Família católica é ameaçada de morte por tentar evitar demolição de capela no Paquistão.

 

 

Mais de 10 cartas ordenam Agustine George, um professor católico residente em Lahore, Paquistão, a se converter ao Islã ou ser assassinado. Isto, após ele ter tentado salvar da demolição o Gosh-E-Aman, centro católico que continha uma capela. “Nos mostraram nas notícias tirando bíblias profanadas e páginas religiosas dentre os escombros (…) Não estou seguro por quanto tempo mais poderemos nos esconder” manifestou o professor com preocupação.

O centro, cujo nome parodoxalmente traduz “Lugar de paz”, era administrado pela Cáritas do Paquistão e funcionava como um local de abrigo para George e sua família, que ajudavam a manter o lugar. Quando os católicos foram expulsos do estabelecimento e foi ordenada a demolição, a família se opôs. “Estivemos à frente dos protestos e saímos nos jornais. As pessoas nos reconheceram”, afirmou o professor.

“Tratei de visitar o terreno onde ficava o instituto, para resgatar algumas coisas entre os escombros, mas os clérigos da madrassa (seminário islâmico) não permitiram”, continuou George, que há alguns meses já havia sido atacado por um grupo de jovens.

“As vidas de você e de sua família e dependem agora de que faça parte do círculo do Islã conosco”, diz uma das cartas. “Poderíamos havê-lo matado… mas o deixamos viver por seus filhos. Agora esperamos que se una a nós em Jihad. Ou de outra forma a morte lhe espera”, destaca outra.

Ao tomar conhecimento das denúncias da família, o diretor da Comissão Nacional de Justiça e Paz, da Conferência dos Bispos Católicos do Paquistão, Padre Emmanuel Yousaf Mani, declarou sua preocupação e anunciou que a Igreja tomará ações para protege-los. O bispo auxiliar de Lahore, Dom Sebastian Francis Shah, por exemplo, já se dispôs a hospedar a família em um lugar vigiado. (/BD)

Com informações da UCA News.

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