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Bento XVI: Falam mal do Papa e no entanto seguimos adiante

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Roma, 19 Dez. 11 / 01:58 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Papa Bento XVI respondeu na prisão de Rebibbia em Roma uma série de perguntas dos presidiários. Respondendo à pergunta de um réu que sofre de AIDS sobre a forma em que algumas pessoas se referem a eles, o Santo Padre disse que também há quem fale mal do Papa, porém isso não deve desanimar-nos mas levar-nos a seguir adiante.

A seguir apresentamos uma síntese das perguntas dos reclusos e as respostas do Papa às mesmas apresentadas hoje pelo Vatican Information Service:

Pergunta 1 – situação das prisões italianas

Chamo-me Rocco. Antes de tudo, gostaria de manifestar o nosso e o meu agradecimento pessoal por esta visita que nos é muito apreciada e assume, em um momento tão dramático para os cárceres italianos, um grande conteúdo de solidariedade, humanidade e conforto. Desejo perguntar a Sua Santidade se este seu gesto será compreendido na sua simplicidade, também por nossos políticos e governantes, a fim de que seja restituída aos últimos, incluindo os detentos, a dignidade e a esperança que devem ser reconhecidas a todos os seres viventes. Esperança e dignidade indispensáveis para retomar o caminho rumo a uma vida digna de ser vivida.

Resposta
Obrigado pelas suas palavras. Sinto o seu afeto pelo Santo Padre, e sou comovido por esta amizade que sinto de todos vós. E gostaria de dizer que penso com frequência em vós e rezo sempre por vós, porque sei que estão em uma condição muito difícil que, muitas vezes, ao invés de ajudar a renovar a amizade com Deus e com a humanidade, torna a situação ainda pior, também no íntimo. Venho, sobretudo, para mostrar-vos a minha proximidade pessoal e íntima, na comunhão com Cristo, que vos ama, como disse. Mas certamente esta visita, que desejei ser pessoal a vós, é também um gesto público que lembra aos nossos cidadãos, ao nosso governo, o fato de que há grandes problemas e dificuldades nas prisões italianas. E, certamente, o sentido dessas prisões é precisamente ajudar a justiça, e a justiça implica como primeiro fato a dignidade humana. Portanto, devem ser construídas de tal modo que cresça a dignidade, que seja respeitada a dignidade e vós possais renovar em vós mesmos o sentido de dignidade, a fim de responder melhor a essa vocação íntima. Ouvimos a ministro da Justiça, ouvimos como sente convosco, como sente toda a vossa realidade e, assim, podemos estar confiantes de que nosso governo e os responsáveis farão o possível para melhorar esta situação, para ajudar-vos a encontrar realmente, aqui, uma boa realização de uma justiça que vos ajude a retornar à sociedade com toda a convicção da vossa vocação humana e com todo o respeito que exige a vossa condição humana. Portanto, eu, enquanto posso, gostaria sempre de dar sinais de o quanto é importante que essas prisões respondam ao seu sentido de renovar a dignidade humana e não de atacar essa dignidade, e de melhorar sua condição. E esperamos que o governo tenha a oportunidade e todas as possibilidades de responder a esta vocação. Obrigado.

Pergunta 2 – intercessão pelo sofrimento

Chamo-me Omar. Santo Padre, gostaria de perguntar-lhe um milhão de coisas, que sempre pensei, mas hoje, que posso, torna-se difícil para mim fazer-lhe uma pergunta. Estou emocionado por este evento, pois a sua visita aqui no cárcere é um fato muito forte para nós, detidos cristãos católicos, e, por isso, mais que uma pergunta, prefiro pedir-lhe que leve consigo o nosso sofrimento e o dos nossos familiares, como um cabo elétrico que se comunica com o Senhor Nosso. Amo-te.

Resposta
Também eu te amo, e sou grato por estas palavras, que tocam meu coração. Penso que essa minha visita mostra que eu gostaria de seguir as palavras do Senhor que me tocam sempre, onde diz, como li no meu discurso, no juízo final: " visitastes-me na prisão e era eu que vos esperava". Essa identificação do Senhor com os prisioneiros exige profundamente de nós e eu mesmo devo me perguntar: Agi de acordo com esse imperativo do Senhor? Tive presente essa palavra do Senhor? Essa é uma razão pela qual eu vim, porque sei que o Senhor está esperando por mim em vós, que tendes necessidade desse reconhecimento humano que tendes necessidade dessa presença do Senhor que, no Juízo Final, pergunta-nos exatamente sobre esse ponto e, por isso, espero que sempre mais possa, aqui, ser realizado o verdadeiro propósito dessas penitenciárias, de ajudar a reencontrar a si mesmo, de ajudar e continuar adiante consigo mesmo, na reconciliação consigo mesmo, com os outros, com Deus, para entrar de novo na sociedade e ajudar na progresso da humanidade. O Senhor vos ajudará. Nas minhas orações, estou sempre convosco. Sei que, para mim, é uma obrigação particular rezar por vós, puxá-los, por assim dizer, ao Senhor, no alto, porque o Senhor, através da nossa oração, ajuda a oração, é uma realidade. Exorto também todos a rezar, como um grande cordão, por assim dizer, que vos puxa para o Senhor e nos une entre nós, porque andando rumo ao Senhor somos também ligados entre nós. Estais seguros dessa força da minha oração e convido também os outros a unir-se convosco na oração e, assim, encontrar uma espécie de corda que segue rumo ao Senhor.

Pergunta 3 – retorno à família

Chamo-me Alberto. Santidade, parece-vos justo que, após ter perdido um a um todos os membros da minha família, agora que sou um homem novo, e há um mês papai de uma esplêndida menina de nome Gaia, não me concedam a possibilidade de voltar á casa, apesar de ter amplamente pago a dívida com a sociedade?

Resposta
Antes de tudo, parabéns! Sou feliz porque sois pai, que se considere um homem novo e que tenha uma esplêndida filha: isso é um dom de Deus. Eu, naturalmente, não conheço os detalhes do seu caso, mas espero que o quanto antes possa retornar para a sua família. Vós sabeis que, para a doutrina da Igreja, a família é fundamental, é importante que o pai possa ter a filha em seus braços. E, assim, rezo e espero que o quanto antes possa ter realmente nos braços a sua filha, estar com sua mulher e sua filha para construir uma bela família e, assim, colaborar com o futuro da Itália.

Pergunta 4 – presos são mal-vistos pela sociedade em geral

Santidade, sou Federico, falo em nome das pessoas detidas no G14, que é o setor da enfermaria. O que podem pedir os homens detidos, doentes e soropositivos ao Papa? Ao nosso Papa, já agravado pelo peso de todos os sofrimentos do mundo, pedem que reze por eles? Que lhes perdoe? Que lhes tenha presente no seu grande coração? Sim, é isso que nós queremos pedir, mas, sobretudo, que levasse a nossa voz onde não é ouvida. Estamos ausentes das nossas famílias, mas não na vida, caímos e, nas nossas quedas, fizemos mal aos outros, mas estamos nos levantando.

Pouco se fala de nós, na maioria das vezes de modo tão feroz, como que a querer eliminar-nos da sociedade. Isso faz-nos sentir subumanos. Vós sois o Papa de todos e nós rezamos para que não seja dilacerada a nossa dignidade, juntamente com a liberdade. Para que não seja mais dado assumido que recluso queira dizer excluído para sempre. A sua presença é, para nós, uma honra grandíssima! Os nossos mais queridos votos pelo Santo Natal, a todos.

Resposta
Sim, me haveis dito palavras memoráveis, caímos, mas estamos aqui para reerguer-nos. Isso é importante, essa coragem de levantar-se, de andar adiante com o auxílio do Senhor e com o auxílio de todos os amigos. Vós também dissestes que se fala de modo feroz sobre vós, infelizmente é verdade, mas gostaria de dizer não somente isso, há também outros que falam bem de vós e pensam em vós. Penso na minha pequena família papal – sou circundado por quatro consagradas leigas – e falamos frequentemente sobre esse problema, pois elas têm amigos em diversos cárceres. Recebemos também presentes deles e retribuímos esses dons. Portanto, essa realidade está presente de modo muito positivo na minha família e, penso, em tantas outras. Devemos suportar que alguns falem de modo feroz, falam de modo feroz também contra o Papa e ainda assim seguimos em frente. Parece-me importante encorajar a todos a pensar bem, que tenham o sentido dos vossos sofrimentos, tenham a sensação de ajudar no processo de reerguimento e eu farei a minha parte para convidar a todos a pensar de modo justo, não depreciativo, mas humano, pensando que qualquer um pode cair, mas Deus quer que todos cheguem a Ele. Devemos cooperar com o espírito de fraternidade e de reconhecimento também da própria fragilidade, para que possais realmente vos levantar e seguirdes em frente com dignidade e encontreis sempre respeitada a vossa dignidade, para que cresça e possam, assim, também encontrar a alegria na vida, porque a vida nos é dada pelo Senhor e com a sua ideia. E, se reconhecemos essa ideia do Deus que está conosco, também os passos obscuros têm o seu sentido, para dar-nos mais conhecimento sobre nós mesmos, para ajudar e tornarmo-nos mais nós mesmos, mais filhos de Deus e, assim e realmente, sermos felizes por sermos homens, porque criados por Deus também em diversas condições difíceis. O Senhor vos ajudará e nós estamos próximos a vós.

Pergunta 5 – absolvição dos pecados

Chamo-me Gianni, da Seção G8. Santidade, foi-me ensinado que o Senhor vê e lê o nosso interior. Pergunto-me porque a absolvição foi delegada aos padres? Se eu a pedisse de joelhos, sozinho, dentro de um quarto, dirigindo-me ao Senhor, me absolveria? Ou seria uma absolvição com um valor diferente? Qual seria a diferença?

Resposta
Sim: é uma grande e verdadeira questão aquela que me coloca. Eu diria duas coisas. A primeira: naturalmente, se vos coloca de joelhos e com verdadeiro amor a Deus reza para que Ele vos perdoe, Ele perdoa. Sempre foi Doutrina da Igreja que, se alguém, com verdadeiro arrependimento, isto é, não somente para evitar as penas e dificuldades, mas por amor ao bem, por amor a Deus, pede perdão, recebe o perdão de Deus. Essa é a primeira parte. Se eu realmente reconheço que fiz o mal e se, em mim, é reavivado o amor pelo bem, a vontade do bem, o arrependimento de não ter respondido a esse amor, e peço a Deus, que é o Bem, o perdão, Ele o dá. Mas há um segundo elemento: o pecado não é somente algo "pessoal", individual, entre mim e Deus; o pecado tem sempre também uma dimensão social, horizontal. Com o meu pecado pessoal, no entanto, ainda que ninguém saiba sobre ele, danifiquei também a comunhão com a Igreja, suja a comunhão com a Igreja, suja a humanidade. E, por isso, essa dimensão social, horizontal do pecado, exige que seja absolvido também no nível da comunidade humana, da comunidade da Igreja, quase corporalmente. Então, essa segunda dimensão do pecado, que não é somente contra Deus, mas concerne também a comunidade, exige o sacramento, que é o grande dom em que posso, na confissão, libertar-me disso e posso realmente receber o perdão no sentido também de uma plena readmissão na comunidade da Igreja viva, do Corpo de Cristo. E assim, nesse sentido, a absolvição requerida da parte do sacerdote, o sacramento, não é uma imposição que limita a bondade de Deus, mas, ao contrário, é uma expressão da bondade de Deus, porque me demonstra que também concretamente, na comunhão da Igreja, recebi o perdão e posso recomeçar de novo. Portanto, diria que é preciso manter presentes estas duas dimensões: a vertical, com Deus, e a horizontal, com a comunidade da Igreja e da humanidade. A absolvição do padre, a absolvição sacramental é necessária para, realmente, resolver-me, absolve-me desta prisão do mal e reintegrar-me na vontade de Deus, na óptica de Deus, completamente na sua Igreja, e dar-me a certeza, também quase corpórea, sacramental: Deus me perdoa, recebe-me na comunidade dos seus filhos. Penso que devemos aprender a compreender o sacramento da penitência neste sentido: a possibilidade de encontrar, quase corporalmente, a bondade do Senhor, a certeza da reconciliação.

Pergunta 6 – oração dos pobres

Santidade, chamo-me Nwaihim, seção G11. Santo Padre, no mês passado, esteve em visita pastoral à África, na pequena nação do Benin, uma das nações mais pobres do mundo. Vi a fé e a paixão desses homens por Jesus Cristo. Já vi pessoas sofrerem por causas diversas: racismo, fome, trabalho infantil... Pergunto-vos: eles colocam a esperança e a fé em Deus e morrem em meio à pobreza e violência. Por que Deus não lhes escuta? Será que Deus escuta somente aos ricos e poderosos que, ao contrário, não tem fé? Obrigado, Santo Padre.

Resposta
Deixe-me começar por dizer que fiquei muito feliz em vossa terra; a recepção por parte dos africanos foi muito calorosa, senti essa cordialidade humana que, na Europa, é um pouco obscurecida porque temos tantas outras coisas sobre nosso coração que tornam um pouco mais duro também o coração. Foi uma cordialidade exuberante, por assim dizer; senti também a alegria de viver, e essa foi uma das impressões belas para mim, que, apesar de toda a pobreza e todos os grandes sofrimentos que também vi – cumprimentei leprosos, vítimas da Aids, etc –, há uma alegria de viver uma alegria de ser uma criatura humana, porque há uma consciência original de que Deus é bom e me ama e o homem é ser amado por Deus. Portanto, essa foi para mim, digamos, a impressão preponderante, forte; ver em um país que sofre alegria, mais do que nos países ricos. E isso também me faz pensar que, nos países ricos, a alegria está muitas vezes ausente, estamos todos totalmente ocupados com muitos problemas: como fazer isso, como conservar isso, comprar de novo... E com a massa das coisas que temos, somos cada vez mais afastados de nós mesmos e desta experiência original de que Deus existe e é próximo a mim; e, por isso, diria que ter grande propriedade e ter poder não torna necessariamente alguém feliz, não é o maior presente. Também podem ser, digamos, algo ruim, que me impede de viver verdadeiramente. As medidas de Deus, os critérios de Deus, são diferentes dos nossos, Deus dá também a esses pobres alegria, o reconhecimento da sua presença, faz sentir que é próximo também no sofrimento, dificuldades, e, naturalmente, chama-nos a todos para que façamos todo o possível para sair dessas escuridão das doenças, da pobreza. É tarefa nossa e assim, ao fazer isso, também nós podemos nos tornar mais alegres. Portanto, as duas partes devem completar-se, nós devemos também ajudar para que também a África, esses países pobres, possam encontrar a superação desses problemas, da pobreza, ajudá-los a viver, e que eles possam ajudar-nos a compreender que as coisas materiais não são a última palavra. E devemos rezar a Deus: mostra-nos, ajuda-nos, para que haja justiça, para que todos possam viver na alegria de ser teus filhos!

Terminadas as perguntas um presidiário leu uma prece que tinha composto, chamada "Oração atrás das grades", na qual pedia a Deus que "encurte as noites de insônia" e dizia: "Recorda-te, Pai, daqueles que estão fora daqui e que ainda me querem bem, para que, pensando neles, recorde-me que somente o amor dá vida, enquanto o ódio destrói e o rancor transforma em inferno as longas e intermináveis jornadas. Recorda-te de mim, ó Deus. Amém!

Depois o Papa rezou junto com os presidiários o Pai Nosso e ao sair da igreja abençoou um cipreste plantado no pátio como lembrança de sua visita

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Obama ordena a promoção da agenda gay em outros países

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WASHINGTON DC, 19 Dez. 11 / 09:32 am (ACI/EWTN Noticias)
 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou a todos os organismos governamentais, incluindo os de cooperação e ajuda, que promovam no resto de países os supostos "direitos" homossexuais, como centro da política externa.

"Neste memorando estou instruindo a todos os organismos no exterior para que assegurem que a diplomacia americana e a ajuda externa promova e proteja os direitos humanos das pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transexuais", disse o mandatário americano neste 6 de dezembro.

Obama também ordenou que as agências de ajuda exterior e desenvolvimento comprometam os governos e grupos da sociedade civil no exterior a "fomentar o respeito aos direitos humanos dos

homossexuais".

Previamente, a secretária de Estado Hillary Clinton anunciou em Genebra (Suíça), que seu Governo atribuiu três milhões de dólares para lançar um Fundo Mundial para a Igualdade, que apóie os grupos de "lésbicas, gays, bissexuais e transexuais em todo mundo"

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Espanha: beatificados 23 mártires da guerra civil

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Assassinados em 1936, "vítimas do ódio pela fé"


MADRI, segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) - Durante missa solene celebrada na catedral de Santa María La Real de La Almudena, no coração de Madri, foram anunciados ontem 23 novos beatos, todos mártires mortos pela milícia durante a Guerra Civil (1936-1939) "como vítimas do ódio pela fé". O ato foi presidido pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, que representou o papa Bento XVI.

As 23 vítimas do ódio anticlerical e antirreligioso foram Francisco Esteban Lacalendola e outros 21 membros da congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, além de um leigo, Cándido Castán San José, pai de família. A cerimônia contou com a presença do superior geral dos Oblatos, membros da congregação, o arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouco Varela, e bispos de vários países, entre os quais Espanha, Paraguai e Estados Unidos. Neste ano, justamente, celebra-se o 150º aniversário da morte do fundador da congregação, Charles-Joseph-Eugene de Mazenod (1782-1861), canonizado por João Paulo II em 3 de dezembro de 1995.
As raízes da perseguição de 1936 vêm da primeira metade do anos 1800. Em 1836, o então presidente do governo espanhol, Juan de Dios Alvarez Mendizábal, proclamou os decretos de desamortización, que confiscavam todos os imóveis considerados "improdutivos",inclusive propriedades da Igreja.

Depois da queda da monarquia espanhola, em 1931, e da vitória da Frente Popular nas eleições de 1936, o anticlericalismo virou perseguição aberta contra os membros da Igreja, com prisões e execuções sumárias do clero, de religiosos e de fiéis. Os eventos obrigaram o papa Pio XI (1857-1939) a usar em setembro do mesmo ano a palavra "martírio" num discurso a um grupo de refugiados espanhóis.

Particularmente mal visto pela Frente Popular era o trabalho pastoral dos Missionários Oblatos. Após ameaças feitas em 1931 e 1934 contra a congregação, as pressões contra os frades culminaram em 22 de julho de 1936 num ataque de uma milícia armada contra a casa dos Oblatos em Pozuelo de Alarcón, a oeste de Madri, que acabou com a prisão de 38 pessoas. Oito delas, sendo sete frades e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Católicos, Cándido Castán San José, foram baleadas em um parque na madrugada de 24 de julho, sem qualquer explicação nem julgamento.

Os outros foram libertados em 25 de julho, mas presos novamente em outubro e levados para o Cárcere Modelo, de Madri, onde sofreram graves maus-tratos. Dois frades foram mortos em 7 de novembro e treze outros em 28 do mesmo mês, em Paracuellos de Jarama, a nordeste da capital. Durante a execução, conforme depoimentos coletados pelo Postulador Geral da Causa de Beatificação, Pe. Joaquín Martínez Vega, OMI, ouviram-se palavras de perdão e a exclamação "Viva Cristo Rei!".

Seu martírio (da palavra grega "testemunho"), compromisso missionário e perseverança na fé "usque ad sanguinem" foram oficialmente reconhecidos pela Igreja num decreto assinado pelo Santo Padre em 2 de abril deste ano.

O cardeal Amato ressaltou: "Eles não tinha feito nada de errado. Seu desejo era só fazer o bem a todos e anunciar o Evangelho de Jesus, que é uma boa notícia de paz, de alegria e fraternidade" (Rádio Vaticano, 17 de dezembro).

Durante a celebração, o cardeal recordou também que "os mártires de todos os tempos são testemunhas preciosas da boa existência humana, que responde à brutalidade dos perseguidores e dos carrascos com a delicadeza e a coragem dos homens fortes. Sem armas e com o poder irresistível da fé em Deus, eles venceram o mal, deixando para todos nós uma herança preciosa de bem". "Os carrascos são esquecidos, mas suas vítimas inocentes são lembradas e celebradas".
Seu testemunho de fé nos deixa uma lição valiosa. "A história, infelizmente, mostra que quando o homem arranca da consciência os mandamentos de Deus, ele também rasga do coração as fibras do bem, chegando a cometer atos monstruosos. Perdendo Deus, o homem perde a sua humanidade", disse o cardeal, cujas palavras ecoam as de Bento XVI, ditas na semana passada.
O papa tinha afirmado na última quinta-feira, durante as Vésperas com universitários na Basílica do Vaticano: "Quantas vezes os homens tentaram construir o mundo sozinhos, sem ou contra Deus! O resultado é marcado pela tragédia das ideologias, que, no fim, se mostraram contra o homem e contra a sua profunda dignidade".

O pontífice saudou com alegria a beatificação dos mártires espanhóis no final do ângelus deste domingo: "A alegria pela sua beatificação se une à esperança de que o seu sacrifício ainda dê muitos frutos de conversão e de reconciliação".

Com dados do SeDoc - Serviço de Documentação da Rádio Vaticano

 

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Repercute (ainda mais!) tendenciosa matéria da Rede Record sobre JMJ. Inaceitável!

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ACI

A rede Record, pertencente ao líder da Igreja Universal Edir Macedo, protagonista de escândalos de corrupção que o levaram à prisão e ativo promotor do aborto, criticou o pedido da deputada católica Myriam Rios de um financiamento de 5 milhões de Reais para a JMJ 2013 alegando que o evento será um transtorno para a cidade do Rio de Janeiro, que o estado laico não deveria contribuir a eventos religiosos e que esta verba deveria ser usada para outras necessidades da cidade. Católicos brasileiros repudiaram os argumentos da matéria da Record.

 

O site da Renovação Carismática (RCC) de São Paulo critica a manchete usada pelo Jornal da Record: “Dinheiro para promover evento católico sairá do bolso do carioca”. A notícia lançada no dia 9 de dezembro afirmava que o evento que “trará o Papa Bento XVI ao Rio de Janeiro, provoca polêmica e já arranca críticas da população”.


“Os cariocas já reclamam do possível caos que toda essa movimentação deverá trazer a cidade. Mas o que chama mais a atenção dos cariocas é que a Jornada Mundial da Juventude poderá ser financiada com dinheiro público, recursos que poderiam ser destinados a hospitais, escolas e outros benefícios”, afirma a nota da Record.

 

O argumento é rebatido pelo site católico humanitatis que afirma: “Não é difícil ver que a reportagem quer denegrir o evento católico e tem um caráter ideológico muito forte, o que já denuncia a fraqueza na argumentação contra a emenda da deputada. Por exemplo, afirmar que a chegada de peregrinos vai piorar o trânsito da cidade, que a visita de jovens vai aumentar a sensação de insegurança, que a excessiva estadia de turistas dificultará o atendimento em hospitais e postos de saúde é uma piada!”

 

“Com ou sem peregrinos visitando o Rio de Janeiro, os serviços básicos de saúde, transporte e segurança já estão no limite do ridículo”, assevera a nota do humanitatis.

 

“Além do mais, o Rock in Rio, a Rio 92, o Carnaval e, futuramente, a Rio + 20 também trazem um volume enorme de turistas e visitantes à cidade, mas não existe a mesma repulsa da mídia por estes eventos”, recalca o site católico.

 

Outra acusação é a de que o dinheiro gasto na JMJ deveria ser revertido para benefícios básicos, de que a população do Rio de Janeiro está carente. A reportagem dá um tom catastrófico ao assunto, induzindo o leitor desatento a imaginar alguma falha de caráter da deputada Myrian Rios.

 

Porém, “uma leitura mais cuidadosa faz ruir essa insinuação”, afirma humanitatis.

 

“De fato, a deputada pede aos parlamentares a reorientação da verba do estado para apoiar a organização de um evento que é mundial, com um Chefe de Estado. Jovens do mundo todo virão ao país e ao estado para essa jornada e esse aporte parece ser necessário para uma boa preparação. Por isso, a deputada sugeriu a emenda, que é absolutamente legal, e visa direcionar uma verba que não pode ir para pagamento de médicos, nem de policiais, nem de guardas de trânsito”.

 

“Além disso, a última JMJ rendeu aos cofres de Madrid não 5 milhões de reais, mas 354 milhões de euros, algo superior a 1,5 bilhão de reais. Diante dessas cifras, não parece que os 5 milhões solicitados pela deputada deixam de ser “gasto” e passam a ser “investimento”?, questiona Robson Oliveira do site Humanitatis.

Outra crítica ao evento é o comentário do deputado estadual Édino Fonseca, que “é contra a utilização do dinheiro do contribuinte para a promoção de um evento católico, advertindo que o Estado é laico”.

 

Rebatendo o argumento de que a laicidade do Estado o impede de contribuir com eventos como a JMJ, Oliveira afirma que este ponto “é o mais vergonhoso da argumentação” da matéria da Record.

 

Quem escreveu a matéria quis vender a ideia de que o estado laico é aquele que não subsidia a religiosidade de seus cidadãos. Ora, mas uma das funções do estado é subsidiar ações que facilitem a vida dos seus membros. Negar essa função é renegar um caráter próprio do estado. Uma visão mais perfeita de laicidade revela que estado laico é o estado que não obriga seus cidadãos a seguir uma religião específica”.

 

O site da RCC de São Paulo também critica a matéria esclarecendo que “o que mais nos chama a atenção é esse ataque da Rede Record contra esse evento. Quando se trata de um assunto como Copa do Mundo ou Olimpíadas Mundiais percebemos um apoio enorme”.

 

A RCC –SP lamenta que milhões e milhões estão sendo investidos nestes dois eventos, mas quando se trata de um evento religioso, ainda mais católico, a história seja diferente.

 

“Não há nada de imoral ou ilegal na emenda da deputada Myrian Rios. Pelo contrário, os que a atacam fazem-no por espírito revanchista e/ou pisoteando a Constituição Federativa do Brasil. Seus argumentos são fracos, contraditórios ou simplesmente inexistentes”.

 

“Muitas críticas sobre a JMJ ainda virão, mas que pelo menos analisem melhor seus dados e refaçam toda a cadeia argumentativa. Tal qual foi apresentada no telejornal citado, fica difícil acreditar no(a) escritor(a)”, conclui a nota de Robson Oliveira no Humanitatis.net.

 

Fontes da Organização da JMJ afirmaram a ACI Digital que ainda não têm uma posição oficial sobre as críticas, porém informaram a ACI Digital que os jovens estão se manifestando significativamente nas Redes Sociais em apoio ao evento negando que este será um transtorno para o Rio.

Proteste pelo Twitter, hoje, 14 horas Twitaço

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Primeiro aplicativo católico brasileiro voltado para a Jornada Mundial da Juventude

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 Sex, 16 de Dezembro de 2011 por: CNBB/ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS

  ijuventude2O iJuventude é um aplicativo para smartphone produzido pela Arquidiocese de Campinas com o objetivo de levar à juventude católica do Brasil e dos países de língua portuguesa todas as informações sobre a Jornada Mundial da Juventude, além de contribuir com a espiritualidade dos jovens. Ele é o primeiro aplicativo católico brasileiro voltado para a Jornada Mundial da Juventude.
 
O iJuventude foi pensado especialmente para o jovem católico e o tempo de graça que a Igreja no Brasil está vivendo em preparação para a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro.

Pelo Aplicativo é possível conhecer a história das JMJ's, a trajetória da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora e os hinos oficiais (incluindo o MP3 para ouvir!). Tenha “na palma da mão” os Encontros Celebrativos, já disponibilizados pela CNBB, em preparação à JMJ 2013; as mensagens de Bento XVI; e, um acervo de conteúdo especial sobre Espiritualidade para o jovem: Orações, Santa Missa, Confissão e o Santo Rosário.

Por meio do iJuventude é possível ter acesso às últimas novidades dos principais sites sobre a JMJ e temas relacionados a Juventude no Brasil e no mundo. E no canal Multimídia você tem acesso a Rádio Canção Nova ao vivo, galeria de fotos, Youtube, Facebook, Twitter e poderá, ainda, indicar o Aplicativo pelas redes sociais para seus amigos.

E claro, a Cristoteca, uma biblioteca com mais de 70 músicas dos principais cantores e bandas católicos. O aplicativo ainda oferece a opção de navegar pelo conteúdo enquanto você ouve as músicas.

Os músicos católicos presentes no iJuventude são: The Flanders, André Leonno, Marco Frisina, Diego Fernandes, Cantores de Deus, Louvor Acústico, Tribo Maranata, Olívia Ferreira, Celina Borges, Anjos de Resgate, Padre Fábio de Melo, Rosa de Saron, Padre Marcelo Rossi, Padre Joãozinho, Eros Biondini, Adriana Arydes, DOM, Dominus, Dunga, Eliana Ribeiro, Padre Juarez de Castro, Papa Beato João Paulo II, Papa Bento XVI, Shalom, Nilton Junior, Nova Geração, Vida Reluz, Sopro Vital, Kyrios Dei e Cleiton Saraiva.

Produzido pelo JMJCampinas – Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Campinas - SP
Desenvolvido pela empresa Minha paróquia – Sérgio (11)3213.9872
Padre Rodrigo Catini Flaibam - Assessor de Imprensa – (19) 8867.4277
Fabiano Fachini - Jornalista responsável – (19) 8174.8873

Hot site iJuventude - http://www.jmjcampinas.org.br/app/
Página no Facebook - http://www.facebook.com/iJuventude
Twitter @ijuventude - http://twitter.com/#!/iJuventude

Plataformas: iPhone, iPod touch, iPad e Android
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Cientistas italianos confirmam autenticidade do Santo Sudário.

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Cientistas italianos fizeram uma série de experimentos avançados que confirmaram que as marcas encontradas no Sudário de Turim ou Santo Sudário, presumivelmente deixado pelo corpo de Cristo, não podem ter sido forjadas com a tecnologia que estava disponível naquele tempo, informou o  ”The Telegraph” da Inglaterra.

A pesquisa chegou como um presente de Natal para os crentes do sudário. Entretanto, um outro grupo têm sustentado que o sudário é uma falsificação medieval, e testes de radiocarbono realizadas por laboratórios em Oxford, Zurique e Arizona, em 1988, apontaram que ele teria sido feito entre os anos 1260-1390.

No entanto, estes testes foram por sua vez, contestados, com a alegação de que eles foram influenciados pela contaminação das fibras do tecido usado para reparar a relíquia quando foi danificado por um incêndio na Idade Média.

A imagem dupla (frente e verso) de um homem açoitado e crucificado, pouco visível na pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas …é impossível de obter em um laboratório “, afirmaram os  especialistas da Agência Nacional de Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Econômico Sustentável Italiano (ENEA).

“Os cientistas identificaram os processos físicos e químicos capazes de gerar uma cor semelhante à imagem do Sudário. Eles concluíram que o tom exato, textura e profundidade das pegadas no tecido pode ser produzido apenas com a ajuda de laser ultravioleta, uma tecnologia que não estava claramente disponíveis nos tempos medievais” afirma em nota a agencia.

O Professor Paolo Di Lazzaro, líder da equipe, disse: “Esperamos que nossos achados podem abrir um debate filosófico e teológico, mas vamos deixar as conclusões dos peritos, e, finalmente, à consciência dos indivíduos.”
A conclusão é que as marcas não foram feitas com tintas, pigmentos ou corantes e a imagem não era “o produto de um artista”, mas ao mesmo tempo não poderia ser explicado pela ciência moderna.

“Não há substância química conhecida ou métodos físicos que podem ser responsáveis por toda a imagem, ou qualquer combinação de condições físicas, químicas, biológicas ou médicas para explicar a imagem certa.”

FONTE: Noticias Cristiana

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2013 será ano da Infância e Adolescência Missionária

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Da Redação, com CNBB


CNBB
A coordenação nacional do Infância e Adolescência Missionária (IAM) esteve reunida em Brasília entre os das 8 e 11 de dezembro
Em comemoração aos 170 anos de fundação da Infância e Adolescência Missionária (IAM), o ano de 2013 será dedicado a esta missão no Brasil.

O anúncio foi feito pelo secretário nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre André Luiz de Negreiros, durante a 16ª Assembleia de Coordenadores Estaduais da IAM. O encontro aconteceu entre os dias 8 e 11 de dezembro, na sede da POM, em Brasília.

Para a comemoração da data será elaborado um livreto, uma logomarca e um DVD com experiências e resgate histórico da Infância e Adolescência Missionária em material acessível às crianças, entre outros.

“Tudo isso será olhado com carinho e, a partir do ano que vem, já será colocado em prática em minhas visitas aos estados”, garantiu padre André.

O coordenador da IAM no estado do Espírito Santo, Francisco Malacarni, salienta que a IAM, a partir de agora, tem muito trabalho pela frente para fazer o evento ganhar destaque na Igreja no Brasil, em 2013.

“Será uma data histórica que vai exigir de nós muito trabalho para conseguir colocá-lo em evidência na Igreja. São 170 anos e por isso precisamos reavivar, nesse período, as atitudes desenvolvidas pelo fundador da Infância: dom Carlos Forbin Janson, como metodologia de trabalho, história, e muitos outros pontos para que possamos dar um novo vigor à Obra. Fazendo isso, vamos fazer surgir, através da IAM, os novos profetas da Igreja”, destaca Malacarni.

Já o coordenador da IAM do Rio Grande do Norte, Rafael Cosme Tavares, lembrou os 15 anos da Obra em seu estado, comemorados recentemente e disse que os 170 da Infância em todo o mundo têm tudo para ser um evento inesquecível no Brasil.

 “Vai ser um grande destaque. Vivenciamos agora os 15 anos de missão através da IAM no interior do nosso estado. Ora, se apenas numa pequena cidade do Nordeste nós fizemos grande movimentação na cidade, como inaugurar uma Igreja em nome de São Francisco Xavier, uma estátua para Santa Terezinha em praça pública, tudo em nome da IAM, imagine como poderá ser celebrar os 170 anos da Obra no Brasil e no mundo? Deverá ser uma celebração para ficar na história”, afirma  Tavares.

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