Reencarnação: almas não são recicláveis!

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Uma das coisas que mais confundem católicos desinteressados pela doutrina e abertos as loucuras mundanas por aí é a reencarnação. Muitos até dizem “na outra vida quero voltar mais isso ou aquilo”. Calma com o andor que o Santo é de barro. Isso mesmo. Muita calma nessa hora. NÃO EXISTE REENCARNAÇÃO.

Navegando um blog muito legal e que já usei como fonte para outras matéria aqui no O Anunciador li o artigo abaixo que explica muito bem essa ideia equivocada de muitos. Recomendo a leitura para vocês de O Catequista. O blog é massa. Vejam a matéria abaixo.

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Lembra que aquela sua tia esotérica garantiu que você tinha sido um poderoso rei em uma outra encarnação? Pois é.  Não fique triste, mas era caô.  Reencarnação não existe e a doutrina da Igreja sempre deixou isso bem claro.  Obviamente, alguns defensores da reciclagem de almas tentam dizer o contrário, retorcendo os ensinamentos da Igreja.  E vamos agora colocar os pingos nos “I”s.

Alguns irmãos espíritas buscam legitimar a doutrina da reencarnação dizendo que esta um dia já foi defendida pela Igreja Católica, em seus primórdios. Amigos, por favor… não apelem! Um mínimo de conhecimento teológico e histórico faz essa historinha cair por terra.

Abaixo, confira um dos textos divulgados por espíritas no Facebook.

fantasmaCAÔ ESPÍRITA na web:

“Você sabia?

A Reencarnação era aceita pela Igreja Católica até o ano de 553.

Mas essa tese foi recusada no segundo Concílio de Constantinopla, não pela Igreja ou pelo Papa, mas pelo Imperador Justiniano por influência de sua esposa, ex-prostituta, que não achava conveniente a lei do carma.”

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A assombração que escreveu isso viajou no ectoplasma, hein?

Como muitos sabem, a doutrina da Igreja se baseia na Tradição dos Apóstolos e na Bíblia. A Tradição que herdamos dos Apóstolos está registrada, em parte, nos escritos dos padres dos primeiros séculos. Então, vejam a seguir o que dizem a Bíblia e os primeiros padres.

Na Carta aos Hebreus (9,27), está dito: “E como é fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento…”. Tal ensinamento é confirmado na parábola de Jesus sobre o “Rico e o Lázaro”: após a morte, o rico egoísta vai direto para os tormentos do inferno, enquanto o bom Lázaro é acolhido imediatamente por Abraão, em um bom lugar (Lucas 16,19-31). Em nenhum momento Jesus diz que o rico reencarnaria pra ter uma nova chance.

Lembremos que Jesus prometeu a Dimas, o bom ladrão, que naquele mesmo dia ele estaria no Paraíso. Ou seja, nada de reencarnar pra purgar o mal que fez (saiba mais sobre karma aqui).

Em outra passagem, Jesus ensina que “se alguém não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus” (Jo 3,3). Nicodemos, então, pergunta se trata de algo como entrar no ventre da mãe e renascer, e a isso Jesus responde: “ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nasce da água e do Espírito”. Ou seja, não tinha nada a ver com um renascimento biológico, carnal, pois “Quem nasce da carne é carne”; mas sim de um renascimento espiritual, marcado pelo batismo, que é feito… com água!

Reparem que Jesus diz precisamente a Nicodemos o que é preciso para esse renascimento – a fé: “Quem acredita n’Ele não está condenado; quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no Nome do Filho único de Deus”. E, logo depois da conversa com Nicodemos, Jesus foi à Judeia para batizar as pessoas, isto é, para fazê-las renascer pela água e pelo Espírito.

batismo

Bem, já vimos que a Bíblia não dá margem a qualquer crença na reencarnação. E quanto aos primeiros Padres da Igreja, aqueles que foram os primeiros a receber e guardar o ensinamento oral doa Apóstolos? Tal doutrina foi tida como herética por Clemente de Alexandria (+215), por Santo Irineu (+202) e Eneias de Gaza (+518).

Além deles, podemos citar Orígenes de Alexandria (+254), que considerava a doutrina da reencarnação uma FÁBULA. “Ué? Mas não foi justamente Orígenes o autor cristão que propôs essa doutrina como verdadeira?”. Não, não mesmo!

Orígenes, na verdade, propôs uma tese esquisita sobre a preexistência das almas (quem quiser saber mais, leia esse artigo de Dom Estevão Bettencourt), mas que não tinha nada a ver com reencarnação. Ele jamais foi herege; era um teólogo brilhante, e foi sempre fiel ao Magistério da Igreja. Para Bento XVI, Orígenes foi “o autor mais fecundo dos primeiros três séculos cristãos” (Fonte: site do Vaticano).

A tese equivocada de Orígenes sobre a preexistência das almas, infelizmente, foi tomada como artigo de fé por um grupo de fãs mocorongos – os origenistas. No século III, esses discípulos fanáticos resolveram tomar como dogma aquilo que seu mestre propunha como mera hipótese, e ainda perverteram suas ideias, passando a professar a crença na reencarnação.

O origenismo ganhou força e se espalhou pela Palestina. Foi então que, em 539, o Patriarca de Jerusalém mandou um S.O.S. pro Imperador Justiniano, que então publicou um duro pronunciamento contra os origenistas. O Papa Virgílio e os demais Patriarcas também aprovaram e repercutiram os artigos condenatórios de Justiniano, conforme explica D. Bettencourt: “Como se vê, tal condenação foi promulgada por um sínodo local de Constantinopla reunido em 543, e não pelo Concílio ecumênico de Constantinopla II, o qual só se realizou em 553”.

Como vocês viram, a Bíblia, a patrística, os documentos papais e os demais registros históricos comprovam que a Igreja Católica jamais aceitou a tese da reencarnação. Essa foi abraçada nos séculos III e IV por um grupo restrito de monges, sendo condenada e combatida pelos bispos e Papas, em todos os tempos.

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