Epifania do Senhor

Hoje neste novo ano a Igreja celebra a Epifania ou Manifestação do Senhor para a humanidade. Ele se manifestou para os Reis Magos, conforme narrado no Evangelho de São Mateus: "Chegaram uns Magos a Jerusalém, perguntando pelo rei nascido entre os judeus, pois haviam visto sua estrela no Oriente, e vieram adorá-lo." (cf. Mt 2, 1-2).

Aqui não vamos estudar o fenômeno da estrela. Assim como também não vamos estudar a personalidade dos Magos, mas sim, as suas atitudes.

As diversas as atitudes dos homens ante o chamado de Deus: "Quando um dedo aponta uma estrela, os tolos buscam somente olhar onde está o dedo". Talvez a estrela foi visível em toda a região. Mas muitos não levantaram os olhos e não a viram. Talvez muitos viram a estrela, mas não a seguiram. Talvez alguns a viram e a seguiram, mas lhes faltou constância e desistiram. Os Magos, ao contrário, viram a estrela, puseram-se a caminho, enfrentaram o deserto, e chegaram até o final.

"Não se puseram a caminho porque viram a estrela, mas viram a estrela porque estavam a caminho, como prêmio por sua generosa atitude", disse São João Crisóstemo. A estrela ocultou-se a eles por algum tempo. É a noite escura da alma. Mas eles não cessaram em seu empenho, e a estrela os conduziu até Belém. E o prêmio foi maravilhoso: encontraram-se com Deus. "Entraram e viram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o adoraram, e abrindo seus cofres, lhe ofereceram ouro, incenso e mirra" (cf. Mt 2, 11).

Foi uma difícil prova. Mas o Senhor os iluminou. Entraram e adoraram. Creram e abriram os tesouros de sua generosidade: ouro, como a um rei; incenso, como a um Deus; mirra, como a um homem. Entregaram-lhe tudo. Este foi o seu mérito, "que Deus não olha o quanto lhe damos, mas o quanto que reservamos para nós mesmos", disse Santo Ambrósio. Creram que aquela pobre criança era o Messias, descobriram naquele menino o Deus Salvador. Superaram as pobres aparências, algo que poucos sabem fazer. "Sempre os que buscam a Deus se equivocam, não porque o imaginam menor do que é, mas porque o imaginam maior. Os homens não receberam Cristo- porque "esperavam um herói, e veio um bebê". Porém, "somente o humilde é o verdadeiro", disse Jorge Guillém.

Segundo a tradição, foram três os Reis Magos, os quais se chamavam Belchior, Gaspar e Baltazar. Herodes pediu-lhes, com má intenção, que voltassem a ele, porém "voltaram para sua terra por outro caminho" (cf. Mt 2, 12). Fulton Sheen afirma: "Ninguém que alguma vez tenha se encontrado com Cristo com boa vontade, voltará pelo mesmo caminho que percorrera".

A lição dos magos é válida para sempre. Nos ensina a elevar os olhos para ver a estrela, intrepidez para segui-la e constância para chegar até o fim. Karl Rhaner escreve: "Por que há homens parecidos aos escribas de Jerusalém que, conhecendo o caminho, não o empreendem? Abandone todos esses cálculos e siga a estrela que brilha em teu coração".

Outra mensagem nos presenteiam os Magos. O poeta inglês Anden, em um poema sobre o Natal, apresenta os três Magos motivando sua viagem. O primeiro disse: "devo saber como ser verdadeiro hoje, por isso sigo a estrela. O segundo disse: quero descobrir como viver hoje, por isso sigo a estrela. O terceiro disse: necessito averiguar como amar hoje, por isso sigo a estrela. Finalmente afirmam os três: devemos descobrir como ser homens hoje, por isso seguimos a estrela. 

Cf. cancaonova.com

 

 

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