Testemunho: 12 de Janeiro de 2011 como esquecer esta data?

Caros irmãos em Cristo, meu nome é Malcoln sou casado há 18 anos com a Sandra e temos duas filhas, a Maria Cecília, 13 anos, e a Maria Clara de quatro anos. Somos moradores do vale do Cuiabá, local atingido pela tragédia do dia 12 de janeiro de 2011.

Na madrugada do dia 11 para o dia 12/01/11, por volta das 02:00h da madrugada, fui acordado pela minha esposa Sandra por causa do barulho da chuva e de gritos que ouvíamos de socorro; mas, o mais incrível é que eu estava sonhando que iria dar um treinamento na empresa na qual trabalho e os funcionários estavam me ligando, avisando que estava chovendo muito e não poderiam comparecer, pois estava tendo inundação; nessa hora, sou acordado em meio a enchente (confio fielmente que era o Senhor me avisando).

Eu e minha esposa começamos a observar o rio, que já estava bem cheio e já alcançava um lugar que nunca tinha visto em 40 anos. Em meio a isto, ouvíamos também alguns gritos de socorro, mas infelizmente não podíamos fazer nada. Ficamos vigiando e notamos que o rio subia cada vez mais rápido e começava a entrar em minha casa. Mas, pela graça de DEUS, conseguimos tirar o nosso carro e nossa moto da garagem e começamos a levantar tudo que podíamos dentro de casa, tudo que estava ao nosso alcance fazer. Mas a água continuou a subir e nós, na verdade, não tínhamos nem noção do que estava acontecendo e nem da tragédia que estava se dando, pois em toda nossa vida nunca tínhamos passado por tal situação.

Quando nós fizemos tudo que poderia ter feito e não tinha mais o que fazer, neste momento minha esposa falou “agora só nos resta rezar e pedir a DEUS por nossas vidas”. Neste momento começamos a rezar e pedir a DEUS ajuda e a intercessão de NOSSA SENHORA. Nessa hora, apesar de tudo, do nervosismo, do desespero, do medo, da angustia, etc., eu  senti muito forte as mãos de DEUS sobre minha casa e principalmente sobre minha família.

Saímos de dentro de casa e estávamos indo para um lugar mais alto, no sitio onde moramos, mas fomos impedidos pela força da água que estourava por detrás de nossa casa e da casa do meu sogro, que estava saindo também com minha sogra para esse lugar mais alto. Nós todos, naquele  momento, não entendíamos nada, mas DEUS nos preparava algo especial, pois o único lugar que nos restou para subir foi um pé de jabuticaba: eu, minha esposa, minhas duas filhas, meu sogro, minha sogra, meus dois cunhados e minha concunhada, nove pessoas salvas, pelas graças de DEUS e um pé de jabuticaba.

Caros irmãos em Cristo, nós ficamos no pé de jabuticaba de 02h30min até 06h da manha, quando começamos a ver realmente a tragédia de que DEUS nos tinha livrado, por algum motivo.

Ao redor de nossas casas tinha uma quantidade de lixo tão grande que nem 400 caminhões conseguiriam tira-lo, mas tenho certeza que foi parado pelas mãos de DEUS, pois, nossas casas ficaram em pé e, acima de tudo, todos nós estávamos vivos.

Apesar das perdas materiais, lembro-me ainda uma frase que o meu sogro falou: “nós não perdemos nada, pois estamos vivos e juntos, não sei como seria se um de nós tivesse ido embora. DEUS é bom demais”.

O mais impressionante foi que, dois dias depois do acontecido, em meio a lama e, sem entender muito as coisas, minha esposa explicava todo acontecido ao casal de amigos que conseguiu chegar aos trancos e barrancos em nossa casa para nos ajudar, e mostrava a jabuticabeira na qual ficamos e, por causa disso fomos salvos. Pasmem: apareceu na mesma jabuticabeira uma pequena imagem de NOSSA SENHORA APARECIDA DO BRASIL, de uns 3 centímetros, que não pertencia a nenhuma das 9 pessoas que foram salvas. Muitos, ao ler vão até dizer que foi simplesmente uma coincidência: mas, eu e todos que estavam na jabuticabeira, temos a certeza de que, alem de um grande aviso, foi providencia e milagre de DEUS.

E eu deixo uma pergunta: por que a imagem de NOSSA SENHORA APARECIDA e não outra imagem? Vale lembrar que a imagem da Padroeira do Brasil também foi resgatada das águas.

Que DEUS abençoe a todos os leitores desse testemunho.

Malcoln Oliveira Carvalho e família.

 

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