu a ativista em suas orações.

Meisner, que deixará seu cargo já no primeiro semestre de 2014, é considerado um dos cardeais mais conservadores. O cardeal alemão, que ocupa uma das mais altas posições, frequentemente, é criticado como um linha-dura e, recentemente, esclareceu publicamente que não via qualquer necessidade de reforma dentro da Igreja Católica. Meisner nasceu há 80 anos no dia de Natal.

Vídeohttp://www.youtube.com/watch?v=A2Iz1ieJTS4

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http://www.youtube.com/watch?v=mJOWPavdn4s

Nota do Fratres: No dia 19 de dezembro, Inna Schewtschenko, uma proeminente ativista ucraniana do Femen, insurgiu-se contra a política da Igreja Católica em relação ao aborto correndo nua na Praça de São Pedro. Em seu peito lia-se “O Natal está cancelado”. 

Fonte: Fratres  in Unum

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“Perseguidos e esquecidos?”. É cada vez pior a situação dos cristãos em 20 países do mundo devido à perseguição e descriminação.

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A organização católica internacional Ajuda à Igreja Que Sofre (AIS) denunciou em um recente relatório como a situação dos cristãos em 20 países do mundo piorou gravemente devido à perseguição e descriminação religiosas.

Um resumo do relatório, intitulado “Perseguidos e esquecidos?” feito para chamar a atenção sobre este grave problema que atrai pouca atenção no Ocidente, foi entregue pelo chefe de imprensa da AIS no Reino Unido, John Pontifex, à agência UCA News, com sede em Hong Kong.

“Todos os relatos dos incidentes da perseguição indicam que a mesma é cada vez pior e mais inclemente: igrejas incendiadas, cristãos pressionados a converter-se, violência de bandos contra lares cristãos, sequestro e abuso de meninas cristãs, propaganda anticristã nos meios e por parte de governos, discriminação em escolas e lugares de trabalho… e a lista continua”, expressou.

A Igreja no Oriente Médio poderia desaparecer

O relatório apresenta seus resultados por regiões, identificando os problemas que afetam os fiéis e sua condição atual. A primeira região analisada foi o Meio Oriente, qualificada como “a de maior preocupação”.

Nos países da região o fenômeno mais notório é o êxodo das comunidades cristãs que fogem da violência e das atrozes consequências dos conflitos sociais, como a guerra na Síria. Os efeitos da chamada “primavera árabe” foram a prepotência de grupos islâmicos radicais e a multiplicação da violência contra os cristãos em diversos países.

“Os cristãos no Oriente Médio estão sofrendo um efeito dominó de violência que começou no Iraque, estendeu-se até a Síria e agora escurece o Egito, deixando a sobrevivência da Igreja em grave risco”, declara o relatório.

“Os cristãos desejam sair, e o final da histórica presença da Igreja nestes territórios já não é uma possibilidade remota, e sim, uma ameaça muito real e premente”.

Também na África

Dificuldades para os cristãos não ocorrem exclusivamente no Oriente Médio. A África tem seu próprio registro de abundantes episódios de violência e perseguição, vinculados na maior parte das vezes à ação de violentos grupos de radicais islâmicos que desafiam os governos de alguns países em meio a um conjunto de problemas políticos, econômicos e sociais. 

“O caso mais óbvio disto é a Nigéria”, descreve o texto. Em 2011 a violência produziu 65.000 cristãos deslocados e 430 igrejas atacadas nesse país. A diocese de Maiduguri registrou ataques ou destruição total da metade de suas paróquias e 791 dos 1.201 cristãos mortos exclusivamente por causa da fé em 2012 foram fiéis provenientes da Nigéria.

“Mas a Nigéria não está sozinha de maneira alguma” nesta onda de violência. Numerosos fatos no Sudão, Tanzânia, República Centro Africana, Argélia e outros, revelam uma ameaça internacional constante aos cristãos africanos.

Outras perseguições

A perseguição persiste ainda em outras regiões nas que os cristãos representam comunidades minoritárias e sofrem nas mãos de líderes e membros das maiorias religiosas.

Nestes casos se encontra o Sri Lanka, onde setores radicais nacionalistas budistas ocasionaram uma série de 45 ataques de janeiro a maio de 2013, e a Índia, onde em vários estados persiste a intolerância aos cristãos registrando incêndios de templos, profanações e ataques físicos aos cristãos.

Outra fonte de perseguição anticristã é a ideologia política, presente sobre tudo em países comunistas e socialistas, sendo o caso mais preocupante o da Coreia do Norte, onde o regime que mantém isolada a população pune com a pena de morte quem for encontrado orando.

A fundação pontifícia Ajuda à Igreja Que Sofre também alertou sobre o caso da China, cuja política pretende ter controle sobre a Igreja e onde foram registrados 130 casos de perseguição em 2012 que afetaram quase cinco mil pessoas (um aumento de 40 por cento).

O Vietnã também foi destacado como expoente deste tipo de políticas de controle e episódios de perseguição e violação dos direitos humanos dos fiéis, afirma ainda o documento.

A AIS recordou no mencionado texto que a liberdade religiosa é “a pedra angular da liberdade como um todo” e foi qualificada pelo beato João Paulo II como “a prova do respeito de todos os demais direitos humanos”.

Por este motivo o alerta sobre a perseguição aos cristãos está dirigido à opinião pública em geral, crentes ou não crentes. “”Perseguidos e esquecidos?” expõe questões profundas sobre o compromisso da comunidade internacional na defesa da liberdade religiosa”, conclui John Pontifex remarcando a necessidade de uma maior atuação das demais nações em favor dos cristãos perseguidos.

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Pesquisa comprova que’ fé em Deus’ é um elemento “protetor” quando se fala em consumo de drogas.

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Os jovens Suíços que afirmam acreditar em Deus são menos susceptíveis de fumar cigarros, tomar drogas ou ingerir pílulas de ecstasy do que os homens Suíços da mesma idade que se descrevem como ateus. A crença [no Deus da Bíblia] é um fator protector contra comportamentos viciantes. Esta foi a conclusão apurada após um estudo financiado pelo “Swiss National Science Foundation.”

Karl Marx disse que a religião era o ópio do povo, mas os novos dados sugerem que a religião têm um papel na prevenção do consumo de substâncias. Um equipa de pesquisa liderada por Gerhard Gmel (Lausanne University Hospital) demonstrou na revista “Substance Use & Misuse” que, na Suíça, menos homens religiosos consomem substâncias viciantes que os homens da mesma faixa etária que são agnósticos ou ateus.Para o seu estudo em torno do uso de substâncias na Suíça, Gmel e os seus colegas entrevistaram homens com quase 20 anos no centro de recrutamento militar em Lausanne, Windisch e Mels entre Agosto de 2010 e Novembro de 2011. Os pesquisadores finalizaram a avaliação os 5387 questionários completados pelos jovens homens.Com base nas suas repostas, os cientistas dividiram os homens em cinco grupos:1. O “religioso”, que acredita em Deus e frequenta os cultos

 

2. O “espiritual”, que acredita numa Força Superior mas que não practica qualquer tipo de religião

3. O “incerto”, que não sabe o que acreditar em relação a Deus.

4. O “agnóstico”, que assume que ninguém pode saber se Deus existe ou não

5. O “ateu”, que não acredita em Deus.

Os pesquisadores apuraram que estes grupos lidam de maneira diferente com as substâncias viciantes.

  • Entre os 543 homens religiosos, 30% fumava cigarros diariamente, 20% fumava maconha mais do que uma vez por semana, e menos de 1% tinha consumido ecstasy ou cocaína no ano anterior.
  • Entre os 1650 ateus, 51% fumava cigarros, 36% fumava maconha mais do que uma vez por semana, e 6% tinha consumido ecstasy ou cocaína no ano anterior.

Os três grupos restantes ficaram numa área intermédia no que toca a sua devoção religiosa e o seu consumo de substâncias viciantes.

Para Gmel, estes números indicam que as pesquisas em torno do comportamento viciante não se devem limitar ao estudo dos factores de risco, mas também aos factores protectores. Os resultados demonstram que a crença [em Deus] é um factor protector quando se fala do consumo de substâncias viciantes.

O que ainda fica por responder é se as diferenças registadas são o efeito dos seus valores morais ou do controle social existente nos ambientes onde vivem.

by Mats

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Cresce ‘geração canguru’, aquela, dos filhos que retardam sair da casa dos pais.

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O consultor de relacionamento Victor Cardoso, de 30 anos, sempre morou com os pais, Rosemary e Renato Cardoso, em São Caetano. Ele diz que morar na casa dos pais é muito bom por reduzir a responsabilidade e os custos. “Você não tem aquela preocupação de pagar a parcela de um apartamento todo mês. O dinheiro que eu ganho com meu trabalho fica para gastar com o que eu quero.”

Uma combinação de fatores financeiros e emocionais tem levado jovens adultos a adiar a saída de casa. Isso fez crescer, na última década, a proporção de pessoas de 25 a 34 anos de idade que continuam a morar com os pais e formam a chamada “geração canguru”.

Em 2012, um quarto (24,3%) das pessoas nesta faixa etária vivia com os pais. Em 2002, a proporção era de 20,5% – um em cada cinco. O fenômeno é mais comum nas famílias de alta renda da Região Sudeste. Os homens (60% do total) são os mais resistentes a deixar a casa dos pais. Em geral, trabalham e têm alta escolaridade. “A geração canguru é um fenômeno mundial, não necessariamente por falta de condição de os filhos saírem de casa, mas por escolha. Preferem fazer graduação, mestrado ou doutorado na casa dos pais, retardam a formação de uma nova família e também buscam comodidade”, diz a presidente do IBGE, Wasmália Bivar. “Quanto mais ricos os pais, mais os filhos querem ficar na casa deles”, destaca.

Enquanto apenas 6,6% das famílias de renda per capita de até meio salário mínimo têm filhos de 25 a 34 anos vivendo com os pais, essa proporção sobe para 15,3% nas famílias com renda de 2 a 5 salários mínimos per capita e 14,7% naquelas com renda per capita de mais de 5 salários mínimos. O fato de que as faixas de baixa renda constituem famílias mais cedo explica, em parte, essa diferença.

A Síntese dos Indicadores Sociais mostra que as mulheres estão adiando a decisão de terem o primeiro filho, especialmente nos Estados das regiões mais ricas: Sudeste e Sul. No Sudeste, 28% das mulheres de 30 a 34 anos não têm filhos, proporção que cai para 15,9% no Norte. Nessas duas regiões também estão as maiores diferenças sobre a presença da “geração canguru”: no Sudeste, 26,7% dos jovens adultos de 25 a 34 anos ainda vivem com os pais, enquanto no Norte são 18,5%.

Jornal O Estado de S. Paulo.

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Histórica Intervenção do Prof. Hermes Rodrigues Nery na Câmara dos Deputados CONTRA o aborto a favor da vida.

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Apresentamos a íntegra do pronunciamento do Prof. Hermes Rodrigues Nery (Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté), em Audiência Pública de 4 de dezembro de 2013, às 14h, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Brasília (DF), Plenário 09.

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Exmo. Sr. Deputado Pastor Marco Feliciano, DD. Presidente da Comissão de Direitos Humanos e minorias da Câmara dos Deputados,

Exmo. Sr. Deputado João Campos e Sra. Dra. Thereza Lamare Franco Neto, representante do Ministério da Saúde.

Cumprimento também os que aqui estão presentes e agradeço desde já a oportunidade de, neste momento, ser expressão da voz do povo brasileiro, cujas pesquisas de opinião, em relação à questão do aborto, tem se manifestado pela crescente rejeição da prática do aborto (82% Vox Popoli)1 e, em votação nesta Casa de Leis, em 7 de maio de 2008, por 33 x 0[2] a Comissão de Seguridade Social e Família rechaçou o PL 1135-91 (de autoria dos deputados Eduardo Jorge [PT] e Sandra Starling [PT], como me lembrou agora há pouco o caro amigo aqui presente, Dr. Paulo Fernando Mello Costa), e também na Comissão de Constituição e Justiça, por 57 x 4; portanto, não há omissão do parlamento brasileiro quanto aceitar a prática de um crime que vitima os seres humanos mais indefesos e que requerem, na fase de gestação no ventre materno, a maior proteção.

Portanto, é falacioso o discurso do Supremo Tribunal Federal quando praticou explícito ativismo judicial ao aprovar a ADPF-54[3], autorizando o aborto em casos de anencefalia, abrindo já naquela ocasião a brecha para sua legalização (em processo por etapas). O STF não pode dizer de modo algum que esta Casa se calou diante desta matéria, pois foram 33 x 0, 57 x 4, portanto a esmagadora maioria dos deputados em consonância com o pensamento e o sentimento do povo brasileiro, decidiu pela vida, pela proteção da vida, pelo direito a vida, desde a concepção até a morte natural, corroborando assim o princípio fundamental dos direitos humanos, que é o de que o primeiro e principal de todos os direitos humanos é o direito a vida, desde a fecundação; pois não há direito a saúde, a educação, a moradia, a liberdade e demais direitos sociais, sem que este primeiro e principal direito seja atendido e garantido: o direito a vida.

Esta audiência pública tem a sua importância histórica, pois traz a discussão desta questão relevantíssima dos direitos humanos, a partir da premissa e da prioridade do direito a vida sobre todos os demais direitos humanos. É preciso então primeiramente entender hoje a questão do aborto como uma agenda imposta4, quando grupos financiados por poderosas fundações internacionais (“servem-se do Estado para os seus fins, influem na estruturação das leis de um país”5), estão agindo de modo intenso para descriminalizar o aborto, tornar a sua prática aceitável na sociedade, inclusive como um direito humano, pois com a ênfase no direito de escolha da mulher, e que tal escolha “faz parte fundamental do direito à privacidade”6. O fato é que “a verdade é cruelmente simples: mesmo que tal direito seja chamado com diversos termos, trata-se, sempre da morte da criança concebida e da destruição da sua vida“.7

O mais terrível nisso tudo é que “aceitando o direito ao aborto, inverte-se tudo: cria-se o direito de a mulher assassinar a criança concebida e tutela-se tal realização. Deste modo, faz-se uma exceção no direito natural à vida de cada ser humano e se aceita que existam categorias de seres humanos aos quais o Estado pode negar tal direito. Naturalmente, é tutelado não aquele que é morto, mas aquele que mata. Graças a tais ações, o crime da morte perde, sobretudo na mentalidade comum, o caráter de delito; é legalizado, adquirindo o caráter de lei. O direito ao aborto não somente excluiria o direito à vida dos seres humanos antes do nascimento, mas, sendo reconhecido como direito fundamental, obrigaria os Estados a legalizá-lo, realizá-lo e tutelá-lo”8.

É isso o que querem, os que querem legalizar o aborto. E é o que está já acontecendo em nosso País, sr. Presidente, senhores Deputados, e Sres. aqui presentes, principalmente depois da sanção da Lei 12.845. Estamos vivendo a pior forma de todas as violências, que é o da manipulação. Falaciosos os números que os promotores do aborto disseminam, propagandeando altos índices de mortes maternas por causa de aborto clandestino, dizendo ser uma grave questão de saúde pública. E aí indagamos mais uma vez: aonde estão tais estatísticas, tais números exorbitantes, se não apenas na estratégia do engodo, que o marketing abortista se utiliza para enganar os desinformados e justificar assim o embuste. No próprio site do Ministério da Saúde, no DataSUS, temos lá os números exatos desta realidade. E ficamos perplexos de constatar o contraste entre aquilo que se propaga e o que realmente está lá nos dados oficiais do próprio Ministério da Saúde.9

Diz lá:: “As duas principais causas específicas de morte materna no Brasil são a hipertensão e a hemorragia. Outras causas obstétricas diretas importantes são a infecção puerperal e o aborto. Entre as causas indiretas, a de maior importância epidemiológica tem sido a doença do aparelho circulatório.”10 E mais: “Entre 1990 e 2010, as alterações no padrão de causas específicas de morte materna mostram uma redução de 66,0% no risco de morrer por hipertensão; de 69,3% por hemorragia; de 60,4% por infecção puerperal; de 81,9% por aborto; e de 42,5% por doenças do aparelho circulatório que complicam a gravidez, o parto e o puerpério. Nota-se que as quedas de risco mais evidentes ocorreram entre as mortes por aborto e por hemorragia“11. E ainda: “Em 2010, foram investigados 74% dos óbitos maternos. A investigação apontou que 17% dessas mortes ocorreram durante a gestação, 9% durante o parto e 56% no puerpério (até 42 dias após o parto).

No mesmo ano, 92% dos óbitos maternos ocorreram no ambiente hospitalar”12. Diante desses dados, indagamos; aonde estão os números exorbitantes de mortes maternas por aborto propalados pelos militantes abortistas em seu proselitismo pró legalização do aborto? Explicou o Dr. Bernard N. Nathanson, sobre esta estratégia do embuste adotada pelos que querem a legalização do aborto: ”É uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam de cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade. Nós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda”13.

Esta é a forma de agir dos que querem promover a agenda da morte, vitimando o ser humano inocente, agindo portanto contra a população brasileira, mais indefesa. Com eufemismos, ardilosidades e até mentiras descaradas, o governo brasileiro está promovendo esta agenda (a chamada ideologia de gênero) e cultura de morte, comprometido com tais grupos internacionais, e solapando a soberania nacional, por vis interesses.

Esta Casa que tem o dever de defender a soberania nacional, assim o fez com os 33 x 0, os 57 x 4, nesta matéria. Mas os magistrados do Supremo Tribunal Federal, com o ativismo judicial e os mais sofisticados sofismas, se somou aos propósito do Executivo, que de modo arbitrário e com sutilezas manipulatórias, vem atendendo a estes grupos de pressão, facilitando-lhes a atuação em nosso País (daí inclusive a justificativa da abertura da CPI do Aborto), e dessa forma sendo cúmplice da cultura da morte, “promovida por fortes correntes culturais, econômicas e políticas”14, nesta “guerra dos poderosos contra os débeis“15.

E nesta lógica perversa, de legalização do aborto e de aceitação do aborto como direito humano, “a vida que requereria mais acolhimento, amor e cuidado, é reputada inútil ou considerada como um peso insuportável, e, consequentemente, rejeitada sob múltiplas formas”.16

Na deliberação da ADIn 3510 e da ADPF 54, o Supremo Tribunal Federal usurpou as suas prerrogativas e passando por cima das decisões desta Casa de Leis, abriu a porta para a legalização do aborto via judiciária, praticando esta verdadeira “conjura contra a vida”17, conivente com o Executivo.

Queremos o Brasil na vanguarda da cultura da vida Desde o final da Segunda Guerra Mundial, grupos de poder financeiro, de forte tendência malthusiana, disseminaram a associação do desenvolvimento econômico e social das nações com o controle demográfico (reconhecendo desde o Relatório Kissinger (1974) o aborto como meio mais eficaz de tal controle): Ainda lembra o Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz: “O aborto é um poderoso método de dominação política”18. E também Hélio Bicudo, quando foi deputado nesta Casa: “Os autores do Relatório Kissinger também reconhecem que muitos países não aceitariam de bom grado a ingerência direta (…) das entidades internacionais numa questão que pertence, à esfera da soberania nacional. Por essa razão, sugerem que, onde for necessário disfarçar essa ingerência, se recorra a organizações não-governamentais especializadas no controle populacional, devidamente apoiadas e financiadas, aberta ou veladamente”.19

O fato é que “o planejamento dos nascimentos é apresentado como uma forma de ajuda ao desenvolvimento”20. E esse pensamento permeou os grandes eventos promovidos pela ONU, como a Conferência da Cidade do México (1984), a Conferência do Cairo sobre a População e Desenvolvimento (1994), entre outros. Aliás, “já desde a Conferência de Bucareste (1974) emerge esta dimensão voluntarista e eugênica do controle demográfico, especialmente os pobres”21. Pois são os pobres que se querem eliminar da sociedade, na lógica do pior darwinismo social, “que tem por objetivo ‘conter’ as populações do mundo segundo critérios que discriminam os pobres“.22 E também os negros.

Há nos Estados Unidos denúncias de mulheres negras vítimas desse processo, como mostra o documentário Blood Money.23 É nesse contexto de um novo totalitarismo e revolução cultural que emergiram os “novos direitos humanos” para justificar esta “conjura contra a vida”.

Na Conferência de Copenhagem (1995) eles impulsionaram a agenda antivida (adotando como palavra de ordem os “direitos sexuais e reprodutivos”), para que a aceitação do aborto como direito humano e outras formas de novos comportamentos, pudessem encontrar menos resistência graças ao relativismo cultural e moral fomentado por tais forças nos meios de comunicação, acadêmicos e até nas igrejas cristãs. Para Malthus, “ajudar os pobres significa infringir a moral natural; se a Senhora Natureza é violenta, também a sociedade deve ser violenta”24. O aborto portanto é a expressão mais implacável desta violência, pois vitima o ser humano inteiramente inocente em sua fase mais indefesa.

Falacioso também o discurso de que a legalização do aborto favoreceria as mulheres mais pobres. Pelo contrário, “os pobres compõe o alvo”25 na cultura da morte. E a partir do Relatório Kissinger, estas “políticas de população produzidas pela ONU e suas agências foram imbuídas de axiomas altamente equivocados. É o que dizem: “sem controle dos nascimentos, nenhuma segurança alimentar, nenhuma saúde para todos, nenhum desenvolvimento sustentável, nenhuma paz internacional, nada de recursos suficientes”26. Mesmo que essa “antologia de axiomas”27 não seja “comprovada por nenhuma conclusão científica”28 tem embasado a “ideologia da segurança demográfica”29, que penaliza hoje quase todas as nações, pois “era necessário que as populações dos países ricos praticassem o controle dos nascimentos, para que seu exemplo fosse seguido pelas populações dos países pobres”30. E até hoje, mesmo nas nações ricas, esta não tem sido uma questão pacificada, tranquila, mas estas políticas tem sido objeto de muitos questionamentos. Pois que o resultado deste modelo de desenvolvimento trouxe o “envelhecimento e o decréscimo da população; a proporção crescente das pessoas anciãs dependentes; os sistemas de segurança social em crise, a baixa da fecundidade que favorece a desocupação; violentos desequilíbrios na estrutura por idade das populações”, entre outros, as crises agudas que já estamos vendo especialmente na Europa.

E o que está acontecendo hoje, é que lá, como também nos Estados Unidos, está havendo um forte movimento, de crescente capilaridade, para rever as legislações que lá impuseram o aborto, a eutanásia, o homossexualismo, etc., e tudo o que fez decorrer a destruição da família, primeira e principal das instituições humanas.

Não é este modelo de desenvolvimento que queremos para o Brasil. Queremos o Brasil desenvolvido, pois que é uma nação pujante, mas não com este modelo que se volta contra o ser humano, a começar por uma ideologia e política atrelada a interesses internacionais que exigem o sangue do ser humano inocente. Na verdade “estes planos destruidores da família devem ser considerados cientificamente insustentáveis”31. E os fatos estão aí para mostrar de modo evidentíssimo o equívoco e o horror desta realidade altamente desumana.

Com o aborto, compromete-se a principal riqueza de uma nação: o seu povo. Ou como bem chamou o Prêmio Nobel de Economia de 1992, Gary Becker: o capital humano. Com a ideologia da cultura da morte, que inclui o aborto como direito humano, “o perigo que se apresenta é a carência de homens [de pessoas], ou seja, a penúria de capital humano”32. E é isso que nós não queremos para o Brasil. Mas sim um Brasil desenvolvido a partir da promoção do seu capital humano.Um Brasil que seja vanguarda na promoção da cultura da vida, que dê ao mundo um exemplo de coragem e energia para o bem, para o banquete da vida, como diz Jesus: “Vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância!”33

Os organismos que estão trabalhando internacionalmente pela aprovação do aborto são as fundações (que planejam e financiam as ações) e as organizações não governamentais (que as executam) e que promovem tudo isso com enormes somas de dinheiro, como as Fundações Ford, Rockefeller, MacArthur, a Buffet (entre as fundações), e a International Planned Parenthood Federation (IPPF, que tem filiais em quase 150 países), a Rede Feminista de Direitos Sexuais e Reprodutivos, as Católicas pelo Direito de Decidir (que não são católicas, mas usam o nome para confundir principalmente os católicos), a Sociedade de Bem-Estar Familiar no Brasil (Benfam) e a International Pregnancy Advisory Services (IPAS), entre as ONGs.

A filial norte-americana da IPPF, por exemplo, detém uma rede que abarca 20% de todas as clínicas abortistas dos Estados Unidos. Segundo a fundadora das falsas “Católicas pelo Direito de Decidir”, Frances Kissling, a IPPF só trabalhou na propaganda pela legalização da prática do aborto nos EUA, mas não queria entrar diretamente no negócio das clínicas “para não ser estigmatizadas” pelo público. Mas, numa longa entrevista tornada pública, ela mesma conta que as Fundações que financiam as atividades da IPPF obrigaram-na a entrar diretamente na estruturação e gerência da própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior promotora de abortos na América e no mundo.34

O argumento, portanto, dos direitos reprodutivos não passa de retórica, que seduz os desinformados (entre eles, os políticos), em prejuízo de muitos, especialmente as mulheres pobres, que são as mais vitimadas por essa lógica inumana.

No Brasil a Fundação MacArthur, por exemplo, desde 1988, decidiu investir em programas de controle populacional, em nosso no País, alimentando várias OnGs para esta finalidade. No ano seguinte, em São Paulo, a então prefeita do PT, Luiza Erundina (hoje deputada nesta Casa) estabeleceu o primeiro serviço brasileiro de abortos em casos de estupro, no Hospital Jabaquara, dando início assim a uma rede que vem até hoje se ampliando e trabalhando com o objetivo de legalizar o aborto no Brasil, utilizando a estratégia de oferecer serviços de abortos nos casos não punitivos pela lei, que eles chamam de “aborto legal”, quando não é legal, pois ele continua sendo crime no Código Penal.

E agora, querem também de alguma forma flexibilizar a legislação, nesse sentido, com a reforma do Código Penal. Os médicos brasileiros passaram então a fazerem parte de “capacitações” para aceitarem gradativamente a lógica do “aborto legal” iniciado no Hospital Jabaquara, depois também no Hospital Pérola Byington, em São Paulo, no CAISM (Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher), sob a direção do Dr. Aníbal Faúndes, e membro do Conselho Populacional de Nova York. A mesma Fundação MacArthur de Chicago investiu nos Foruns para o Atendimento aos Abortos Previstos por Lei, em congressos anuais, com profissionais da Saúde e organizações feministas. Vê-se que nesse processo e contexto, o PT é o partido político mais comprometido com esta agenda, até hoje. Mas foi em 1996, após os acordos de Glen Cove entre o FNUAP, OnGs e Comitês de Direitos Humanos, que foi possível expandir os serviços de “aborto legal” no Brasil, criando assim o ambiente cada vez mais favorável principalmente entre os médicos para a banalização da prática do aborto, até chegar a plena legalização. Muitos acreditam estar trabalhando realmente em defesa dos interesses das mulheres, mas não tem o conhecimento mais a fundo da questão, e com isso favorecem os interesses das Fundações internacionais.

Em 1998, na gestão do Ministro José Serra (PSDB), tais grupos influíram para que o Ministério da Saúde adotasse a primeira Norma Técnica que permitisse, com uma medida do Executivo, ampliar tais serviços nos hospitais brasileiros. Para se ter uma ideia, pela Norma Técnica a mulher estaria dispensada de apresentar exame de corpo de delito para comprovar o estupro e solicitar um aborto, exigindo apenas a apresentação de um Boletim de Ocorrência, que pode ser obtido em qualquer delegacia de polícia sem necessidade da apresentação de provas. Mais uma brecha, mais um ardil, fazendo avançar a agenda abortista, com o apoio do governo! Hoje há em nosso País uma rede de hospitais equipados para tais serviços, favorecidos não apenas por aquela Norma Técnica, como outras que vieram posteriormente. A 2ª Norma Técnica, eliminou a exigência do Boletim de Ocorrência e limitou a objeção de consciência.

O médico, por exemplo, que está sozinho no serviço de emergência, tem que fazer o aborto. Se não fizer pode ser processado, por omissão de socorro. É isso: Primeiro tem que matar, depois curar os outros. E assim, de todas as formas, o governo brasileiro busca driblar as restrições legais, obcecado que está em cumprir seus compromissos com as agências da ONU e grupos internacionais, Desde 2005, de modo mais acentuado (como comprova farta documentação que trouxemos aqui e deixaremos a disposição dos senhores deputados), muito foi feito nesse sentido pelo Governo Lula, cujo partido do Presidente Lula e de Dilma Roussef chegou a punir dois deputados federais do próprio PT, de marcada atuação em defesa da vida.

Em 2007, foi criado o GEA (Grupo de Estudos sobre o Aborto) que diz em seu próprio site, que é “uma entidade multidisciplinar que reúne médicos, juristas, antropólogos, movimentos de mulheres, psicólogas, biólogos e outras atividades. Não é uma OnG e não tem verbas próprias. Conta com inestimável apoio do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Seu foco é capilarizar a discussão do tema ABORTO sob o prisma da Saúde Pública e retirá-lo da esfera do crime.”.

Ainda em 2010, o coordenador do Grupo de Estudos para legalizar o aborto no Brasil, constituído pelo governo brasileiro, pago com recurso público, disse que a intenção não é apenas despenalizar o aborto, mas “a ideia é ir mais longe e não fazer mais do aborto um crime”. Grupo este formado por militantes e OnGs que promovem o aborto no Brasil, inclusive faz parte o Dr. Adson França, representante do Ministério da Saúde. É preciso que o aborto não seja mais tido como crime para, anestesiada a consciência moral, utilizar então o Estado com recurso público a perpetrar este abominável atentado contra a vida, sem que haja resistência e restrição legal.

O Estado que é constituído para defender a vida e a família, acaba portanto se voltando contra a vida e a família, como um Leviatã que oprime até a morte, por pressão das forças globalistas. E com os eufemismos, a retórica e a demagogia, invertem todos os conceitos. Descriminalizado, sem restrição legal, a defesa do aborto passa a ser a defesa de saúde pública. O SUS então passa a fornecer abortivos químicos (a exemplo da pílula do dia seguinte), “à custa de perigosa intoxicação da mulher, por vezes com conseqüências desastrosas para a sua saúde”. (Ives Gandra, 550). Mata a criança no ventre materno e provoca danos á saúde da mulher, ao corpo e a alma da mulher.

Pois os efeitos pós-abortos são causas, muitas vezes, da depressão, da angústia, de graves problemas psíquicos e até mesmo o suicídio. E então, sr. Presidente, caro deputado e sres. presentes, Mente descaradamente o governo brasileiro quando diz que não está comprometido com esta agenda. Como fez a então candidata Dilma Roussef, em 2010, sobre esta matéria. Ainda no segundo turno, ela assinou uma carta compromisso de que era contra o aborto, dizendo ipsis literis: ““Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no país.” Mentira! Mente descaradamente a sra. Presidente da República nesta matéria.

As iniciativas que visam legalizar o aborto no Brasil têm vindo do Executivo, com a complacência e a conivência do Judiciário. Como há pouco me lembrou o Dr. Paulo Fernando Mello Costa, aqui presente, sugiro que assistam ao vídeo que ele fez, “Dilma Mãe do Brasil”, disponível no youtube. Temos acompanhado, há alguns anos, o trabalho desta Casa de Leis e visto os esforços de parlamentares para aplacar a sede do sangue inocente. Mas as pressões não cessam, cada vez mais intensas, promovidas, estimuladas, de modo sutil e sofisticado, e também muito bem planejado e financiado pelas fundações internacionais e por vários setores do governo federal, inclusive do Ministério da Saúde, que recentemente encaminhou a esta Casa de Leis o então PLC 03, hoje lei 12.485, que foi vergonhosa e sorrateiramente tramitada e votada sem deliberação, sem sequer que os deputados percebessem a armadilha e deixassem escapar o ardil do governo, mostrou o seu desprezo a população (a maioria ´contra o aborto e pela vida), a Presidente sancionou a Lei 12.485, abrindo assim brechas para a prática do aborto no sistema SUS, com recurso público. Com a Lei 12.485 (que precisa ser revogada – fazemos aqui o apelo pela sua revogação), o Ministério da Saúde, utilizando-se das Normas Técnicas já aprovadas, e agora com o endosso da Presidência da República, todos os hospitais do Brasil, independentemente de se tratarem de hospitais religiosos ou contrários ao aborto, serão obrigados a encaminhar as vítimas de violência à prática do aborto.

O projeto não contempla a possibilidade da objeção de consciência. Na sua versão original, o artigo terceiro do projeto afirmava que o atendimento deveria ser imediato. A partir da sanção presidencial, bastará apenas a palavra da mulher pedindo um aborto, e os médicos terão obrigação de aceitá-la, a menos que possam provar o contrário, o que dificilmente acontece. Mas pelo menos a mulher deveria afirmar que havia sido estuprada. Agora não será mais necessário afirmar um estupro para obter um aborto. Bastará afirmar que o ato sexual não havia sido consentido, o que nunca será possível provar que tenha sido inverídico.

A técnica de ampliar o significado das exceções para os casos de aborto até torná-las tão amplas que na prática possam abranger todos os casos é recomendada pelos principais manuais das fundações internacionais que orientam as ONGs por elas financiadas. Com isto elas pretendem chegar, gradualmente, através de sucessivas regulamentações legais, até a completa legalização do aborto. Vejam bem! As Fundações usam as ONGs para seus fins utilitaristas, da forma mais pragmática. Fazem isso aqui no Brasil: agências da ONU, a Fundação MacArthur, a Fundação Ford, entre outras, fazem ingerência em nosso País, com repasses de recursos, e isso deve ser motivo de se abrir a CPI do Aborto, para ver quem estão sendo beneficiados, quem estão recebendo, para trabalhar contra a população brasileira. Por isso, sr. Presidente, caro deputado e demais presentes, sugerimos que esta Comissão de Direitos Humanos estabeleça um Grupo de Trabalho, ao que nos colocamos a disposição, para toda a documentação existente seja compilada e sistematizada num relatório que possa subsidiar esta Casa de Leis no aprofundamento desta matéria, tendo em vista a esperança de que esta Comissão faça História contribuindo para que as outras iniciativas em defesa da vida, como a PEC pela Vida, o Estatuto do Nascituro, corroborem solenemente o preceito fundamental da inviolabilidade da vida humana, desde a concepção, pois que – como dissemos aqui inicialmente e concluímos – o direito a vida é o primeiro e principal de todos os Direitos Humanos. Muito obrigado. Notas:

http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/vox-populi-82-da-populacao-e-contra-aborto/

http://juliosevero.blogspot.com.br/2008/05/foi-uma-vitria-e-tanto-nunca-vi-isso.html

http://diasimdiatambem.com/2012/04/17/que-se-aguarde-o-amanha-ii/

http://www.youtube.com/watch?v=uDo8xAQGrI8

O pensamento revolucionário de Plinio Salgado (Uma antologia organizada por Augusta Garcia Rocha Doria), p. 62, 2ª edição ampliada, Editora Voz do Oeste, São Paulo, 1988.

Alicja Grzeskowiak, Direito ao Aborto, no Lexicon – termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questõe s éticas, do Pontifício Conselho para a Família, p. 199; Edições CNBB, 2007.

Ib. p. 200.

Ib. p. 201.

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codConteudo=6403&codModuloArea=783&chamada=boletim-1/2012-_-mortalidade-materna-no-%20%20brasil

Ibidem.

Ibidem.

Ibidem.

http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc45845

Papa João Paulo II, Encíclica Evangelium Vitae, 12 (http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_25031995_evangelium-vitae_po.html)

Ibidem.

Ibidem.

Ibidem.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, Aborto na rede Hospitalar Pública – O Estado Financiando o Crime, p. 22, Anápolis, 2007.

Deputado Federal Hélio Bicudo, Direito á Vida, Câmara dos Deputados, Centro de Documentação e informação – Coordenação de Publicações, p. 9, Brasília, 1997.

Michel Schooyans, Controle dos Nascimentos e implosão Demográfica, no Lexicon – termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, do Pontifício Conselho para a Família, p. 149; Edições CNBB, 2007.

Ib. p. 150.

Ibidem.

http://www.youtube.com/watch?v=baJ2C11_t1k

Michel Schooyans, Controle dos Nascimentos e implosão Demográfica, no Lexicon – termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas, do Pontifício Conselho para a Família, p. 151; Edições CNBB, 2007.

Ibidem.

Ib. p. 153.

Ibidem.

Ibidem.

Ibidem.

Ibidem.

Ib. p. 159.

Ib. p. 160.

Jo 10, 10.

http://www.documentosepesquisas.com/financiamento-internacional-do-aborto.pdf /http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling-trans.pdf

http://www.youtube.com/watch?v=4cJZZzWysN4

Fonte: Fratres Unum

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