Escócia: Igreja se manifesta sobre ” casamento gay” em carta lida em todas as paróquias do pais.

 

Terra

Uma carta que crítica duramente os planos do governo da Escócia para legalizar os casamentos homossexuais foi lida neste domingo em 500 igrejas católicas do país.

A Igreja Católica, que se opôs à legalização do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo que o governo nacionalista escocês pretende aprovar este ano, encorajou seus fiéis a “rebelar-se” contra o que considera uma “redefinição do casamento”.

A carta fala da “profunda decepção” com os planos do governo e pede aos políticos que “apoiem o casamento em vez de destruí-lo”.

O cardeal O”Brian, máxima autoridade da Igreja Católica na Escócia, que descreveu recentemente o casamento gay como “uma subversão grotesca de um direito humano universalmente aceito”, disse hoje que com esta carta se pretende convencer os políticos que “redefinir o casamento seria um erro”.

No texto se sustenta que “o ensinamento da Igreja sobre o casamento é inequívoco e único, a união de um homem e uma mulher, e por isso é um erro que os governos, políticos e Parlamentos busquem destruir ou alterar essa realidade”.

O governo escocês deve aprovar neste ano uma lei que permitirá a partir de 2015 os casamentos civis entre homossexuais.

Os casais do mesmo sexo podem optar atualmente na Escócia pelas uniões civis que oferecem o mesmo tratamento legal que o casamento em termos de heranças, pensões, seguros de vida, manutenção das crianças, direitos de próximos e de imigração.

Na França..

O jornalista francês Patrick Kéchichian, no jornal francês “Le Monde”, qualificou de “escândalo inexistente” os ataques contra a Igreja lançados após o pedido dos Bispos da França por ocasião da festa da Assunção da Virgem Maria. Na ocasião os bispos franceses pediram a Deus que as crianças e jovens deixem “de ser objeto dos desejos e dos conflitos dos adultos para gozar plenamente do amor de um pai e de uma mãe”. O pedido foi lido em todas as paróquias do país no dia 15 de agosto e logo foi alvo de críticas por parte de um lobby que se mostrou ofendido.

Em um texto transcrito pelo jornal vaticano L’Osservatore Romano, no dia 19 último, Kéchichian, lamentou “a desproporção óbvia entre a delicadeza do texto e as acusações violentas que suscitou”. “Esta prece não ataca, nem julga ninguém”, disse.

“Esta foi a frase escandalosa, que fez clamar as almas virtuosas seguras do seu bom julgamento: ‘Pelas crianças e pelos jovens, que todos os ajudem a descobrir seu próprio caminho para alcançar a felicidade; que deixem de ser objeto dos desejos e dos conflitos dos adultos para gozar plenamente do amor de um pai e de uma mãe’”.

Kéchichian questionou, não por acaso, como “não é evidente que o que se defende não está acompanhado de nenhuma condenação das pessoas e dos grupos que não compartilham a mesma visão da humanidade e de suas leis?”. “Se estes grupos e estas pessoas não deixam de expressar suas opiniões, por que então a Igreja deveria deixar de expressar seu pensamento sobre um tema que está no primeiro lugar entre suas preocupações?”.

Para o jornalista francês, quem criticou os representantes da Igreja na França pela oração “confundem laicidade com anticlericalismo militante”.
(JSG)

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