NÃO SAIA DE CASA SEM ELES

Vivemos tempos difíceis.

Deixamo-nos convencer de que temos necessidade de umas tantas coisas e já não saímos de casa sem carregar celulares; mp-qual-o-número-mesmo?; lep-tops (pra quem pode), entre outras bugigangas “indispensáveis”. A título de “proteção”, há quem tenha acreditado que é preciso estar  munido de preservativos e pílulas do dia seguinte, e demais invenções que a sociedade de consumo quer (e gosta de) vender.


Nem vamos entrar no mérito da utilidade, e se de fato precisamos do que anda atualmente pelas bolsas, bolsos (e orelhas) das pessoas. Muito disso, para os cristãos de verdade, está decidida e conscientemente fora de nossas listas de prioridades. Mas a verdade é que causa mais espanto uma pessoa que reze o terço, na rua ou no ônibus, do que quem ouça determinadas músicas e conversas que frequentam o domínio público, quando só poderiam circular em ambientes privados – e mesmo assim, com ressalvas e “tarja preta”!

Entretanto, não estaremos esquecendo em casa outras coisas muito mais importantes, que não devem faltar no nosso convívio humano, de si tão precário em dias como os nossos? Saímos de casa desprevenidos de uma dose suficiente de gentileza e educação para sequer desejar “bom dia” ou responder o “boa tarde” que nos desejam, pedir desculpas pelo esbarrão “sem querer”. Vamos pras ruas sem “um pouco mais de paciência” pra enfrentar filas sem reclamar, sorrir quando o atendente da repartição pública ou do banco estiver de cara feia e má vontade evidente. Já não nos vemos uns aos outros.

Largamos esquecido num canto o bom humor e o sorriso, e partimos pra vida encouraçados, armados e perigosos, prontos a explodir a qualquer “não me toque”. Resolvemos descontar nossas frustrações e problemas uns sobre os outros, e tomamos a decisão de tornar nossa vida e a dos irmãos cada vez mais insuportável. Como cristãos, não devemos fazer opção inversa? Madre Teresa de Calcutá (a quem afirmamos admirar) dizia: “Não deixe que nenhuma pessoa saia de perto de você sem se sentir melhor do que quando a encontrou”.

Mas não a imitamos. Esse, sim, seria um belo programa de vida. Um modo eficiente e eficaz de evangelizar, de viver em missão todo o nosso dia. Uma maneira fácil de pôr em prática o Plano Pastoral. O que nos impede de, ao menos, tentar?

Se tivermos mais cara e atitude de “salvos”, melhor convenceremos que o nosso Mestre ressuscitou  e está vivo. Esta deve ser uma campanha sistêmica e permanente, uma meta coletiva a ser atingida com mérito. Por “mim”, em primeiro lugar  –  percebeu? Até que contagiemos a todos.

Portanto, pratique e divulgue.

EDUCAÇÃO, GENTILEZA,

PACIÊNCIA E BOM HUMOR:

NÃO SAIA DE CASA SEM ELES!

 

Anderson Pereira Dideco
Consagrado da Comunidade de Vida

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