Coração de Sião

Coração de Sião - Janeiro de 2014

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PLANEJAR O TEMPO!

Ao final de cada ano, a grande maioria das pessoas faz o seu planejamento para o Novo Ano!

Planejamentos, propostas a serem realizadas durante o próximo ano. Será que ao pensarmos o que iremos realizar no novo ano, observamos as reais prioridades?

Hoje mais do que nunca, é preciso planejar bem: em favor da humanidade, da família e dos menos favorecidos. É preciso pensar o que fazer; a luz da fé, usando a razão, pois “a fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade”. (carta encíclica – introdução Fides et Ratio – de João Paulo II).

Antes de qualquer “fazer”, é necessário lembrar que precisamos ser: coerentes, justos, responsáveis, comprometidos com a verdade e com o respeito por cada pessoa e suas realidades.

O mundo atual passa por um desajuste, ou melhor, por um desequilíbrio.

Na verdade, os desequilíbrios de que sofre o mundo atual estão ligados com aquele desequilíbrio fundamental que se radica no coração do homem. Porque no íntimo do próprio homem muitos elementos se combatem. Enquanto, por uma parte, ele se experimenta, como criatura que é, multiplamente limitado, por outra sente-se ilimitado nos seus desejos, e chamado a uma vida superior. Atraído por muitas solicitações, vê-se obrigado a escolher entre elas e a renunciar a algumas. Mais ainda, fraco e pecador, faz muitas vezes aquilo que não quer e não realiza o que desejaria fazer. Sofre assim em si mesmo a divisão, da qual tantas e tão grandes discórdias se originam para a sociedade. Muitos, sem dúvida, que levam uma vida impregnada de materialismo prático, não podem ter uma clara percepção desta situação dramática; ou, oprimidos pela miséria, não lhe podem prestar atenção. Outros pensam encontrar a paz nas diversas interpretações da realidade que lhes são propostas. Alguns só do esforço humano esperam a verdadeira e plena libertação do gênero humano, e estão convencidos que o futuro império do homem sobre a terra satisfará todas as aspirações do seu coração. E não faltam os que, desesperando de poder encontrar um sentido para a vida, louvam a coragem daqueles que, julgando a existência humana vazia de qualquer significado, se esforçam por lhe conferir, por si mesmos, todo o seu valor”. (cf. nº 10 Guadium et Spes)

Assim sendo, se conscientes de tudo o que está a nossa volta, para que o planejarmento do nosso tempo e do nosso fazer seja eficaz, torna-se necessário a escuta da Palavra de Deus que nos leva em primeiro lugar a prezar a exigência de viver segundo esta lei ‘escrita no coração’” (cf. Rm 2, 15; 7, 23).  Depois, Jesus Cristo dá aos homens a Lei nova, a Lei do Evangelho, que assume e realiza de modo sublime a lei natural, libertando-nos da lei do pecado, por causa do qual, como diz São Paulo, “querer o bem está ao meu alcance, mas realizá-lo não” (Rm 7, 18), e dá aos homens, por meio da graça, a participação na vida divina e a capacidade de superar o egoísmo.

Então, para começar e viver bem 2014 devemos ter conhecimento de que, “todo o ser humano que atinge a consciência e a responsabilidade experimenta um chamamento interior para realizar o bem e, consequentemente, evitar o mal”. (cf. Verbum Domini 9)

 


INTENÇÕES DO MÊS

Peçamos que Senhor nos ajude, neste tempo a sermos testemunhos de conversão.

Diante dos desajustes e desequilíbrios do mundo, da sociedade... da humanidade, temos todos muitas intenções em nossos corações, mas o que pedir. “Não obtendes porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes com vossas paixões”. (cf. Tg 4, 2-3)

Ouvi alguém falar que não agrada a Deus as súplicas em favor particular, ou seja, eu preciso disto ou daquilo. Portanto, as intenções que alcançam o coração de Deus, são as que fazemos em favor daqueles muitos que hoje sofrem e precisam da intervenção divina.   

Diante disso, peçamos por todos os planejamentos e projetos em favor daqueles que mais sofrem, seja nos hospitais, nos presídios, nas periferias, inclusive aqueles que estão a nossa volta, pois muitas das vezes, são estes os que mais sofrem e precisam das nossas orações.  

Jesus manso e humilde de Coração fazei o meu coração semelhante ao Vosso!


REZEMOS

Aquele que, em virtude do poder que atua em nós, é capaz de fazer que superabundemos para além do que pedimos ou pensamos, a Ele seja dada a glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todos os séculos dos séculos. Amém” (Ef. 3, 20-21).

Senhor, vós sois a fonte de amor e de paz!  Tem paz em si quem permanece no vosso amor e se deixa guiar por vossa palavra.  Neste mundo, muita gente perdeu a paz e vive, hoje, de roubar a paz dos outros.  A guerra é tramada, arquitetada em nome de interesses econômicos, políticos e religiosos.  A paz é agredida, como uma criança indefesa... Não pode haver amor e paz nos corações que se esquecem de vós.  Não pode existir paz onde reina a injustiça.  O mundo está morrendo, carente e faminto do pão da paz.  Tende piedade dos que são vítimas da falta de paz, da violência e das injustiças.

Enviai sobre nós um sopro novo do Seu Espírito e que atinja todos líderes políticos e religiosos, das instituições, de todos os povos e de todas as raças, de todas as famílias e de cada pessoa. Amém!

 

 

 

 

 

 

 

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Coração de Sião - Dezembro de 2013

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É TEMPO DE RECOMEÇAR!

Chegamos ao final de mais um ano. E novamente somos chamados a recomeçar.

O Senhor, vem ao nosso encontro, simples, humilde.

O mês de dezembro, deste ano nos trouxe o tempo do Advento. Com o Advento iniciamos mais um ano litúrgico e retomamos a nossa caminhada, pois este tempo anuncia a vinda, chegada, aparecimento, começo. Tempo de quatro semanas que antecedem ao natal (nascimento de Jesus, o Messias), a Igreja quer que revivamos a longa espera do povo de Israel pelo messias, ela se prepara para o encontro com o cristo no mistério do culto, recordando o nascimento histórico. Este encontro com o Cristo no mistério do natal, por sua vez, constitui um degrau para o grande encontro com Ele na glória.

O advento apresenta sempre a tríplice vinda de Cristo: Cristo veio, Cristo vem, Cristo virá. Realidade, celebrada e vivida no Advento. Celebrando a vinda histórica de Cristo, realiza-se sua vinda atual no mistério do culto, realizando-se assim mais uma etapa de preparação da vinda última de Cristo.

Então, nos perguntemos: o que a cena do nascimento de Jesus representa para mim?

Muitas respostas podem ser dadas, mas este tempo, pede que façamos uma séria reflexão. Repensando nossas postura, atitudes, pois tantos hoje se dizem cristãos!

Mais o que é ser cristão?

Resposta simples, mas comprometedora. É ser outro Cristo!

Como ser outro Cristo?

Jesus nos responde: “'Na verdade eu te digo: quem não nascer do alto, não pode ver o reino de Deus'. Podemos como Nicodemos perguntar-Lhe: 'Como pode nascer alguém que já é velho? Acaso pode entrar de novo no ventre da mãe e nascer?' Jesus nos responde: 'Na verdade eu te digo: quem não nascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito. Não te admires de Eu ter dito: deveis nascer do alto. O vento sopra onde quer; tu ouves o barulho, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim é todo aquele que nasceu do Espírito'. Nicodemos perguntou-lhe: 'Como pode acontecer isso?' Jesus respondeu: 'Tu és mestre em Israel (somos mestres em tantas coisas) e não compreendes estas coisas? Na verdade eu te digo: falamos do que sabemos e testemunhamos o que vimos, mas não aceitais o nosso testemunho. Se não acreditais quando vos falo de coisas terrenas, como haveis de acreditar se vos falar de coisas celestes?” (cf. Jo 3, 3-12)

A partir do que apresenta São João, é preciso entender que este tempo, nos chama a atenção para uma preparação pessoal, para recomeçarmos, renascermos da água e no Espírito.

Cuidemos, para que as influências do mundo, através do comércio, da mídia... não nos afastem das verdadeiras e eternas propostas deste tempo, apresentadas pela liturgia do Advento pela Igreja Católica Apostólica Romana. Precisamos “que todo o nosso espírito, toda a nossa alma e corpo se conservem sem mancha para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo”. (cf. 1 Tes 5, 23).


INTENÇÕES DO MÊS

Este é o favorável para que possamos mudar o rumo de nossas vidas.

Peçamos que Senhor nos ajude, neste tempo a sermos testemunhos de conversão.

Este é um tempo de espera e esperança, que nos prepara para celebrarmos o Nascimento do Verbo de Deus. As leituras da Sagrada Escritura e os textos das orações já tratam disso. Façamos esta experiência de comunhão com o Senhor através de sua Palavra que cura, santifica e salva!

Coloquemos para o Senhor como intenção para este mês: 

Em primeiro lugar, um pedido pessoal. Que tenhamos uma profunda conversão, que nosso coração, seja uma manjedoura, lugar simples e que nele o Senhor habite, transformando todo o nosso interior e assim possamos ser sal da terra, luz no mundo, fermento na massa.

Peçamos ainda, por nossos familiares, pelos poderes públicos e todas as autoridades,

Peçamos também pela Igreja, pelas intenções do Santo Padre o Papa, por nossos bispos, pelos sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosos e leigos consagrados.  

E que o próximo o ano seja um ano de muita Graça!

Sagrado Coração de Jesus, eu espero e confio em Vós!       

 


REZEMOS

Rezemos:“A ti, Senhor, elevo minha alma. Em ti, meu Deus, confio: que eu não fique decepcionado, nem triunfem sobre mim os inimigos! Na verdade, não ficam decepcionados os que em ti esperam, decepcionados ficarão os que traírem a fé por uma futilidade. Indica-me, Senhor , teus caminhos! Dirige-me no caminho da verdade e me ensina, porque tu és o Deus, meu salvador, e em ti espero, todos os dias. Lembra-te, Senhor , que tua ternura e teus favores são eternos! Não recordes os pecados de minha juventude nem minhas faltas! Lembra-te de mim segundo tua misericórdia, por causa de tua bondade, Senhor! O Senhor é bom e justo; por isso mostra o caminho aos pecadores, encaminha os humildes segundo a justiça, ensina aos humildes o caminho. Todas as sendas do Senhor são amor e fidelidade para os que guardam sua aliança e suas leis. Por causa de teu nome, Senhor , perdoa minha culpa, que é grave! Há alguém que tema o Senhor? Ele lhe mostrará o caminho a escolher. Viverá na felicidade e sua posteridade possuirá a terra. O Senhor se faz íntimo dos que o temem e lhes dá a conhecer sua aliança. Alivia-me as angústia do meu coração e livrai-me das aflições! Vê minha miséria e tribulação e perdoa-me todos os pecados!  Guarda minha alma e salva-me! Que eu não fique decepcionado por ter-me refugiado em ti! A honradez e a retidão me sejam de valia, pois em ti ponho minha esperança. Ó Deus, salva Israel de todas as tribulações!” (cf. Salmo 24)

Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!

Reze: Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Coração de Sião - Novembro de 2013

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FINADOS - comemoração  de todos os fiéis defuntos

Na comemoração dos fiéis falecidos “celebra a Igreja com fé o Mistério pascal, na firme esperança de que os que se tornaram, pelo batismo, membros de Cristo morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida. É necessário, porém, que sua alma seja purificada, antes de ser recebida no céu com os santos e os eleitos, enquanto o corpo espera a bem-aventurada esperança da vinda de Cristo e a ressurreição dos mortos.”

Em nossa vida, nunca temos o suficiente; vivemos voltados para um contínuo “amanhã”, do qual esperamos sempre “mais”: mais amor, mais felicidade, mais bem-estar. Vivemos impelidos pela esperança. Mas no fundo dessa nossa dinâmica de vida e esperança se oculta, sempre à espreita, o pensamento da morte; um pensamento ao qual não nos habituamos e que quereríamos expulsar. No entanto, a morte é a companheira de toda a nossa existência; despedidas e doenças, dores e desilusões são dela sinais a nos advertir. A morte permanece para o homem um mistério profundo, cercado de respeito também pelos que não crêem.

Ser cristão muda alguma coisa no modo de considerar e enfrentar a morte? Qual a atitude do cristão diante da pergunta sobre o sentido último da existência humana, que a morte nos põe continuamente? A resposta se encontra na profundeza da nossa fé. Para o cristão, a morte não é o resultado de uma luta trágica que se deva afrontar com frieza e cinismo. A morte do cristão segue as pegadas da morte de Cristo: um cálice amargo, porque fruto do pecado, a beber até o fim, porque é a vontade do Pai, que nos espera de braços abertos do outro lado do limiar; morte que é uma vitória com aparência de derrota; morte que é essencialmente não-morte: vida, glória, ressurreição.

Como se dará tudo isso precisamente não podemos saber; não cabe ao homem medir a imensidade do dom e das promessas de Deus. A despedida dos fiéis é acompanhada da celebração eucarística, memória da morte de Jesus na cruz e penhor da sua ressurreição, cujo Prefácio tem um tom de humana suavidade e divina certeza: “Nele (Cristo) refulge para nós a esperança da feliz ressurreição. E aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola. Ó Pai, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”.

A morte do cristão não é um momento no fim do seu caminho terreno, um ponto isolado do resto da vida. A vida terrena é preparação para a do céu, nela estamos como criancinhas no seio materno: nossa vida na terra é um período de formação, de luta, de primeiras opções. Ao morrer, o homem se encontrará diante de tudo o que constituiu o objeto das suas aspirações mais profundas: encontrar-se-á diante de Cristo e será a opção definitiva, construída por todas as opções parciais desta terra. Cristo espera eternamente com os braços abertos; o homem que optou contra Cristo, será queimado eternamente por aquele mesmo amor que repeliu. O homem que se decide por Cristo encontrará no mesmo amor a plena e infinita alegria.  (Fonte: Missal Cotidiano, Ed.Paulus, págs.1785-6)                                           


INTENÇÕES DO MÊS

Podemos fazer alguma coisa pelos mortos?

Eles não estão longe de nós; pertencem todos – os mortos no abraço de Deus – à comunidade dos homens e à comunidade da Igreja. A oração pelos defuntos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo! Tudo isso acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água. Esta morte vista pelo outro lado –  assim crê a Igreja – pode ser uma purificação definitiva e total volta à luz de Deus.

Não será isso o que desejamos a todos os nossos entes queridos já falecidos?

Por isso, a Igreja ensina que devemos (e podemos) ajudar os mortos com nossa oração. Consagremos, portanto, neste mês, todos os nossos parentes, amigos e conhecidos que já partiram desta vida ao Sacratíssimo Coração de nosso Deus, para que, em Sua infinita misericórdia, lhes conceda a plenitude da alegria eterna.

 Jesus manso e humilde de Coração fazei o meu coração semelhante ao Vosso!


REZEMOS

Eu, (diga o seu nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, minha pessoa, minha vida, minhas ações, trabalhos e sofrimentos; não quero usar de parte alguma do meu ser, senão para O honrar, amar e glorificar.

Esta é a minha vontade irrevogável: ser todo(a) seu(sua) e fazer tudo por Seu amor, renunciando, de todo coração, a tudo o que Lhe possa desagradar.

A Vós, pois, eu tomo, ó Coração Sagrado, para único objeto do meu amor, protetor da minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os defeitos da minha vida e meu asilo seguro na hora da minha morte.

E, nesta confiança de que tudo o que possuo, sou e amo pertence inteiramente a Vós, quero também consagrar-Vos a vida e a alma de todos os meus parentes e amigos, vivos e falecidos, a fim de que todos nós, um dia, cheguemos à luz e à paz da Vossa casa e, purificados pelos mistérios pascais, nos alegremos com a futura ressurreição. Por Cristo, Nosso Senhor.  Amém.

Reze o Pai-Nosso, Ave-Maria e o Glória.

 

 

 

 

 

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